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- ok Epô, ok...- Thomaz sorri.

- Thomaz eu..

- Epô, já está ótimo senta aqui, você não parou desde que eu cheguei. - ele inclina a cabeça para o espaço vago no sofá .

Inclino a cabeça.

- mas, você tem certeza que não precisa de nada, pra mim é um prazer te ajudar. - esfreguei as mãos.

Thom revira os olhos.

- não Eponine, eu só quero sua companhia! - ele levanta os braços

Abro um sorriso.

- ok, fazer oque. - digo me sentando ao seu lado.

- finalmente, puxa garota difícil! - ele suspira aliviado.

Olho para sua barriga. Esta enfachada, cheia de curativos e mais um monte de coisas, que a enfermeira enfiou para cicatrizar.

- está doendo?

Thomaz olha para mim e em seguida para barriga.

- ah, não.. não está.

Respiro aliviada.

- Thomaz.. eu fui uma idiota. - enterro o rosto nas mãos.

- Ei.. - Thomaz chacoalha meu ombro. - não diga isso..

Começo a chorar, lembrando de como tratei ele na festa e ao decorrer de alguns meses atrás.

- Epô..- Thomaz murmura. - Epô, não me diz que está chorando.

Solto uma risada em meio as lágrimas.

- sério? Ah não! - ele sorri. - me sinto estranho quando meninas choram.

Levanto a cara toda melecada de lágrimas.

- sé.. sério? - gaguejei.

- sim. - Thomaz sorri.

Ele olha para mim e leva o dedo polegar, em minhas bochechas enxugando algumas gotinhas.

- quando Lorena chora... - ele continua limpando. - eu quase choro junto.

Começo a rir, afastando aquela angústia.

- É, você acha engraçado.. - Thomaz sorri. - mais é difíci ser irmão gêmeo. - não suporto vê-la  triste.

- isso é fofo. - abro um pequeno sorriso.

Ele assenti.

- fofo e doloroso. - Thom sorri.

- fofo e doloroso... Tipico amor de irmãos. - observo suas sardas enquanto releio sua frase.

[...]

Ajudo mamãe a cortar alguns legumes, enquanto Thomaz e Lorena dormem, um no colo do outro no sofá.

Papai está na mesa lendo alguma coisa.

- aí! - me assusto ao sentir a faca, rasgar uma pequena parte de minha pele.

O pequeno rasgo faz um grande número, de sangue começar a saltitar para fora de meu dedo.

- hei Eponine, afasta o dedo dos legumes, não estou afim de comer isso ao molho vermelho. - papai balbucia.

Reviro os olhos e abro a torneira para lavar.

- ui! Isso é horrível! - murmuro ao sentir a água escorrer pelo ferimento.

- É eu sei. - mamãe sorri sem olhar para mim. - acha que ainda dá conta? - ela pergunta, inclinando a cabeça para os legumes, fatiados pela metade.

Onde está Thomaz. - EM REVISÃO -Onde as histórias ganham vida. Descobre agora