Capítulo 11

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A notícia, obviamente, repercutiu por todo o campus. Mesmo no dia seguinte, um domingo ensolarado, típico de outono, o humor de muitos alunos era de ressaca, como se ainda estivessem vendo três pessoas, ao invés de uma. Encontrei com Isla, que se uniu a mim e Nicole no almoço. Ela não parecia mais a garota sensível do dia anterior (ou de poucas horas atrás) e já abria um sorriso enorme.

- Já que você está de bom humor, sabe-se lá porquê – Nikki apoiou os braços na mesa e inclinou-se para frente. –, me conta, o que aconteceu lá dentro?

Pude ver o sorriso de Isla falhar um pouco. Talvez ela seja esse tipo de garota que decide que o dia será lindo e, por mais que o passado tenha sido péssimo, acaba lidando com todas as situações com um belo sorriso no rosto. Admirável, mas certamente cansativo – para ela e para nós. Me perguntei se ela realmente estava de bom humor ou se algo, ou até alguém, fez com que seu disse fosse melhor.

Como sempre, pensar traz dores de cabeça. A ideia de vê-la com Maximus e ser acolhida por ele me fez fazer uma careta, como se eu fosse as demais pessoas que participaram da festa e ainda estavam sob o efeito da ressaca.

- Bem...

- Você não precisa falar se não quiser, Isla. – toquei em seu ombro e mandei um olhar feio para Nikki. – Ela é mesmo bastante insensível.

- Não há pessoa mais insensível do que eu. – Nicole sorriu, como se tivesse orgulho de receber uma crítica daquelas. – É por isso que você não pode levar nada do que eu disser para o pessoal, ou nossa relação não dará certo.

Aquilo pareceu tocar Isla. Acho que ela nos considera suas únicas amigas, por isso, pensar que nossa amizade não daria certo era um ponto fora de sua linha.

- Quando eu entrei no quarto, Max estava deitado na cama. Eu achei que ele estivesse cansado ou até passando mal, então decidi não acordá-lo. – ela disse, encarando as mãos que segurava o copo com força. Eu não a interrompi, é claro, também queria saber o que havia acontecido. Apenas sabia que Scott havia dado um jeito, mas como... essa era uma incógnita que ele mesmo não me contaria, e eu não queria ter de falar com ele para saber. – Havia ouvido por aí que os quartos da mansão, nas festas, servem para as estrelas fazerem o que quiserem. Como Max claramente era uma dessas pessoas, achei que tivesse aquele quarto para ele, vocês sabem, para fazer o que quiser...

- Você entrou com a mente toda poluída, né, sua safadinha? – Nicole a cutucou, vendo um sorriso sair dos lábios de Isla. Eu não havia achado aquilo nada engraçado, mas resolvi não comentar.

- Eu não havia visto que aquele cara estava no quarto, escondido. Jessica entrou e tomou um susto por me ver lá dentro. Antes mesmo de qualquer uma de nós reagirmos, ele saiu das sombras e trancou a porta atrás dela.

- Então ela era o alvo? – perguntei, parecendo chocada.

De fato, eu estava. Mesmo com Isla lá dentro, Leon focou em Jessica?

- Era o que parecia. Ela tentou conversar com ele, mas ele estava maluco; sabe, os olhos fora de órbita...

- Drogado. – eu e Nikki dissemos juntas, querendo passar essa descrição rapidamente, para sabermos o que aconteceria em seguida.

- Sim. Foi quando tentei acordar Max, mas ele deveria estar cansado demais, pois nem se mexeu. – ela disse. – E então foi tudo ainda mais rápido; lembro-me que quando vi, o homem segurava meu pulso e então seu namorado aparecia e dava-lhe um belo chute. Ele literalmente voou em cima do cara.

Love Me RightWhere stories live. Discover now