Conversa

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#AmyOn

Ele entrou na casa de banho deixando me sozinha, sentei-me na ponta da cama e observei o ambiente que me rodeava. O quarto tinha uma cama de casal larga, uma televisão de aproximadamente 80 polegadas, três portas, uma para a casa de banho, outra para um closet e a terceira para o corredor, e uma janela com vista para a traseira da casa onde havia um grande lado.

Deixe-me distrair com a vista da janela, o vento criava ondas na superfície da água enquanto esta refletia a lua, os ramos das árvores dançavam suavemente sob a brisa de verão. Ouvi uma porta abrir, um ar quente invadiu o quarto e senti uns olhos fixos em mim. Virei-me e os meus olhos viajaram automaticamente pelo seu corpo. Comecei na linha do maxilar e corri o olhar até aos lábios vermelhos e inchados de ele tanto os morder, baixei o olhar pelo pescoço, clavículas, peitorais e abdominais, todo aquele corpo brilhava e pequenas goticulas de água escorriam desde o cabelo ainda molhado até ao elástico das calças tendo dificuldades em ultrapassar os altos e baixos dos músculos e por vezes tendo mesmo que os contornar, desenhando-os perfeitamente, a sua v-line notória escorria também para dentro do tecido. Todo ele era perfeito, bastante definido mas sem exagero, não havia gordura nenhuma e todo o brilho devia-se há água ainda existente no seu corpo.

Justin: Gostas da vista? - assustei-me com a voz dele, o seu timbre era baixo e a voz sensual. Rapidamente regressei com o meu olhar à janela e senti as bochechas ganharem cor. 

O topo da cama afundou e o meu olhar procurou o motivo, ele havia-se sentado encostado na cabeceira da cama e fez sinal para que me aproximasse, arrastei-me ligeiramente na cama ficando sentada de frente para ele. Ele não achou que estivéssemos suficientemente próximos pelo que me puxou para mais perto posicionando-me no meio das suas pernas. O corpo dele era quente e eu sentia o meu gelado, aceitei o calor que emanava do corpo húmido e aninhei-me contra si, uns braços musculados rodearam-me e as nossas respirações sincronizaram.

Eu não o conhecia à mais de uma hora mas já estava completamente entregue nos braços de um estranho, sentia-me bem na sua companhia, estava segura e protegida.  Era como se o meu lado racional tivesse desligado, estava na mesma cama que ele, estávamos abraçados e ele estava sem camisola, éramos dois estranhos extremamente íntimos e nada disso me incomodava, sentia que o conhecia tão bem como a mim mesma.

Justin: Sei que deves ter mil perguntas, eu também as tenho. - ele quebrou o silêncio que se havia instalado. Levantei a cabeça para que pudesse olhar para ele, e uns olhos azuis-esverdeados encontraram-se com os meus... Eram sem dúvida os olhos mais lindos que alguma vez vira. Ele sorria mas a voz demonstrava nervosismo - Deves ter perguntas de todos os tipos mas neste momento eu só te quero conhecer melhor...

Pousei um dedo sobre os seus lábios impedindo-o de continuar a falar - os lábios eram encarnados e suaves, sem serem demasiado finos, eram apetecíveis para um beijo - desenhei o seu contorno enquanto falava.

Eu: E se fizéssemos uma espécie de jogo? - ele encarou-me curioso e logo continuei - À vez, cada um de nós faz uma pergunta à qual ambos temos que responder.

Justin: E o que se ganha? Não é um jogo se não ouvir prêmio final. - um sorriso maroto brotou dos seus lábios.

Eu: Mas vai ser... - sorri - Aceitas? - ele só anuiu - Começas tu...

Justin: Que idade tens?

Eu: 16, faço 17 daqui a um mês. Fazes 19 amanhã, certo? - ele acenou positivamente com a cabeça - Cor preferida?

Justin: Laranja. E tu? Cor-de-rosa?

Eu: Não! - ri-me - Só por que sou rapariga tenho que gostar de rosa? - pus-lhe a língua de fora - Por acaso é azul...

Into a wolf bodyWhere stories live. Discover now