04 - Turn the page (PARK JIMIN)

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     – Ele vai mudar, Minha. Eu sei que vai.

     – Céus! S/N, entenda uma coisa. Um homem escroto não muda, meu bem. Ele vai continuar sendo um babaca, me entendeu? Nasceu assim, vai morrer assim. – Minah disse como se entendesse do assunto mesmo tendo tido pouquíssimos relacionamentos durante a vida.

     – Você não pode ter certeza disso, Mi...

     – Olha, eu vou bater nesse seu lindo rostinho se continuar defendendo ele. – percebi que ela já estava sem paciência quando revirou os olhos. – Aquele lixo nunca vai ser um homem de verdade. Ele nem mesmo te elogia. Só quer saber de te levar pra cama, e exibir como troféu para os amigos.

     – O que devo fazer, unnie? – indaguei abaixando a cabeça por me sentir envergonhada.

     – Tive uma ideia. Vamos viajar este fim de semana, está bem? – disse ela totalmente animada. – Tenho família e amigos em Busan. Três dias na praia com boas companhias vão te fazer bem.

     – Tudo bem, unnie. Estou precisamos mesmo espairecer um pouco. – respondi tentando esboçar um pequeno sorriso.

⚜⚜⚜

Três dias depois...

     Enfim, sexta-feira chegou, e até o momento SeYeon milagrosamente não voltou a me procurar. Acredito que seja melhor assim, talvez seja a vida me dando uma chance de recomeçar e tentar se feliz de alguma maneira. Cá estou terminando de me arrumar para a tal viagem, Minah disse que sairemos às três da tarde. Em frente teremos cerca de cinco horas de viagem, possivelmente seis já que é ela quem estará na direção do veículo. Confesso que não estou tão animada com a tal viagem, porém, no fundo algo me diz que pode ser o início de uma grande mudança para mim.

     – Vamos? Embarque no expresso das solteiras, e vamos para a praia. – disse a mais velha completamente animada, ainda que esteja com quase meia hora de atraso. – Faz tempo que não vejo meus tios, espero que eles fiquem felizes com a visita.

     – Hum... Posso saber que animação é essa? – indaguei assim que me sentei no banco ao seu lado.

     – Você tem que conhecer meu primo. – sabia que essa viagem repentina estava boa demais para ser verdade. – Verá o que é um homem de verdade.

     – Unnie, não diga isto. – disse com minha voz embargada. – Não sei se estou pronta para conhecer alguém.

     – Aish! Não deveria ter lembrado daquele babada. – Minah murmurou deixando alguns soquinhos no volante. – Esquece. Vamos focar nas praias, pessoas bonitas, talvez uma cerveja ou duas. Nada de homens.

     – Por favor. Quero me sentir bem de novo.

     – Ele só vai perceber a mulher maravilhosa que perdeu quando você finalmente esquecê-lo. – ali estava ela relembrando do idiota novamente. – Inferno! Esquece o que eu disse. Vamos embora, Busan nos aguarda.

     Bom, por um lado me sinto animada. Finalmente depois de alguns anos de amizade irei conhecer parte de sua família, ao menos as pessoas das quais ela não sente repulsa ao falar. Como qualquer ser humano normal, Minah também tem problemas familiares, principalmente com os pais que praticamente a deixaram ser criada pelas tias enquanto aproveitavam a vida em festas ou mesas de jogos. Nem todos têm uma história de vida feliz para contar, porém, ela jamais permitiu que isso interferisse em seus planos de independência.

     E ali estávamos, depois de cinco horas e meia na estrada ela finalmente estacionou em frente a uma casa enorme com vista para o mar. Um local magnífico que com toda certeza eu usaria para passar fins de semana, sem mencionar que parece um santuário em meio à uma das maiores metrópoles do país. Percebendo a movimentação nos portões da propriedade, não demorou para que uma senhora viesse verificar do que se tratava, e pude então ver seu sorriso aberto ao reconhecer a sobrinha.

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