Capítulo 1

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Pessoal, resolvi postar o primeiro capítulo antes da data. Aviso que os outros serão menores que esse, ok? Esse capítulo foi feito para vocês entenderem o quanto Michelle sofreu. Desfrutem e comentem! Também segue a imagem com o casting!

Pergunta: Alguém conhece pessoas que já passaram por isso? Quando comecei a pesquisar sobre o tema, vi o quanto é comum esse tipo de situação. Triste, não é?  


– Seus lindos cabelos loiros, seu corpo magro e estonteante, seus lábios grossos e perfeitos, seus olhos verdes cor de garrafa... Tudo em você é a expressão da beleza nesse mundo. – essa frase pronta, recheada de trechos extraídos da internet, saiu da boca de um homem que eu amei a ponto de deixar de lado algo essencial: o meu amor próprio. Se ele decorou ou não, a mim não me importava. Eu continuei suspirando até que ele finalizasse com um longo beijo.

A minha história se inicia em um dia um pouco estranho... Numa sexta-feira, 13, e foi quando a minha quase pacata vida se transformou totalmente. Era primavera e o clima gostoso daquele dia me encheu de entusiasmo ao avistar o rapaz mais lindo que já existira, pelo menos para mim. Apesar de aquela data ser um mau agouro para muitos, eu sempre olhei de forma otimista para qualquer lenda que fosse macabra e, aquela sexta não se sobrepujaria à linda estação cheia de passarinhos e flores.

– Eu amo a primavera! – falei comigo mesma.

Estava apressada para chegar logo à casa da minha amiga Larissa, afinal iríamos acampar em um lugar bucólico de Minas Gerais onde todos diziam ter um lindo pôr do sol. Apesar de toda a pressa, eu ainda consegui parar para olhar com mais detalhes aquele jovem moreno com seu sorriso de lado parado no semáforo fechado. Acompanhado de um grupo de engravatados, ele conversava com uma postura profissional esperando o sinal abrir. Com um suco de maracujá na mão e um mapa recém-comprado na outra, eu observava o fluxo dos carros e, obviamente, o homem com o sorriso mais brilhante que o sol. Sim, era clichê eu pensar naquele desconhecido como uma propaganda de pasta de dente, mas era exatamente este o caminho que meus devaneios me levavam: raio de sol sobre a pele morena clara, sorriso branco e terno impecável.

Quando o sinal parou, a multidão do outro lado invadiu a pista com uma rapidez que me fez sair do torpor e caminhar contra eles. O pequeno grupo que estava com o rapaz passou por mim, mas um homem do outro lado, apressado, chocou-se comigo derrubando-me no chão. Eu caí no meio da pista ficando encharcada com o suco ainda gelado que havia acabado de comprar na lanchonete próxima à grande avenida.

– Olha por onde anda, garota! – o homem esbravejou saindo irritado.

– Você nem vai me ajudar a levantar, seu ogro? – gritei.

– Ei, cara! Deixa de ser idiota! – olhei para cima querendo saber se era o acaso mesmo que faria aquele jovem vir em meu socorro. – Você está bem?

– Vou ficar legal. – respondi. Sua mão me alcançou fazendo-me levantar rapidamente com a força empregada por ele. – Vamos sair daqui antes que a gente morra esmagado. – falei agradecida.

– É uma boa ideia. – ele me olhou com carinho enquanto agachava-se para pegar o mapa. – Ainda bem que está dentro deste plástico.

Os homens e mulheres o aguardavam do outro lado pacientemente.

– Não quero te atrapalhar. Obrigada por me ajudar.

– Você deve estar doce. – comentou rindo de mim. – Meu escritório é neste prédio. Se quiser se limpar, fique à vontade.

– Ah! Eu... Eu não quero... – característica minha era gaguejar quando me interessava por alguém.

– Atrapalhar?

Um romance quase de cinema DEGUSTAÇÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora