O cálice de fogo flameja

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Carta Nº 7

10 de setembro de 1991

Caro Draco,

Sabemos da dificuldade de enfrentar o primeiro ano em Hogwarts cercado de sangues-ruim e traidores de seu próprio, mas você precisa ser forte, assim como qualquer outro Malfoy que já frequentou esta escola. Papai ficou muito feliz ao saber que você foi selecionado para a Sonserina, nada do que já esperávamos. E também ficamos sabendo que você tentou amizade com Harry Potter, aquele garoto que conhecemos no Beco Diagonal. Entretanto, não recomendamos que você comece a manifestar este tipo de sentimento por este garoto. Por mais que ele seja uma lenda, já soubemos que anda com sangues-ruim e os tais Weasley. Quanto mais você ficar longe deles, melhor.

Tentaremos lhe enviar cartas sempre que possível. Mamãe está eufórica com Vitório e papai não vê a hora de te encontrar quaisquer dias desses na escola.

Com saudades,

Seus pais.

Carta Nº 8

21 de dezembro 1992

Caro Draco,

Depois de tudo que aconteceu no ano passado, ainda não conseguimos entender essa fascinação estranha por Harry Potter. Além de ser O garoto que sobreviveu ele não passa de um menino de doze anos que nem sabe da vida, assim como você. Queremos que você foque em seus estudos ou não será recompensado como prometemos. Mamãe está preparando uma visita a Londres e pretende dar uma passadinha no castelo, talvez levar Vitório com sigo. O que você acha? Ainda não podemos confirmar nada. Papai foi chamado para uma emergência no Ministério e, por isso, deverá não aparecer no castelo pelos próximos meses.

Mas saiba que ele te ama tanto quanto a mamãe e, claro, Vitório.

Com todo o amor,

Seus pais.

TEMPO ATUAL. – 10 de setembro de 1994

— Hoje? – a voz de Draco Malfoy saiu fraca. Ele olhou para todos os lados do corredor, estava vazio. Pansy Parkson estava ao seu lado, atravessando o castelo até a Sala Comunal da Sonserina. Ele estava com sua pilha de livros quase caindo de seus braços.

— É, hoje – respondeu a garota. — Também, não faz muita diferença isso, faz? Ia ser ontem, mas Dumbledore teve um probleminha com o conselho e o Ministério, então foi adiado.

Draco olhou com as sobrancelhas arqueadas para ela: — Como você sabe tudo isso?

— Fiquei sabendo – ela disse com desdém, mesmo que sua voz tenha ficado ligeiramente mais grave. Ela começou a andar levemente mais rápido, dobrou no corredor e esperou a passagem se abrir.

— Alguém da Sonserina se inscreveu? – perguntou Draco, já dentro do local abafado e barulhento. Eles se dividiram no meio da multidão e só foram se encontrar do outro lado do Salão, perto dos dormitórios.

— Uns dois meninos do terceiro ano – respondeu Pansy. — Não são muito conhecidos na escola. Inscreveram-se apenas para não perder a oportunidade, clássico de um Sonserino. Desculpe-me, loirinho, mas agora eu tenho um compromisso com X-Crabble. A gente se vê mais tarde.

Draco concordou com a cabeça e a observou atravessar a multidão de pessoas. Mas um estalo em sua mente o fez gritar por ela.

— Por que X-Crabble – ele pergunta. Algum apelido para o amigo que ele não conhecia? — E não me chame mais de loirinho, pode ser?

Ela sacudiu os ombros e continuou seu caminho. Draco estava parado no meio de uma multidão. Todos gritavam os nomes dos sonserinos que haviam se inscrito para o torneio. Draco não saberia imaginar a bagunça que se daria após o jantar caso um deles fosse escolhido.

Ele não conseguiria dormir, com certeza. Na verdade, mesmo que eles não fossem escolhidos e que não houvesse qualquer tipo de bagunça durante a madrugada, ele não conseguiria dormir. Alguma coisa em seu subconsciente estava o alertando de alguma coisa que poderia acontecer. Ele não conseguia explicar o que era, um desconforto estranho e que ele nunca havia sentido. Talvez fosse apenas à adrenalina fazendo efeito nele. Afinal, Hogwarts iria ser o lugar onde o Torneio Tribuxo iria acontecer. Claro que ele precisava estar desse jeito.

