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Observei o sorriso reluzente que Wen, deu ao ver Lorena.

Ele se inclina e beija sua mão delicadamente.

- oi. - ele sussurra, ao se levantar .

- oi.. - Lorena sorri.

- Epô! Que saudades!!! - Wendell vem em minha direção.

- Wen, meu doce! - lhe dou um abraço .

Dou uma piscadela para Lô, que sorri.

[...]

O jantar inteiro, só conversinha de Lorena e Wendell.

- está linda, sabia? - ele pisca para ela, enquanto corta sua comida.

Lorena engole seco.

- obrigada, como foi a viagem.? - Lorena parecia segura.

Ele sorriu.

- maravilhosa! - ele continua cortando a comida. - exeto por um cara, que chutava minha poltrona a viagem inteira.

Todos soltamos uma risadinha, mamãe e papai sorriam um para o outro, achando " fofinho" aqueles dois.

- hum, casal oque acham de saírem em um encontro? - sorrio.

- oque!? - ambos olham para mim, enquanto papai e mamãe soltam uma gargalhada.

Sorri, para aquelas duas carinhas fofas.

- é Wen.. você precisa aproveitar. Lorena conhece a cidade inteira. - ele olha para ela.

- oque você acha?- Ele sorri para a garota.

Ela arregala os olhos e se vira para mim.

Abro um sorriso

- acho... Legal. - ela gagueja enquanto se serve de bebida.

🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸🌸

A noite está fria.

Jogo o lixo no cesto e paro para olhar, as nuvens no céu escuro.

Como elas são belas. Fartas e gigantes meio azuladas naquele céu tão escuro, mas iluminado com pequenas estrelas que clareavam o suficiente. Ao olhar os pequenos astros lembro das sardas de Thomaz.

Sinto algo gelado encostar, na lateral da minha cabeça.

Meu corpo estremece ao escutar a voz de Guns.

- observando o céu, princesinha!? - seu sussurro, soou mortal.

Engulo seco.

- gun.. gun.. - mal consigo falar.

Ele solta uma risadinha baixa e  psicopática.

- shhhhh. - ele sussurra quase dentro do meu tímpano.

Fecho os olhos. Oque ele quer? Oque faz aqui?

- po..pode..me dar o direito... de saber oque vo..você quer!? - gaguejei trêmula.

Ele entrelaça a mão em minha cintura.
Permaneço ali, imóvel... Com medo. Guns está fedendo.
Fedendo à álcool.

Respiro fundo.

- quero você. - ele sussurra, confirmando que bebeu, pelo seu hálito desagradável.

Viro o rosto contra o dele, afinal o cheiro está forte.

- por.. por favor. - Guns choraminga.

O negócio gelado ainda está tocando na minha cabeça. Inclino o olho tentando ver, e encontro a silhueta de uma arma.

Me preparo para soltar um berro antes de Guns tapar minha boca, me deixando mais desesperada.

- larg.. larga.. gun.. - tento balbuciar.

Ele faz que não com a cabeça enquanto sorri.

- mais uma chance, Epô... Mais uma. - ele sussurra de novo.

Tento sair de suas mãos, mas ele me prende mais forte ainda.

Meu corpinho pequeno comparado ao seu corpo másculo e de quase 1,90m .

- não pode fazer isso comigo. Não pode. - ele engrossa a voz quase chorando.

Oque eu faço? Estou ali presa, sem poder entrar na minha casa.
Ele tira a mão da minha boca, já ressecada pela luva quente de couro.

- Guns me larga, me larga! - chuto e empurro ele com todas as forças, estava cansada, ja chaga para mim. Não me importei com a arma, nem com os sentimentos de Guns.

Ele me puxa mais forte, para si.

- Shiu, shiu! - ele posiciona a arma

Ele vira me vira de frente para ele.  Me fazendo ver seu rosto machucado e cicatrizado.

Ele me olha nos olhos, me analisando como se não tivesse me visto à uma década.

- não posso. - cochichei.

Ele abaixa a arma.

- eu sei que não está com aquele garoto. - ele olha para o lado, desviando os olhos cheios d'agua dos meus.

Oque Guns tem? Um tipo de obsessão. Daquelas que eu via no jornal..
" marido mata mulher por se divorciar ".
Nunca, jamais, imaginei que podia acontecer comigo. Guns estava ali, preparado para me machucar se eu não voltasse com ele.

Olho para seu rosto de volta e dessa vez, as lágrimas saem correndo de seus olhos.

- você não me conhece. - balbuciei. - nunca me conheceu  e só veio,para me trazer problemas. Tudo foi um erro... Tudo Guns. Até você.

Ele arregalou os olhos e voltou o rosto para o meu.

- eu preciso disso? Eu preciso te conhecer? - ele caiu de joelhos. - então por favor, quero... Quero conhecer. - Guns gaguejava e seu rosto estava inundado em lágrima.

Eu não queria que ele fizesse isso.

Me ajoelhei na sua frente.

- Guns. - falei erguendo seu rosto. - se realmente gosta de mim, me deixe. Não dá, nunca fomos nada e nunca vamos ser. Não posso acompanhar seu ritmo, sabendo que a vida da minha família está em jogo.

Ele soltou mais algumas lágrimas e se levantou, tentando se recompor.

Me levanto junto com ele e abro um sorriso, feliz por sua compreensão.

Inclino o rosto, para dar um beijo em sua bochecha, mas ele desvia e saí...
Simplesmente saí, com as mão no bolso e cabeça baixa.

Me viro e vou em direção a porta.
Bem na hora Thomaz abre ela e arregala os olhos.

- está tudo... - um disparo interrompe a voz de Thomaz. Arregalo os olhos e tudo começou a se passar em câmera lenta.

Olho em volta desesperada e vejo Guns, com a arma.

Me volto a Thomaz que está caído, ensanguentado no chão.

Onde está Thomaz. - EM REVISÃO -Onde as histórias ganham vida. Descobre agora