Capítulo 18

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Acordei com o Tomás a pegar me ao colo, aconcheguei me no seu peito e inalei o seu perfume

-O que é que estás a fazer?-perguntei baixo

-A levar te para casa-ele disse e eu apenas assenti com a cabeça

Quando ele entrou em casa estava tudo silencioso, eles já deviam ter ido embora

-Eles já foram-disse triste

-Eles foram ontem à noite, mas e tu como estás?-o Tomás perguntou

-Mal, tenho muito medo do que possa acontecer ao meu tio-disse sentindo os meu olhos marejados

-Ele vai ficar bem, o teu tio é forte-ele apertou me mais contra o seu corpo

-Pois é.. Mas eu queria estar lá, o tio é como um segundo pai para mim mas isso ninguém vê, a merda da escola é mais importante-disse revoltada saindo do colo do Tomás

-Madalena espera..-ele pediu agarrando o meu braço

-Eu quero ficar sozinha, por favor-eu pedi soltando me dele e indo para o meu quarto

Quando me deitei na cama deixei as lágrimas escorrerem, sentia me triste pelo tio, e sentia me sozinha, iria viver sozinha de baixo do mesmo teto que o meu inimigo. Não sei quanto tempo chorei enquanto pensava em tudo, só saí do transe quando ouvi a porta do meu quarto ser aberta

-Tomás já disse que queria ficar sozinha! Será que não podes dar tréguas uma vez na vida?-perguntei irritada, escondendo a rosto na almofada

-Acho que ainda não me chamo Tomás-alguém disse, quando vi quem era rapidamente me levantei

Corri para ele, que me pegou no colo e me apertou contra o seu corpo

-O que é que fazes aqui!?-perguntei sem acreditar

-Não te podia deixar sozinha, eu lamento muito pelo teu tio pimentinha-disse o Oli triste

-Eu não posso perder o meu tio-disse voltando a chorar

-Ele vai ficar bem princesa, e eu vou estar aqui sempre que precisares-ele disse olhando nos meus olhos

-Eu não acredito que estás aqui, isso significa tanto para mim-sorri para ele

-Por ti, eu atravesso o mundo-ele olhava me com tanto carinho, o meu coração estava acelerado

Ele foi se aproximando devagar enquanto intercalava o seu olhar entre os meus olhos e a minha boca, quando ele juntou os nossos lábios um misto de sentimentos tomou conta de mim, saudade, carinho, paixão

-Era assim que tu querias estar sozinha? O que é isto Madalena?-perguntou uma voz que logo reconheci como do Tomás, que se encontrava de braços cruzados na batente da porta

-Um beijo, já ouviste falar?-perguntou Oli debochado pondo me no chão

-E quem é que tu pensas que és para entrares na minha casa, beija la e ainda me falares assim, queres morrer?-o Tomás ameaçou irritado

-Sou o melhor amigo dela e o rapaz que ela ama, e falo contigo como quiser. Tu és o culpado pela cicatriz dela então não tens o direito de opinar sobre nada! Eu não a forcei a beijar me. O que foi, isso é inveja?-perguntou o Oli, fazendo frente ao meu inimigo

-Inveja do quê? A tua sorte é que ainda não me apeteceu beija la, porque quando eu o fizer ela vai te esquecer no mesmo segundo-o Tomás disse em tom de deboche- E não fales sobre esse acidente, eu não sou o culpado-ele passou a mão pelo cabelo

-Experimenta aproximares te dela então para veres o que te faço-o Oliver ameaçou- Eu falo sobre o que quiser e sabes uma coisa? Acho muito conveniente tu não te lembrares logo do acidente, cá para mim tu és o culpado mas para não o admitires dizes que não te lembras-ele falou

O Tomás avançou para cima dele e deu lhe um soco, que o Oliver revidou, eles preparavam se para continuar mas eu pus me na frente

-JÁ CHEGA VOCÊS DOIS-gritei e eles ficaram quietos

-Eu não te quero ver mais aqui, vai embora da minha casa-o Tomás disse com os olhos no Oli

-O quê? Não, o Oliver fica!-eu disse determinada

Inimigos De Infância {CONCLUÍDO}Onde as histórias ganham vida. Descobre agora