E se existia uma forma de fazer a adrenalina baixar, era usar suas mãos. Ele larga seus livros em cima de uma mesa vazia e corre para fora da Sala Comunal. O banheiro masculino mais próximo ficava apenas no andar superior, então ele deve que subir alguns lances de escada até encontrar a porta prateada.

Felizmente, o banheiro estava vazio. Mas quente. Na grande banheira do centro, algumas bolhas de sabão ainda explodiam. Alguém havia tomado banho ali recentemente.

Draco abre cada uma das portas do banheiro para se certificar de que não havia ninguém para só então fazer a água começar a borbulhar novamente. Ele esperou até que a água estivesse morna para tirar suas roupas e pular lá para dentro.

Completamente pelado. Ele abriu os olhos abaixo, a escuridão do banheiro deixava a água levemente turva. Quando retorna para a superfície, seu cabelo está perfeitamente alinhado para trás. Seu corpo inteiro está eriçado e seu membro começa a crescer na água.

Naquela água morna é impossível não se lembrar de Harry. Ele se recosta na beirada da banheira, as mãos para dentro da água, segurando seu membro fino de leve pelugem loira. Ele está amaciando suas bolas com os dedos esquerdos, enquanto com a mão fricciona seu pênis com a pressão da água.

A imagem de Harry apenas de cueca na sala de Defesa Contra as Artes das Trevas retorna à sua cabeça. Aquela mala saliente de Harry que ele não teve coragem de apertar. Aquele selinho estranho que ele deu ao garoto antes de sair da sala. Tudo voltou enquanto seu punho aumentava a velocidade gradualmente.

Seus dedos esquerdos se locomovem diretamente para seu ânus. Ele não perde tempo em friccionar seus dedos de encontra com a entrada. A cada milímetro que o dedo entra, ele solta um suspiro mais alto. Seu punho parece prestes a explodir e seus dedos já estão na metade. Ele os tira e os coloca novamente.

Ele então imagina Harry metendo com toda a força em seu ânus, o chamando de várias coisas quentes e gemendo alto como ele está por fazer agora. Harry todo suado, pingando suor no peito de Draco. E o loiro beijando cada parte úmida do corpo do moreno, desde as axilas, pelos braços até seu grande falo, que coloca todo em sua boca.

E quando ele explode em êxtase, sua porra se misturando com a água, Draco Malfoy desejava que aquele seu sonho tivesse realmente acontecido.

(...)

E agora ele estava sentado na grande mesa de Sonserina, enquanto todas as velas do Salão Principal aos poucos se apagam. Dumbledore está no centro, ao lado do Cálice de Fogo. O primeiro nome já saiu. Fleur Delacour, a menina branquela da escola da mulher gigante. O segundo nome também havia aparecido. E era o homem incrivelmente lindo da escola de meninos.

Faltava apenas o escolhido de Hogwarts.

Sua cabeça martelava institivamente. Draco não conseguia saber o porquê. Quando a faísca do cálice soltou e o papel relevou o nome do último escolhido, sua cabeça deu uma aliviada.

— Cedrico Diggory! – gritou Dumbledore. E toda a mesa da Lufa-Lufa explodiu em gritos e aplausos. Até mesmo Draco bateu palmas.

A dor parecia ter sumido. O que era aquilo? Por que parara do nada? Então o cálice flamejou uma quarta vez. O salão inteiro ficou calado, em choque. E o papel voou até os dedos finos de Dumbledore.

E todo o mundo de Draco Malfoy caiu.

— Harry Potter! – gritou Dumbledore. Não contente, gritou uma segunda vez. HARRY POTTER!

(...)

Do outro lado de Londres, em uma sombria floresta, um homem alto, de ombros largos e de longos cabelos loiros se joga de joelhos ao chão. E uma mão fria toca sua nuca. Dedos longos, finos e branquelos.

— Bem Vindo, Lúcio.

E um clarão verde é solto no ar.

O Destino de Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora