Pego uma caneta e começo a bater contra a mesa resultando em um barulho completamente irritante.

— Não diga isso. Eu te amo mãe, a senhora é a única mulher que eu amo.

— Pois não está parecendo que você me ama. E não diga que eu sou a única mulher que você ama. Um dia você vai encontrar uma mulher e vai ama-la muito. — Ela esboça um sorriso. — Afinal quando você vai se casar e me dar netos meu filho? Já está passando da hora.

— Já falei mil vezes que não vou me casar nunca. — Bufo de raiva.

— Para de ser bobo menino. — Ela me lança um olhar de decepção enorme.

— Mãe... — A repreendo  por estar ocupado o meu tempo sem ser para algo que seja realmente útil para mim.

— Quero que você vá almoçar na minha casa hoje. — Ela se levanta e passa a mão pela saia amassada. — Seu pai também está com saudades.

Levanto indo até ela.

Passo a mão pelo cabelo nervoso.

— Eu estou ocupado.

— Para com isso. Eu estou te esperando você na hora do almoço. — Ela me beija na bochecha e sai.

  Merda.

Não estou com um pingo de paciência para ir até a casa dos meus pais. Meu pai é alguém muito inteligente e eu não consigo mentir para ele. E tenho certeza de que ele não vai ficar nada feliz ao descobrir o que eu fiz com a Evelyn.
A minha mãe também é alguém muito legal, porém as vezes é muito mandona. Foi por isso que eu saí de casa tão cedo, não aguentei a pressão da minha mãe. Sai de casa com dezessete anos de idade, meu pai me deu um apartamento e eu não exitei nem um pouco em me mudar. Foi um pouco complicado fazer a minha mãe aceitar, mas eu consegui.

Me sento novamente na minha cadeira e fechos os olhos. Aperto a minha mão até ela ficar esbranquiçada. Era só isso que faltava para completar o meu dia.
Abro a gaveta da mesa e retiro uma cartela de comprimidos analgésicos. Ligo para a lanchonete e peço que eles me tragam um copo de água gelada.

                                  ♥

Estaciono o meu carro em frente a casa dos meus pais e desço. Seguro no volante do carro e desço exitante. Abro a porta e entro, a primeira pessoa que vejo é o meu pai sentado em uma poltrona de couro preta na sala.

Cumprimento ele com um aperto de mão e me sento na outra poltrona ao lado da dele. Bato o meu pé no chão impaciente com o silêncio que nos cerca.

— Me conte. — Ouço a voz do meu pai. Olho para sem entender nada. — Me conte o que está acontecendo na sua vida meu filho, faz tempo que não nos vemos. E pela sua cara de derrotado alguma coisa séria aconteceu.

— Posso afirmar que nada aconteça. — Digo passando a mão na minha barba.

— Eu te conheço Wesley. O que você apontou dessa vez?

— Já falei que não fiz nada.

— Você não está olhando nos meus olhos, e isso quer dizer que você está mentindo descaradamente para mim.

Passo a mão nos meus cabelos nervoso.

— Eu vou contar. — Digo sério.

Me endireito na poltrona e começo a falar tudo o que planejei para Evelyn e o que eu fiz desde que eu à conheci, contei também sobre ontem no restaurante, sobre a minha vontade de matar o Benjamin. Contei exatamente tudo desde que conheci a Evelyn. Foi até fácil contar para ele, bem mais fácil do que eu imaginei.

Termino de contar e vejo a expressão de fúria no rosto do meu pai. Ele se levanta e passa a mão nos cabelos grisalhos.

— Você é louco? — Grita. — Você tem noção do quanto essa menina pode sofrer com isso wesley? A dor que ela vai sentir vai ser enorme seu covarde. Definitivamente eu não te criei para você virar um homem sem escrúpulos. E eu não sei onde eu errei. Ninguém pode tomar uma decisão sozinho sendo que essa decisão vai mudar a sua vida e a dela. — Completa gritando.

— Não posso mudar. — Digo me levantando e abotoando um botão do blazer preto que estou usando.

— Você é um moleque. — Ele vem na minha direção e tenta me dar um soco na cara mais é impedido pela minha mãe que sai da cozinha e vem até nos correndo.

Ela se põe entre a gente e abaixa a mão do meu pai docemente.

— O que está acontecendo Wesley? — Pergunta olhando para mim e para o meu pai.

— Pergunte para ele mãe. — Vou andando em direção a porta.

— Wesley. — Ouço a minha mãe me gritar, mas eu prefiro ignora-la.

Saio daqui casa e caminho em passos largos até o meu carro. Entro e soco o volante várias vezes seguidas. Ele preferiu ficar do lado da Evelyn sem nem a conhecer.

Ligo o carro e saio em alta velocidade da casa dos meus pais.










                                 ♥

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     O que acharam do capítulo
          narrado pelo wesley?

           Espero que gostem.💙

Você Não Soube Me Conquistar (Completo até 15/08)Where stories live. Discover now