I saw the love in your eyes • Johnlock

O sociopata aderiu a ideia de ter amigos.

Sherlock

Acordo com um barulho vindo da cozinha e vou fazer minha higiene matinal, ao terminar vejo a senhora Hudson em minha cozinha colocando pães, biscoitos, chá e café em minha mesa.

- Querido, trouxe o seu café.
- Obrigado Senhora Hudson.
- De nada querido, agora preciso ir. - Ela sai antes que eu possa responder.

Penso em não comer mas fiquei com pena da senhora Hudson, pena porque ela sempre traz café da manhã, almoço e janta para mim e eu sempre jogo no lixo, então, por causa desse peso na consciência, sentei-me e comecei a me servir.

Depois de comer, me sento no meu lugar de sempre, minha poltrona. Fico minutos ali, olhando para o nada e pensando em milhares de coisas.

- Ah John... Se eu pudesse te abraçar agora... - Penso em voz alta.

- Deixa em ver... hm... está pensando no seu príncipe encantado, não é? - Diz Lestrade em um tom de deboche, o que me deu um susto porque eu nem tinha percebido ele aqui.

- O que você está fazendo aqui?

- Vim te ver a pedido do seu irmão, ele mandou eu cuidar de você.

- Ah Lestrade, cai na realidade! Eu não preciso de uma babá, sei me cuidar sozinho, e você tem mais o que fazer, inspetor detetive!

- Estou encarregado de cuidar de você, é isso que tenho que fazer agora.

- Maldito Mycroft!

- O que você falou?

- Nada.

- Sabe Sherlock... Eu vi o John ontem a noite.

- E COMO ELE ESTÁ? - Praticamente dou um pulo da poltrona e falo alto, como se estivesse desesperado para saber de John, e na verdade, eu estou.

- Ele não está nem um pouco bem, está com muitas olheiras, como se não estivesse dormindo e com uma cara de cansaço misturado com tristeza.

- Tadinho do John...

- É... seu príncipe está mal.

- Sim eu sei. - Respondi. - Espera... como assim MEU príncipe? -

- Ué, ele não é o seu príncipe? Desculpa então. - Ri.

- Mas é claro que não! - Digo em um tom nervoso, aliás, eu praticamente grito.

- Calma donzela... eu só estou brincando.

- Você é insuportável ás vezes, ou na maioria delas!

- Digo o mesmo de você. - Ele fala divertido e logo solta um sorriso, o que me fez sorrir também. - Sabe Sherlock... eu gosto de ser seu amigo.

- Eu também gosto de você ser meu amigo.

- Engraçado... há um tempo atrás você nunca gostou da ideia de ter amigos. - Riu.

- É... por incrível que pareça, o sociopata aderiu a ideia de ter amigos. - Respondo.