Capítulo 41

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Emily narrando

Acordei toda dolorida, cada músculo do meu corpo estava se contraindo com cada movimento que eu fazia. Abri lentamente os meus olhos e me assustei quando vi que estava no meu quarto antigo. Tudo estava do mesmo jeito, até os meus ursos estava da maneira que eu havia deixado da ultima vez que dormi nesse quarto.

Não...

Tento me erguer, mas tomo outro susto ao ver Miguel sentado na poltrona bebendo um copo de uísque, pelo menos era isso que aparentava. Seus olhos azuis ficavam mais claros na escuridão. Ele parecia o verdadeiro demônio. Se colocasse os olhos vermelhos, ficaria idêntico.

—Seu monstro. —Digo sentindo uma fúria crescer dentro do meu peito. —O que você fez?

Minha memória remota a imagem da senhora Ferraz, ou melhor, da minha mãe biológica no chão, ensanguentada e implorando pela minha vida. Só de lembrar sinto mais raiva ainda. Raiva dela e de Miguel.

Por que ela não me contou antes? Por que guardou esse segredo?

Teve tantas oportunidades para me contar e quem sabe iria me ajudar a se livrar desse demônio chamado Miguel.

—Olá monstrinha. —Disse com um sorriso do capeta estampado no rosto. —Dormiu mais que a cama, agora deve está com bastante disposição, não é?

—Se você tentar algo contra mim acabo com você. Eu mato você, Miguel. —Sinto mais coragem para ameaça-lo.

Ele rir debochado.

—Ora se não temos uma serial Killer a minha frente. Estou com muito medo. —Disse com o sarcasmo aflorado.

Levanto-me e caminho para perto da porta, passo a mão na maçaneta e está trancada. Vou até a janela e as duas estão trancadas com cadeado.

—ABRE. DEIXA-ME IR EMBORA. —Grito e ele se levanta, erguendo o seu corpo e me assustando quando dava pequenos passos até a mim.

—Você está corajosa agora. Está até falando alto comigo. Por que disso, hein, Emily? Quem te encorajou?

Engoli em seco. Dei um passo à trás.

Comecei a rir, debochando da sua cara. E de repente me lembro de Arthur. O meu Arthur.

—Do que você está rindo sua estúpida?

—Rindo de você. Da sua tolice em me trazer de volta para cá.

—Minha tolice? —Ele segurou o meu braço em um bote certeiro. Ele virou o meu braço para trás e o apertou, quase o quebrando.

Senti muita dor, mas não dei a ele nenhuma lágrima minha. Mordi o lábio aguentando firme.

—Por que parou de rir? Não estava engraçado? —Indagou com os olhos brilhando.

—Arthur vai vir e vai matar você seu desgraçado. —Ameaço, sentindo mais forte.

—Arthur? —Ele franziu o cenho e juntou as sobrancelhas, curioso.

Abri um sorriso, mesmo sentindo muita dor no braço.

—O meu homem. O único homem que me fodia tão gostoso e me fazia gozar de verdade. O homem que me ensinou o que era amor e a amar. —Respondi a altura, com um sorriso enorme no rosto.

Só senti a ardência no meu lado direito do rosto segundos depois de ouvir o barulho do tapa desferido em mim. Só não cai no chão porque ele ainda segurava o meu braço, apertando cada vez mais.

Obsessão PerigosaWhere stories live. Discover now