two ↝ i'm glad you came.

84 8 12
                                    

Aquela sou eu! — Quinn gritou, feliz, em finalmente ver uma figura conhecida, que era ela mesma. Mas depois de segundos ela arqueou a sobrancelha: aquela menina era ela, mas estava tão diferente. Seus cabelos batiam no queixo e eram cor-de-rosa, com algumas mechas loiras. Ela usava uma calça preta rasgada e uma jaqueta de couro que parecia aquece-la na noite fria de janeiro. — Que Diabos de roupa eu estou usando?
— Quinn, você é o tipo de pessoa que pergunta o que está prestes a acontecer no filme. Mas apenas relaxe e assista. — Expliquei e ela assentiu com a cabeça.

Ouvimos o sininho da porta balançar e vimos Shelby ir andando até o balcão onde Quinn tomava um drink. Shelby sentou ao seu lado e quando a garota de cabelos rosados percebeu sua presença, abriu um sorrisinho.
— Senti saudades. — Shelby abriu um sorriso e abraçou Quinn brevemente. — Por onde esteve?
— Bem, nessas férias, tentei em Grécia. Precisava esquecer tudo que aconteceu em Novembro. — Quinn parou por um momento e continuou. — Então, fui a várias praias de nudismo, fui presa uma vez... — Shelby arregalou os olhos. — Calma, a prostituta com quem eu tinha dormido na noite passada pagou a fiança e descobri que ela é rica.
— Parece que as férias foram boas. Tirando a prisão. — Shelby olhou no menu de bebidas.
— A prisão nem é tão ruim, aprendi como fazer uma canivete com uma escova de dentes lá. — A mulher com cabelos castanhos mais uma vez arregalou os olhos, assustada. Ambas riram mas assim que as risadas pararam de ecoar, um silêncio constrangedor se instalou no ar e deixou ambas desconfortáveis. Elas sabiam que tinham que falar sobre o que aconteceu em Novembro, Shelby sabia que deveria perguntar se Quinn estava bem, mas ela também sabia que Fabray não queria responder nenhuma dessas perguntas.
— Shelby, eu vou ser direta. — Quinn virou seu corpo para a mulher que suspirou. Fabray arrastou o copo de soda com vodka junto. — Eu não vou voltar a dançar. Eu simplesmente não posso.
— Q, todos sabemos que o que aconteceu não foi culpa sua. — Fabray olha para cima, não queria encarar Shelby naquele momento.
— Nós não vamos discutir isso. Eu não vou dançar. —Shelby lançou um olhar triste para ela. Quinn Fabray era um fenômeno do ballet e todo seu potencial estava sendo jogado fora por um acidente. — Mas eu vou te ajudar, como prometi, no espetáculo. Vou ter certeza que cada fouetté esteja em total sincronismo e que a tal Tina seja perfeita para o papel do cisne branco e negro. Quero ter certeza que tudo esta perfeito.
  — Sentimos sua falta, Fabray.

  Rachel Berry foi a primeira a chegar na aula. Ela sentou no centro da sala, sabendo que os outros alunos só chegariam dali quarenta minutos.
  Berry esticou suas pernas em sua frente e deitou sobre elas, forçando a coluna e induzindo sua ponta á encostar no chão. Ela continuou nessa posição por dois minutos e abriu a perna em segunda posição, deitando a barriga no chão e suspirando.
  — Será que Tina Cohen Chang sabe fazer isso? — Rachel reclamou com uma voz irônica. Ela continuou se alongando por mais alguns minutos e depois encarou o piano no fundo da classe e se lembrou de uma música.

Quinn e eu andávamos pelos corredores da New York City Ballet enquanto ela tentava entrar nas salas, na esperança de que alguém estivesse lá e ela se lembrasse de algo, até que ela parou.

Don't tell me not to live,
just sit and putter.
Life's candy and the
sun's a ball of butter!
Don't bring around a cloud
to rain on my parade!

Ela parou e ouviu cada toque da música que era extremamente familiar para seus ouvidos. Milhares de de sentimentos se misturaram e faziam ela ter pequenos flashes de momentos.

Don't tell me not to fly,
i simply got to.
If someone takes a spill
it's me and not you!
Who told you are
allowed to rain on my parade?

Quinn começou a andar mais rápido, ela queria encontrar aquela voz e talvez entender porque fazia ela se sentir tão confortável e segura. Ela sentiu, então, um pequeno flash. Primeiro, ela se viu por um momento. Ela estava dançando com alguém e disse "se solte, porra!" e riu. Depois, ela encostou a cabeça na porta, abriu um sorriso.

I'll march my band out.
I'll beat my drum,
and if I'm fanned out.
Your turn at bat, sir.
At least I didn't fake it...
Hat, sir! I guess I didn't make it...

Quinn subiu as escadas e não parou de correr. Ela sentiu um flash no qual ela gritava "Não vai!" e uma pitada de dor tomou conta de todo seu corpo, mas isso não era maior do que a vontade de encontrar a voz extremamente familiar.

But whether i'm the rose,
of sheer perfection a freckle,
on the nose of life's complexion.
The cinder or the shiny apple
of its eye, I gotta fly once!

  Finalmente, na penúltima sala do corredor, a sala iluminada e totalmente vazia, se não fosse pela presença de Rachel Berry cantando o clássica de Funy Girl, Don't Rain On My Parade.

Get ready for me love!
Cause i'm a comer!
Simply gotta march,
my heart's a drummer!
Don't bring around a cloud
to rain on my parade...

Fabray finalmente empurrou a porta e entrou na sala onde a garota de cabelos lisos presos num coque desajeitado, por causa dos movimentos, cantava de um jeito que Quinn nunca tinha visto. Era mais do que uma música. Era um turbilhão de emoções. Medo, paixão, tristeza, fúria, sedução. Tudo junto em apenas uma canção.

I'm gonna live and live now!
Get what I want, I know how!
One roll for the whole shebang!
One throw that bell will go clang!
Eye on the target and wham!
One shot, one gun shot, and BAM!
Hey mister arnstein, here I am!

Berry contagiava a plateia, que se baseava apenas em uma garota semi-morta e a personificação da Morte, mas aquilo fazia Quinn esquecer da situação dela no momento.

Get ready for me love!
Cause I'm a "comer".
I simply gotta march,
my heart's a drummer.
Nobody, no nobody is
gonna rain on my parade!

Fabray tentou alcançar ela, mas parou quando ouviu passos vindo do fundo da sala, e então o barulho da sala foi limitado por aplausos vindos de uma única pessoa.

Rachel passou os olhos pela garota e ela fez o mesmo.
— Poderíamos dizer que foi tipo bom. — A garota se aproximou de Berry lentamente. — Prazer. Quinn Fabray.

N/A: Sim, eu sei que disse que seria sexta, mas não deu. Me perdoem por isso e juro que vou atualizar certinho agora. Caso queiram, deixem algum comentário falando o que acharam, opiniões, reclamações, sugestões, qualquer coisa!
Até sexta, amores.

i pick my poison; faberry au.Où les histoires vivent. Découvrez maintenant