Capítulo6 - A Vingança é boa

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  Três horas depois...
  Quando eu acordei de novo, felizmente eu estava viva e naquele quarto estranho de novo, alguém havia me dado banho depois que Harry se cansou de me torturar, além disso, haviam me feito curativos em meus machucados e me arrumado, eu estava com meu cabelo preso em um rabo de cavalo e vestindo um vestido branco cinturado que caia perfeitamente no meu corpo. Tentei me levantar mas não consegui, as dores eram tantas que eu não tinha forças pra ficar de pé, ou sequer me sentar naquela cama, mas ele me pagaria por isso, me pagaria caro. Por tudo. Me tirando de meus devaneios, Christiane entrou no quarto com uma bandeja de alimentos, acompanhada por um enfermeiro, um homem alto dos olhos castanho, que parecia forte, mas que não se comparava a Harry, raciocinando o que havia acabado de pensar senti ódio, ódio por ter pensado em algo tão sujo, jamais aconteceria nada além de ódio entre eu e Harry, então eu não deveria compará-lo com outros homens.
  O enfermeiro me ajudou a sentar na cama de maneira confortável e Christiane me ajudou a comer, eu precisava conquistar a confiança de todos naquela casa, se é que aquilo poderia ser chamado de casa e não prisão, depois que eu conquistasse cada um ali dentro eu me vingaria de Harry, eu o ferraria, assim como ele fez quando me machucou sem piedade. Quando eu terminei de comer, no exato momento em que as duas pessoas que cuidaram de mim sairam do quarto Harry entrou, só de olhar pra ele minha fúria e ódio foram alimentados.
  - Como se sente bubé? - Perguntou-me e eu abaixei os olhos para não demonstrar meu ódio com o olhar.
  - Melhor pápa. - Disse, curta e rápida, minha garganta doia um pouco e eu não queria gastar saliva com aquele miserável.
  - Você vai ficar boa logo bubé. - Disse e se inclinou me dando um curto beijo nos lábios, praticamente um selinho - Vou trabalhar e volto a noite, tome um banho e fique sem roupa pra dormir que quando eu chegar vou fazê-la se sentir bem. - Disse tranquilamente, como se não tivesse feito nada demais e então saiu do quarto.

A noite...
  Fiz o que ele falou, no cair da noite eu estava melhor, havia tomado varios remédio durante o dia que me permitiram ficar de pé depois das oito da noite, depois de tomar um banho, me despi e me deitei na cama. Enquanto esperava aquele miserável chegar me lembrei de algumas conversas que tive com Christiane na hora do café da tarde.
  Flash back on...
- Do que o Harry mais gosta Chris? - Perguntei mordendo uma maça enquanto encarava meu copo com achocolatado.
  - Ele ama o carro dele - Disse ela inocentemente - Ele vive cuidando do Azira -seu carro - como se fosse um bebê recém nascido. - Disse-me e então voltei a comer pensando no quanto o odiava.
Flash back off...
  Eu já tinha um plano em mente...quando estava prestes a cair no sono, provávelmente umas onze da noite, senti mão macias e quentinhas agarrarem minha cintura, com cuidado por causa dos machucados me virei na cama, dando de cara com ele.
  - Me desculpa... - Sussurou ele e abaixou o edredon para olhar meus machucados, a principio tentei recusar que ele me vesse, mas como estava exausta, querendo ou não tive de ceder, ele olhou para os sete pontos que eu havia levado por causa do corte no peito que ele havia me feito, e mais alguns cortes não muito profundos, na lateral da barriga, na coxa direita e vários hematomas espalhados pelas pernas e braços. - Eu não sei onde estava com a cabeça... - Continuou os sussurros e então me puxou delicadamente contra o seu corpo, não ousei ir contra, por mais que o enojava cada vez mais a cada toque pelo meu corpo. Harry me olhou nos olhos e então selou meus lábios nos dele, a princípio quis até recusar com raiva, mas depois que ele entrelaçou seus braços fortes na minha cintura e escorregando uma mão pra minha coxa, me puxou pra cima dele, eu aceitei o beijo, naquele momento ao mesmo tempo que eu odiava que ele se aproxima-se e me tocasse, eu passei a deseja-lo e a desejar cada toque que ele me dava, Harry me fez sentir coisas que eu jamais senti, mas que ao mesmo tempo faziam parte do meu instinto, quando ele tirou a camisa eu passei a mão em seu corpo durante um beijo, e nele senti várias linhas recobertas por tatuagens, eram cicatrizes. No momento não me importei mas eu sabia que mais tarde, minha curiosidade me obrigaria a descobrir o motivo delas estarem alí. Quando Harry rolou na cama me colocando embaixo dele ele olhou nos meus olhos, e eu vi algo diferente nele, eu vi um olhar que escondia segredos profundos de uma alma sofrida, arfei e acariciei seu rosto com minha mão, e então, enquanto nos olhavamos nos olhos, ele enfiou um dedo dentro de mim, eu gemi sem ter controle da minha boca, enquanto ele movimentava seu dedo dentro de mim ele se encaixou no meio das minhas pernas, espalhando beijos molhados por todo o meu pescoço, fazendo meu corpo estremecer nas mão dele.
  - Geme pra mim bubé... - Disse-me com a voz rouca e então eu arfei pendendo a cabeça, e quando ele movimentou meu clitóris eu gritei.
  - H- Har-ry - Um gemido entrecortado que me fez querer mais e mais dele, eu queria que ele fosse mais fundo, que me apertasse mais, que me enlouquecesse mais do que já estava, e como se ele estivesse lendo minha mente ele o fez. Me puxando agressivamente contra seu corpo me fazendo arquejar e me dando um tapa na perna ele enfiou dois dedos dentro de mim me fazendo delirar.
  - Papá... - Gemi, sem entender ao certo por que dissera aquilo, e então quando algo estranho deu um nó no meu útero eu senti um arrepio gostoso passar por meu corpo e o suor escorrer pela minha testa, e então eu senti, com um último grito de satisfação, meu corpo ficar relaxado e um sorriso involuntário ocupar meus lábios. Foi quando ele me beijou uma última vez antes que eu começasse a sentir dor.

Tiros do destinoWhere stories live. Discover now