Capítulo 7 - Desesperada

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Cheguei atrasada ao Jungle e encontrei as meninas me esperando na nossa mesa de sempre, mas quando olhei para o palco encontrei o olhar do Talis seguindo cada movimento meu. As meninas bagunçaram meu cabelo ao perceberem que havia um algo mais naquelas trocas de olhares. Tentei negar, mas já era tarde de mais.

Talis não se intimidou e ao perceber as gargalhadas que vinham da nossa mesa. Ele veio ao meu encontro e as cumprimentou inclinando a cabeça levemente para a direita e em seguida pegou minha mão, me ajudando a levantar. Fomos para uma mesa no lado oposto de onde elas estavam.

– O que aconteceu? Achei que você viria mais cedo!

– Nada, eu só perdi a hora!

– Você está linda! – disse ele, enquanto tentava me beijar.

– Talis! – eu disse me afastando.

– Me desculpe! É que eu me esqueço de que não podemos fazer isso em público.

– Então me espera atrás do palco! – disse tentando compensar minha paranoia.

– Gostei da ideia! – respondeu sorrindo com os olhos.

Saí primeiro da mesa, mas ao passar por Eliza ela apenas olhou para trás e quando viu Talis me seguindo, consentiu com a cabeça e sorriu dando uma piscadela para mim. Assim que ficamos sozinhos Talis foi logo me beijando.

– Não vejo a hora de poder te beijar na frente de todo mundo! – disse após um suspiro

– Mas, por enquanto esse é um mal necessário, lembra? – disse repetindo uma de suas frases.

Ele respondeu me dando outro beijo.

Que resposta poderia ser melhor do que essa?

Infelizmente, Eliza apareceu para nos lembrar de que o Jungle tinha acabado de abrir e que estava na hora dele se apresentar. Talis franziu o cenho insatisfeito e me beijou novamente antes de subir no palco. Em seguida vieram os meninos da banda.

Eliza me olhou novamente com aquele sorriso sarcástico de quem estava feliz em ver que eu tinha enfim me rendido àquele sentimento e que tinha parado pelo menos um pouco de me fazer de mártir.

Voltamos juntas para a nossa mesa e fiquei espantada ao olhar para os lados e ver a quantidade de gente que tinha vindo nos ver. Era impressionante como a música conseguia reunir diferentes pessoas num mesmo lugar.

Ainda estava olhando a minha volta quando a banda começou a tocar e se não fosse as cutucadas da Eliza talvez não conseguisse tirar meus olhos do homem mais lindo do mundo que estava cantando para mim.

– Quem é aquele gato? Ele não para de olhar pra nossa mesa! – disse Eliza assim que me virei para ela.

– Quem? – Perguntei, olhando para trás.

– Aquele loirinho!

– Eu não acredito! – disse ao perceber que o gato ao qual Eliza se referia era o Hugo.

– Você o conhece?

– Ele é quase meu primo!

– Como assim, quase seu primo?

– Ele é sobrinho do marido da minha tia e apesar de já ter alguns anos que eu não o vejo, tenho certeza que é ele!

– E você nunca se interessou por ele? – disse de boca aberta.

– Claro que não! Ele é cerca de seis anos mais velho que eu – respondi balançando a cabeça negativamente.

– Ah! Eu me esqueci do quanto isso faz diferença – disse revirando os olhos com desdém.

Sempre Vai Haver Uma CançãoNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