• Livro 2 da Saga Chasing •
Anna começa finalmente a aceitar o seu passado com a ajuda de Harry mas os receios de ambos irão criar uma barreira entre eles.
Muitos segredos têm sido mantidos ao seu redor mas a verdade virá da pior maneira possível...
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"Já são cinco da manhã."
Colocando o telemóvel em cima da mesa após verificar as horas pela milésima vez, o Matt levanta-se e começa a andar de um lado para o outro.
"A delegacia ainda é longe." Ao meu lado, a Liz tenta acalma-lo sem sucesso. "E estas coisas levam o seu tempo."
"Ou o Max chegou à esquadra e por alguma razão, tendo em conta que não sabemos o que aconteceu, não conseguiu tirá-las de lá." Dramatiza com as mãos na cintura.
"Achas que fizeram o quê? Assaltaram um banco? Mataram alguém?" Surpreendentemente calmo, diria que mais calmo que qualquer um de nós neste momento, o Taylor abre um pequeno sorriso. "Provavelmente tiveram um desentendimento."
"Entre elas?"
"Não, Niall. Com outra pessoa." Explica cruzando os braços junto ao peito. "Aposto o meu carro em como foi a Anna que agrediu alguém."
"Agora vamos fazer apostas?"
"Estou a brincar para ver se relaxas um pouco, Matt."
"Tens a certeza de que devias estar aqui"
Troco um olhar com a Liz, que encolhe os ombros antes de continuar. "Quero dizer, estás à espera da tua namorada, com quem não falas há mais de uma semana. Com certeza não estás a pensar dar-lhe um sermão, pois não?"
"Não." Semicerro o olhar, pedindo-lhe o mais delicadamente possível para que esteja calada já que eu nem sequer pedi que aqui estivesse, para começar.
Não é o meu lugar para dizer-lhe o que quer que seja. Estou aqui apenas para me certificar se está bem e com sorte, conseguir que aceite falar comigo.
"Desculpa se não estou habituado a este tipo de situações onde a minha irmã é presa."
"Detida, não presa."
"Oh, obrigado, Niall." Murmura sarcasticamente. "De repente, sinto-me tão mais calmo."
"Vamos esperar que cheguem para saber exatamente o que se passou, depois decides se tens ou não razões para te preocupares." Sugere no momento em que o silêncio da mais longa madrugada em toda a minha vida é quebrado pelo som de vozes, numa conversa animada.
"Aqui estão elas."
"O que raios—"
"A culpa foi minha." A Anna levanta as mãos, quase anunciando ao mundo que se têm alguma reclamação a fazer, devem dirigir-se a ela.
Não posso deixar de reparar que há muito álcool envolvido nesta história. Álcool, arranhões e cabelos emaranhados.
"O que é isso na tua cara?" Parando finalmente de andar às voltas, o Matt foca-se no rosto da irmã.
"Levei um murro." Constata o óbvio.
"No teu nariz, Callie."
"Oh." Murmura lembrando-se subitamente de algo. "Um piercing." Informa com um sorriso. "Gostas?"
