Capítulo Quatro

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O restante do dia passou voando, após o colégio eu tinha aula de balé, desde criança eu faço balé, algo que dava muito orgulho a minha mãe, pois em todas as apresentações que eu tinha, ela ia me olhar e quase sempre a via chorando, me elogiava sempre para as amigas. Então depois da sua morte, continuei me dedicando, era como se nós duas estivéssemos ligadas nas horas que eu estava dançando,eu a sentia toda vez, então meio que se tornou viciante a sensação para mim, de ter minha mãe sempre perto.

Eu com certeza iria querer entrar para Juilliard School, meu sonho desde quando comecei a dançar era entrar e era um sonho para minha mãe também, algo que nos conectava completamente, anos depois descobri opor quê, ela dançava também antes de se casar com meu pai,  ele a proibiu de continuar dançando pois sentia ciúmes da fama dela e dos homens que iam assisti-la dançar. Encontrei após revirar umas caixas dela, uma foto que ela estava divinamente vestida com um tutu romântico branco, que era uma saia de tule na altura da panturrilha,e um collant de alça azul com branco bem apertado, na foto ela fazia a personagem Giselle, de um espetáculo de ballet com o mesmo nome, ela era a personagem principal.

Dedicação tem sido meu sobrenome por esse tempo, pois daqui a um mês abrirá uma seleção na minha escola de dança, para o mesmo espetáculo, e estou ansiosa para conseguir a vaga para Giselle, quero fazer como forma de homenagear minha mãe, soube também que haverá olheiros de Juilliard. Estou bastante ansiosa e treinando muito, o que me mantém afastada de casa cada dia mais, não faço questão nenhuma de voltar.

–Isso Olívia, você está dançando divinamente, mas precisamos corrigir uns passos, para alcançarmos a perfeição, você vai precisar ficar até o dia da seleção uma hora a mais só para corrigirmos esses passos, fora da aula. – minha professora e orientadora de dança medisse.

Ela chama-se Paula Morris e me adotou desde quando minha mãe faleceu, e desde lá só treino com ela, já são anos de muito treinamento em conjunto, eu confio demais no que ela diz na dança e tendo fazer tudo que ela me orienta, pois ela foi uma das melhores dançarinas do nosso país, hoje aposentada, ela abriu essa escola de dança e ensina muitas crianças.

–Tudo bem Paula, vamos lá, fico o tempo que for, me mostra quais passos preciso melhorar! –disse para que ela entendesse que estava disposta a qualquer coisa para conseguir essa vaga.

Ser bailarina profissional requer muita dedicação e abnegação, e cada ano estou vivendo mais essa dedicação, não só na parte profissional, como também com os meus pés, eles estão acabados, eu treino demais, então não tenho mais pés, morro de vergonha deles,e as vezes imploro por massagens, e no final do treino a Paula, as vezes me ajuda a cuidar deles, eu devo muito a ela por tudo que faz por mim.


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Caros leitores,


boa segunda para vocês...

Mas antes de tudo... me respondam uma coisa, estão gostando da minha história??? Quero ter um retorno de vocês, seja boa ou ruim, estou preparada rs

Votem, indiquem para as amigas(os) e comentem, por favor.

beijos carinhosos!!

Milena

















Decisões (In)corretas: segundas chances são possíveis.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora