A Seita

2.2K 200 87
                                    

23. A SEITA

36 HORAS ANTES DA TAREFA FINAL

Lincoln escorreu pelo corpo macio e moreno, caindo por seu lado em um lençol cor creme, os olhos arregalados, os lábios levemente abertos, as unhas se enterrando no tecido do lençol. A moça, sem questionar, levantou-se, nua, e caminhou porta á fora do quarto.

O garoto, com seu membro ainda ligeiramente ereto, sentia o prazer daquela breve ejaculação se esvair em alguns rápidos segundos, enquanto seus olhos focavam nos pequenos detalhes em aquarela em todo o teto de seu quarto, que transpassavam pelas paredes e desciam até o chão, onde, aos poucos, desaparecia em meio as diversas tintas que oscilavam.

Quando a porta voltou a abrir e Anthony apareceu do outro lado, Lincoln ainda estava perdido nas gravuras. Seu amigo vestia sua clássica roupa; roupas claras por debaixo de uma longa capa negra, onde, em um pequeno símbolo, uma estrela e dois chifres reinavam sozinhos em um emblema.

— Senhor – disse Anthony, com um leve gesto de respeito com o dorso, caminhando para abrir as janelas do quarto e a luz do sol invadir os olhos claros do garoto deitado, que agora tapava-se com o edredom vermelho em cima da cama.

Anthony passou os olhos pelo quarto e com um balançar de sua varinha fez com que tudo voltasse ao normal. Com o pé, jogou o pacote de preservativo usado para debaixo da cama e com o outro empurrou a grande caixa de desenhos de Lincoln.

O garoto ainda não parecia estar acostumado com a luz, visto que havia pego seus óculos de sol em cima de um criado mudo e colocado. Era graça para Anthony, Lincoln sabia como deixa-la irritado. Levantou-se, cobriu-se com uma bermuda antiga e com o peito desnudo abraçou Anthony pelas costas, lhe dando um beijo no pescoço.

— Como foi sua noite? – perguntou Lincoln, ainda sem olhar o outro nos olhos.

— Interessante – irritante quis dizer Anthony, mas ficou quieto. Durante toda a madrugada escutou os gritos e os gemidos de Lincoln com a moça trouxa que ele havia conhecido em uma bebedeira na noite passada. — Suficientemente entediante, eu diria.

Lincoln apenas balançou a cabeça e voltou a beijar o pescoço do outro, mas agora passando os dedos por dentro da capa negra de Anthony, tentando por encontrar seu peito.

— Está sentindo? – perguntou.

A ereção de Lincoln estava direcionamento incrivelmente em direção a bunda de Anthony, que controlava o desejo que crescia por dentro de seu corpo. Em contrapartida, acariciou as mãos de Lincoln e as tirou de dentro de sua capa.

— Isso? – questionou em relação a ereção de Lincoln. — Só sinto uma coceirinha, nem parece ser um de verdade.

A risada abafada de Lincoln em seu ouvido fez com que todos os seus pelos se arrepiassem. Seu autocontrole, aos poucos, parecia desmoronar por dentro de si mesmo e, naquele momento, tudo o que ele mais queria era que Lincoln tirasse a bermuda e o jogasse para a cama.

Ah, como queria...

— Senhor? – uma voz surgiu da porta entreaberta. Uma moça que, ao ver o que estava acontecendo, retornou para detrás da porta, segurava sua varinha em direção a porta.

— Sim? – resmungou Lincoln, sem deixar de continuar tocando o corpo de Anthony. — Eu estou meio que ocupado aqui.

Houve um silêncio do outro lado.

— A Senhora exige sua presença, Senhor – esclareceu a garota. — Esperam na sala de jantar. Traga o Cavaleiro consigo.

A garota desapareceu e Lincoln sabia disso pelo suave toque de seus sapatos no tapete sujo e antigo da Mansão Hollow, o lugar onde, agora, estavam e que um dia havia pertencido a um dos primeiros Ministros da Magia.

O Destino de Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora