19

26 3 0
                                    

- ei é você! - falo meio pálida.

- sim, sou eu... - ele diz balançando,os dedos como se fosse um, bicho.

Guns estava meio nervoso, suas bochechas vermelhas e os olhos também.

- oque, oque houve? - cochichei.

Guns olha para os lados e me puxa, para um corredor aleatório .

- oque houve? - pergunto ofegante, enquanto Guns me arrasta.

Nós paramos em um canto, vazio.

- Guns, está tudo bem? - pergunto, super preocupada.

Ele recupera o fôlego.

- lembra, que falei do meu perseguidor de madrugada?

Assenti.

- ele está me caçando, Epô. - Guns gaguejava, com as mãos trêmulas na testa.

Seguro suas mãos geladas.

- precisa de mim? - falo, olhando em seus olhos perdidos nos meus.

Ele assentiu.

- oque? - pergunto com um sorriso.

Guns suspira, antes de enfiar a mão em sua mochila.

Ele tira uma pasta, mediana de couro legítimo.

- esconda isso. - ele diz entregando, o objeto.
Minhas mãos tremem. Não consigo cuidar, de mim mesma, imagina de uma pasta.

Não consigo, falar.

Guns percebe meu olhar, confuso.

- me ajude. - ele olha no fundo, de meus olhos suplicando, por uma resposta.

Guns encontras meus labios, impossibilitados de falar, e da um beijo. Ele se afasta e sorri, antes de sumir pelo corredor.

Fico encarando sua silhueta, andar com pressa e me pergunto várias coisas.

[...]

- onde estava? - Thomaz me olha preocupado.

Minha mente ainda está super confusa, estou meio sem noção das coisas ao meu redor.

- não sei. - falo encarando o nada.

Thomaz sorri.

- está tão bonita, sabia? - ele diz, passando as mãos em meu ombro.

Fico sem graça.

- obrigada, você também. - solto um sorriso.

Ele dá um sorriso de orelha a orelha.

- hummm, obrigado, fico lisonjeado com seu doce elogio.

Observo o refeitório.

Guns não está la, só sua turminha.

Algumas líderes de torcida, ficam dançando e pulando em sua mesa. Enquanto um grupo de estudos, ajuntam algumas peças, da aula de robótica.

E Guns? Nada.

- oi, gente. - Margô senta ao meu, lado.

E logo entendo, sua intenção.
"  Thomaz "

- oi. - eu e Thomaz, respondemos juntos.

Margô, sorri para o garoto que nem percebe.

- então. - tento tirar, o silêncio.

Thomaz ergue os olhos do celular, para mim.

- Thomaz, essa é Margô. - falo colocando, as mãos nos ombros da garota.

- É, me lembro de você. - ele da um sorriso, que faz o rosto dela queimar.

- desculpe, fui uma idiota aquele dia. - Margô sorri tímida.

Ele faz que não.

- todos fazemos, idiotices. Você não deve fazer tantas . - ele abre um novo sorriso.

Eu fico meio, sem jeito ali, no meio de ambos.

Margô olha para mim, com um sorriso de orelha a orelha.

E faço o mesmo para ela.

- afinal... - Thomaz continua o papo. - oque queria, falar comigo depois da aula? - ele olha para Margô.

Ela fica vermelha, e desvia o olhar super constrangido, para mim.

- oque, Margô? - digo dando empurrãozinho.

Ela sorri, e coloca uma mecha de seu cabelo, ruivo atrás da orelha.

- queria apenas, conversar a sós. - ela piora a situação.

Thomaz olha para mim.

- sobre, oque? - ele tenta pescar, mais informações.

Margô suspira.

- gosto de seus olhos. - ela balbucia, tentando mudar o assunto, intimidante.

Thomaz fica vermelho.

- obrigado. - ele sorri.

Achei engraçado o jeito dela, afinal ela parecia ser, super solta e tranquila com garotos,mas  senti Margô soltar nervosismo para todo lado.

- hei, minha ruivinha favorita! - uma garota vem em direção de Margô.

É uma garota linda - naquele colégio, só tinha gente, bonita. - de pele bem negra, igual melanina e cabelos cacheados, colorido nas pontas.

- ah, Diff!  - Margô, levanta super feliz.

Elas se abraçam .

- oii, sou Diffang, prazer. - a garota nos comprementa, educadamente.

- puxa! Como você é linda! - solto um sorri, bobo.

Ambos, soltam umas risadas, junto com Diffang.

- ah, que é isso! Assim você me deixa envergonhada. - ela abre um sorriso, mostrando os lindos dentes. - puxa, amei seu cabelo! - ela diz, escorrendo as mãos pelo meu cabelo.

- lindo, né? - Margô, sorri.

- lindo! - Thomaz, sorri me surpreendendo.

Encaro ele por um tempo, até Diffang interromper.

- são namorados!? - ela aponta, para nós.

Arregalo os olhos para Thomaz, que sorri sem jeito.

- bom... - ele murmura. - não... Mas, fala sério. Epô é linda de mais para mim! Mas até que daria um ótimo casal, né? - Thomaz, pisca para mim.

As meninas sorriem, enquanto eu dou um tapinha brincalhão no ombro de Thomaz. 

- bom, Margô vamos? - ela diz sorrindo, para Margô.

Ela assentiu.

- foi um prazer, conhecer vocês! - a garota sorri. - Ah! e deviam pensar mais no caso, em. - ela diz apontando para nós, dois antes de sair.

- também acho. - Thomaz, solta um riso brincalhão para mim.

[...]

Lorena e seu "maninho", estão ficando lá em casa. Apesar deles já terem, idade para ficar sozinhos, eles preferem ficar lá conosco, e nós não nos importamos, afinal papai sempre quis mais filhos.

Chego em casa e subo diretamente ao meu quarto. Minha curiosidade, almeja saber, oque tem, e oque é aquela mala misteriosa, que Guns me entregou.









Onde está Thomaz. - EM REVISÃO -Onde as histórias ganham vida. Descobre agora