CAPITULO FINAL

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         Jill Valentine era excelente com fechaduras. Bastava ter um grampo ou qualquer outro objeto semelhante para abrir facilmente uma porta. Ela e Claire Redfield conseguiram finalmente entrar na mansão, encontrando um salão enorme à frente, uma escada larga para o próximo andar e algumas estantes de livros. A dupla andou por todos os cantos, buscando provas que pudessem confirmar a existência do grupo clandestino. Claire pegou um livro encardido na estante e folheou-o. Definitivamente não havia nada por ali, e as duas rumaram para o próximo andar. Por ali localizava-se um corredor com diversas portas de madeira. Quadros adornavam as paredes, e no chão havia um elegante tapete verde-musgo. Claire entrou na primeira porta, se deparando com uma enorme biblioteca intacta. Jill, empunhando sua metralhadora, abriu a última porta do corredor.

Um outro salão longo e sinistro deu boas vindas. Claire apareceu ao seu lado logo em seguida.

– Não me parece um lugar usado para experiências – questionou Claire.

– Este lugar é enorme – principiou Jill. – Não vasculhamos tudo.

Em seguida, a dupla deu seus primeiros passos, cada uma preparada para qualquer eventual ataque. Diferente do salão principal, ali não havia nenhum objeto além de grossas pilastras azulejadas e castiçais com velas nas paredes. De repente, às costas das duas, diversos ruídos ecoaram. Claire e Jill se viraram rapidamente, encontrando um grupo de seis homens mascarados empunhando pesadas armas de fogo.

– Ora, o lugar não me parece tão vazio assim – sussurrou Jill, erguendo os braços para o alto, embora permanecesse segurando a arma.

Claire fez o mesmo, e logo depois olhou a parceira de esguelha. Os homens, calados, miravam suas armas.

– AGORA – gritou Jill, sacando a metralhadora e avançando contra o grupo.

Claire, tão rápida quanto a parceira, jogou-se para a outra pilastra, puxando a escopeta das costas e acertando em cheio o peito de um dos homens. Ela e Jill se protegeram imediatamente dos tiros, e estilhaços das pilastras sobrevoaram suas cabeças em uma densa nuvem de fumaça. Jill rolou para o lado, acertando múltiplos tiros no peito de um soldado enquanto Claire também atacava com a escopeta. Três homens já haviam caído, e os outros três decidiram se proteger em outras pilastras.

– Eles tiveram a mesma ideia que a gente – Claire disse, arquejando.

Mais tiros estilhaçaram as paredes, e Claire saiu da pilastra e derrubou outro soldado mascarado com um tiro certeiro.

– Olhe, Claire – surpreendeu-se Jill ao identificar mais à frente um grande elevador com portas de metais. – Talvez seja nossa oportunidade.

Claire assentiu, recarregou a escopeta e se virou para os inimigos, Jill fez o mesmo. Foi uma troca desenfreada de tiros até os homens ruírem ao chão, sem vida.

Logo depois rumaram até o elevador. A porta se fechou automaticamente, e Claire Redfield se aproximou do painel: haviam dois botões, um com a letra "A" e outro com a letra "B".

– Qual devemos apertar, hein?

Jill deu de ombros, ainda se recuperando do tiroteio. A irmã de Chris, então, optou pelo botão "B". Pressionou e, após o solavanco, o elevador subiu vagarosamente.

– Você acha que Marco compactuaria com a tal Miranda Nikolaev? – Jill indagou enquanto encaixava um pente de balas em sua metralhadora.

– Absolutamente não – respondeu Claire, convicta. – Ele perdeu os pais por causa de toda essa merda, com certeza não fez parte do que está acontecendo.

Resident Evil: QuarentenaOnde histórias criam vida. Descubra agora