Capítulo 15 - O início do trabalho

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Pov Lauren

A lua brilhava no ponto mais alto do céu. Seria uma bela noite se não fosse os recentes acontecimentos. Desligue o carro e destranquei as portas, saindo do mesmo. Dei a volta e abri a porta para Camila a oferecendo minha mão, a qual ela segurou para sair do carro. Com uma mão em suas costas, apertei o alarme para trancar o carro e a guiei pela grande porta de vidro de meu prédio. Logo Ian veio em minha direção.

- Guarde para mim por favor. - disse lhe entregando as chaves do carro. - Caso alguém me procure essa noite, eu estou indisponível, a não ser que citem o sobrenome Cabello.

- Sim senhora.

Assim, atravessei a portaria e tomei o elevador apertando o botão do 17° andar.

Depois que saímos daquela sala, peguei o carro que Camila tinha usado para chegar lá e a levei para a casa de sua mãe, mais próxima da delegacia. Porém quando chegamos lá ela só conseguia olhar para a casa sem nada dizer. Acho que tudo ali a lembrava do que estava acontecendo. Pensei em voltarmos a pé até a delegacia e a levar para casa. Mas quando cheguei em meu carro lembrei de que sua irmã estava em seu apartamento.

Abalada daquele jeito, busquei em minha mente as lembranças de Camila comigo em Los Angeles. Ela não estava tão triste na cidade. Talvez por que não houvesse nada lá que a lembrasse dos mals passados. Nessa hora senti a mão dela em meu ombro e olhando em meus olhos ela disse:

"- Não sei como seguir Lauren... Eu preciso ajuda-la, e não vou fazer outa coisa antes disso."

Então eu decidi traze-la para minha casa. Nada aqui forçaria sua memória, a não ser que ela queira.

Assim que as portas se abriram, deixamos a caixa metálica e a levei até meu apartamento. Abri a porta e a deixei que entrasse.

Em passos lentos ela observou o lugar. Creio que procurava cada detalhe, mas hoje um pouco destraida.

- Belo apartamento.

- Obrigado... - fechei a porta e caminhei até ela perto do sofá. - Fique a vontade. Pode usar meu telefone se quiser ligar para suas amigas. O banheiro é no fim do corredor se quiser tomar um banho ou algo do tipo.

- Eu não tenho roupa.

- Camila, esse não é um ponto a se preocupar. Eu te empresto algumas minhas. Vai por mim, um banho pode ajudar a relaxar um pouco.

- Não desmerecendo tudo que fez por mim Lauren, mas relaxar não é possível agora.

- Bom... Não custa tentar.

Ela então balançou a cabeça em concordância e eu a mostrei por onde seguir.

- Pode entrar e eu já te trago roupas e toalhas.

- Tudo bem.

Fechei a porta do banheiro e caminhei até meu quarto. Abri a última porta do meu guarda roupa e peguei duas toalhas brancas e coloquei em cima da cama enquanto ouvia o barulho da água caindo. Sinal de que ela já havia ligado o chuveiro. Fechei a porta aberta e abri uma outra. Dali, peguei uma blusa preta, já meio gasta onde com dificuldade se enxergava escrito "1975", e um short de malha preto, junto com um conjunto de lingerie.

Com tudo isso em mãos voltei ao banheiro e bati na porta.

- Camila?

"Pode entrar" ouvi sua voz atrás da porta, que abri.

A banheira era fechada por um box de vidro fosco, por tanto, desde que esteja fechado, nada se vê. Deixei a roupa na bancada e as toalhas no gancho perto da porta do box, saindo logo depois.

The lawOnde as histórias ganham vida. Descobre agora