Epílogo

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Obrigada a todos que leram e que gostaram de mais essa história.Foi um prazer escrevê-la.

Espero que possam continuar curtindo o meu trabalho. :)

Epílogo.

1 ano depois.

Eu estava terminando de fazer o almoço, as panelas em cima do fogão a lenha exalavam um cheiro delicioso de carne com legumes frescos que cultivávamos em uma pequena horta atrás da casa. Ir comprar no mercado era muito trabalhoso e a gente fazia isso apenas quando tínhamos que fazer, mas a maioria dos legumes e hortaliças eu cultivava por mim mesma. Meu pai e minha mãe me ensinaram bem a arte do plantio e agora, na minha nova casa, eu podia colocá-las em pratica.

Eu estava mexendo nas panelas quando senti as mãos Jungkook deslizar por minha cintura e se fechando na frente do meu corpo, me abraçando enquanto beijava meu pescoço.

—Você está linda hoje.—diz ele quando eu viro minha cabeça para olhá-lo e ver que ele está sorrindo amplamente.

—Você sempre diz isso.—eu sorrio também e ele me vira em seus braços, me fazendo ficar de frente para ele, a mão, agora na parte baixa das minhas costas, envolveu minha cintura, me puxando gentilmente para ele aproximando nossos corpos. Então fui puxada para mais perto... minha cabeça inclinando para trás, a cabeça dele se inclinando. Meus olhos se desviaram para sua boca exatamente quando ele diminui o espaço e encostasse os lábios nos meus.Um toque suave mas que serviu para preencher o meu corpo com desejo. Ele se afastou um pouco, apenas o suficiente para olhar em meus olhos e dizer.

—E é sempre verdade.—ele sorriu em seguida, um sorriso tão largo que roubou meu fôlego, como sempre fazia. Eu adorava quando ele sorria, mas eu ainda me surpreendia como o seu sorriso me afetava todas as vezes. Nunca me cansava de ver ele assim, cantando essa linda canção em forma de sorriso que eu sabia, era apenas para mim.

Eu ainda estava olhando para ele, hipnotizada com seu sorriso, duas bolas de pelos pequenas entraram correndo pela porta e quase derrubaram uma das cadeiras dali, surpreendendo a nós dois. Um deles veio até mim e sentou ,me olhando como se me pedisse algo. Eu ri e me separei do JungKook, que foi para a mesa e se sentou, pegando o outro e colocando em cima da mesa.

—O que você quer hein, seu travesso?—perguntei enquanto acariciava o pelo dele e ele permanecia lá, com sua grande língua para fora aproveitando o carinho.

Um grunhido se ouviu do lado de fora e os dois levantaram suas orelhas ao mesmo tempo, ouvindo atentamente e logo saíram correndo para fora onde sua mãe os esperava.

Eu fui até a porta e vi Ghost carregando a carcaça de sua pressa na boca e jogou no chão bem na frente de seus filhotes ,que não esperam para abocanhar sua refeição.

Ghost tinha nos dado um susto e tanto depois daquela noite que o JungKook foi atacado, mas quase como um milagre, ele tinha sobrevivido. Nós o trouxemos para a cabana, que não foi incendiada naquela noite, pois o JungKook havia percebido que estava sendo perseguido e levou-os até uma outra cabana que havia aqui perto, que ele deixava lá como uma isca para qualquer intruso por aqui. Quando chegamos, o Ghost estava inconsciente, mas eu senti o seu coração ainda batendo quando deitei perto dele, abraçando-o enquanto eu chorava, então eu peguei algumas coisas para estancar o sangue e fiz um remédio com ervas da floresta que eu tinha aprendido com a minha mão e coloquei em cima do seus ferimentos e os fechei com algumas bandagens. A noite acabou e não havia sinal que estava fazendo efeito, dois dias se passaram e ainda nada. Nós estávamos quase desistindo, quando ele abriu seus olhos na noite do terceiro dia e tentou se levantar.

Ao perceber que ele estava acordado, uma onda de alivio tão grande passou pelo meu corpo , eu comecei a chorar na mesma hora e o JungKook também, apesar dele tentar esconder isso. O JungKook estava do lado dele no momento seguinte, abraçando e conversando com ele de forma tão carinhosa que era lindo de se ver.

Demorou alguns dias até que ele tivesse se recuperado a ponto de levantar. Quando ele fez, ele entrou na floresta e ficou por lá por um longo tempo, aparecendo apenas para nos mostrar que estava bem. Nós assumimos que era a sua maneira de se recuperar e não tentamos trazê-lo de volta até que ele quisesse isso.

Muitas luas depois, ele voltou para casa com dois filhotes a tira colo, e foi ai que percebemos que, na verdade, ele era ela.E nós acabamos ganhando mais dois membros na nossa família.

Nessa época eu já havia me casado com o JungKook e estava morando aqui de vez. Meus pais não foram contra nosso casamento depois que conheceram melhor o JungKook e ouviram a sua história. Nós deixamos de lado o que aconteceu na floresta naquele dia, enterrando isso onde deveria ficar, no passado e seguimos em frente com as nossas vidas, juntos.

E cá estávamos nós, felizes, como nossa nova família.

O JungKook me abraçou por trás e descansou sua cabeça em meu ombro enquanto também olhava a cena.

—Eu ainda não sei como você não percebeu que ela era fêmea.—disse eu mais uma vez, só porque eu gostava de implicar com ele sobre isso.

—Yah...Eu não fico por ai olhando os órgãos dos outros sem permissão, sabia?—retruca ele com suas bochechas ganhando um tom rosado. Isso acontecia todas as vezes que tocávamos no assunto.

—Vamos lá Kook,—eu me virei e olhei para ele, cruzando os braços na frente do meu peito enquanto eu continuava.— ela era um filhote quando você a encontrou. Você só assumiu que ela era macho?

—Sim.—diz ele simplesmente e eu caio na risada. Ele me puxa para ele e me beija. Incapaz de fazer qualquer outra coisa, eu a beijei com tudo o que eu tinha, derramando todo o meu amor no beijo. Nós nos separamos quando Ghost faz um som que poderia ser traduzido como" arrumem um quarto," e o JungKook responde com um."Calada".

Nós entramos e almoçamos, logo em seguida fomos nos deitar. Ele me abraçou com um de seus braços e ficou brincando com meu cabelo com o outro enquanto eu corria os dedos para cima e para baixo no seu peito.

—Cante para mim JungKook.—eu pedi e ele parou de mexer em meu cabelo.

Eu tinha descoberto que sua voz era linda não apenas quando ele falava, mas também quando cantava e desde então eu sempre pedia que ele cantasse para mim. Era mais um dos vícios em que ele me fazia cair.

Ele gentilmente correu as costas de sua mão sobre seu rosto, tomando a minha mão, ele colocou sobre o peito, diretamente sobre seu coração. Eu podia sentir suas pesadas batidas na minha palma. Eu sorri e ele começou a cantar.Eu fechei os olhos, absorvendo sua voz em meu coração e não demorou para que o sono começasse a pesar em mim.Ele continuou cantando para mim, em minha alma, e me enchendo com o amor que nós dois construímos para nós.

Sua voz me colocou para dormir, e seus braços me mantiveram segura como sempre fizeram.Seus braços eram o meu porto seguro e era para onde eu sempre podia voltar.

Afinal aquele era o meu lar e ele o presente que eu daria a minha vida para proteger.  


A sombra do LoboWhere stories live. Discover now