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- dinheiro? - balbuciei, olhando aquela pilha de notas de cem.

Afinal, porque teria dinheiro naquela mala?

Será que Guns, roubou daquele cara?
Será que o cara, roubou de Guns?

Essas e outras perguntas, enchiam minha cabeça

Me sentei e tirei, alguns fardinhos de dinheiro da mala.

Era muita grana, acho que o suficiente para comprar uma casa boa.

Percebi que em baixo das tantas notas, havia um saquinho com um pó branco. Fui tirando as notas e vi mais uns dez saquinhos.

- como pode? - gaguejei.

Eu sabia que Guns, não era os melhores de todos os garotos, mas eu realmente, não imaginava aquilo.
Ele estava envolvido com tráfico!? Com dinheiro errado, com muitas e várias outras coisas, erradas.

Escutei uma gritaria do lado de fora.

Corri para a janela, e vi o cara que tentou atirar em nós, na ponte.

Ele gritava com meu pai.

Como ele descobriu,.minha casa?  Como ele ainda me reconhecia?

O cara gritava alto e meu pai tentava acalma-lo.

Entrei em desespero, mas fiquei quieta para ele não me ver.

O sujeito, começou exigir a mala, até que ele apontou uma arma na testa de meu pai.

Comecei a suar. Meu corpo tremia e minha mente não conseguia pensar.

- NÃO!!!!!! - berrei da janela.

O homem olhou em minha direção e sorriu.
Corri da janela para a escada.

- oque está havendo!? - Thomaz veio correndo.

- Thom... Thoma... - eu gaguejava, apontando para baixo.

Nos corremos.

Eu quase caí da escada, mas Thom me segurou.

Meu pai estava ajoelhado no chão, e minha mãe gritava no banheiro, que estava trancado por fora.

O sujeito veio em nossa direção.

- entrega a mala. - ele falou, calmamente.

Eu não sabia, oque fazer... Porque Guns confiou aquilo, em minhas mãos e não nas dele?

" Ele não é o que pensa".

Aquela voz falou em meio, a todas as preocupações em.minha confusa.

- me, de, des... Desculpe, mas não sei oque está falando? -menti.

Thomaz olhou confuso para mim.

O homem sorriu, e veio em minha direção.

- você é bonita. - ele sorriu malicioso, olhando para meu corpo.  - Guns sempre, teve bom gosto para mulheres.

Engoli seco, a medida que ele se aproximava.

- quem é Guns?- meu pai balbuciou, procurando respostas em meio aquela confusão.

Minha barriga gelou. Ele ainda não sabe.

- ela não contou? - o homem sorriu.

- pai... - gaguejei.

O cara, tapou minha boca com suas luvas, de couro.

- Bom, por onde começo? - ele bateu o dedo, no canto da boca.

- é um cara, de vinte e quatro anos. - ele levantou um dedo.

- usa uma identidade falsa, para estudar no Lawrenceville e se "camuflar" - ele levanta outro, dedo.

- e... Ja foi parceiro, de sela comigo por três anos. - ele levanta o terceiro, dedo.

Esse Guns, não era oque eu conhecia. Mus olhos se enchem de lagrimas e meu coração de ódio.

- quer saber oque mais? - o homem sorriu. - o namorado, de sua filha, roubou mercadoria minha e entregou, a essa princesinha aqui. - ele apontou a arma para mim.

- Eponine... - meu pai olhou desapontado, para mim.

Seu olhar era de desgosto, raiva e medo.

- então, ou você pode entregar, ou perder todos que estão aqui, nessa casa. - ele disse com os olhos cravados nos meus.

- Eponine... - Thomaz cochichou.

Olhei para ele, que estava ao meu lado sorrindo.
Como ele podia sorrir em uma situação assim?

- entrega a porcaria, da mala! - o homem urrou.

Me afastei.

- posso ir lá buscar? - apontei para a escada.

Ele me olhou, de cima em baixo.

- não confio em você. Vou junto. - ele coloca a arma em minha cabeça, enquanto andávamos.

A cada degrau eu chorava, afinal minha família estava quase morrendo, e descobri que meu morado é uma traficante.

Entramos no quarto, então peguei a mala e entreguei.

- ótimo. - ele sorriu. - boa garota, agora venha aqui. - ele me agarrou.

- me larga! Me larga! - eu berrei.

- shiiiiiiu - ele esfregava o nariz em meu pescoço.

Empurrei ele fazendo cair no chão. Corri , mas ele segurou meu calcanhar e eu caí .

- fassa oque eu quiser, se não morre e sua família também. - ele sorriu.

Eu não me importava em morrer, mas minha família jamais.

Eu gritava pedindo ajuda, enquanto ele segurava meu punho, com a boca no meu pescoço.

- quietinha. - ele cochichou.

Minha vista começou embaçar, e minhas mãos tremiam, ele estava prestes a começar seu trabalho.

- hei, larga ela! - escutei um berro.

O sujeito fica em pé sorrindo e levanta as mãos, em sinal de rendição.

Era Thomaz, ele pegou a arma sorrateiramente.

- vamos atire! - o homem sorriu.

As mãos de Thom tremiam,
isso era visível para mim e para o sujeito.

Corri para o lado dele.

- Thomaz, está tudo bem só vamos chamar a polícia. - susurrei.

Ele assentiu nervoso.

- vamos, dessa as escadas. - ele inclina a cabeça para a porta.

O homem obedece.

Pego o telefone e ligo a polícia, que chega em menos de dez minutos.

Preencheremos uma ficha, e tudo fica bem.

Menos minha casa, que está com um clima pesado de " A CULPA, NÃO É DAS ESTRELAS É TUDO DA EPONINE."

meu pai não fala absolutamente nada. Só se tranca no quarto e fica lá, o resto da noite.













Onde está Thomaz. - EM REVISÃO -Onde as histórias ganham vida. Descobre agora