Capítulo 33 Quem ama quer o bem.

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- Olá amore. Dormiu bem?

— Tenho que ir — pego as chaves do seu carro que estão no balcão e me viro para sair da cozinha, Melanie se coloca em minha frente com cara feia — O que foi,  Melanie?

— Toma café comigo. — diz suavemente

— Não dá ja perdi tempo demais aqui.

— Quer dizer que ficar com sua irmã é perda de tempo?  — e lá vem o drama.

— Não foi o que eu disse.

— Mas foi o que quis dizer — cruza os braços e faz biquinho.

  Ficamos nos encarando até que resolvo ceder. Garota chata essa minha irmã... mas eu a amo.

— Um copo.

— Um copo de quê?

— Café. Palhaça.

  Ela descruza os braços e sorri. Me sento com ela e tomo o café o mais rápido que consigo mas Melanie vai colocando em minha frente bolo,  pães,  torradas e mais café. Quando finalmente estou cheio, já comi dois pães com frios, duas torradas com geleia,  três pedaços de bolo de cenoura e três copos de café.

— Agora eu tenho que ir,  Melanie.  — digo já de pé.

— Tem certeza?

— Tenho.

   Melanie me acompanha até a porta e me entrega as chaves de seu carro, já que o meu ficou na empresa. A casa de minha irmã é bem grande,  uma casa tradicional sem muita frescura, chique sem ser exagerada, lembro que quando casou com meu cunhado, Marco, ela logo tratou de decorar este lugar. Marco queria morar em seu apartamento mas Melanie bateu o pé ate que ele cedeu e vinheram para cá.

Assim que desço as escadas com poucos degraus,  dou de cara com a gigante piscina. Viro para trás e vejo minha irmã na porta acenando,  lhe dou um aceno rápido e entro em seu carro que está parado ao pé da escada.

                ◆◇◆

  Desligo o carro e fico olhando para o grande prédio em minha frente. Pego meu celular e vejo cinco chamadas perdidas, todas de Stefan.

Caralho... O cara me ama, só pode.

  Desço do carro e meio desconfortável entro no prédio. Não paro para cumprimentar o porteiro, subo direto para o andar onde Carol mora. O elevador parece estar subindo com uma lerdeza gigantesca e acabo ficando irrritado. Olho para o relógio em meu pulso... 20h30, que demais. Reviro os olhos irônico

  Finalmente quando o elevador para, saio as pressas, já tirando a chave do apartamento dela do bolso e encaixando na fechadura. Entro mas não saio do hall, ouço vozes masculinas que não conheço então descarto a ideia de ser Jorge e Abraão. Automaticamente minha mão direita desce até minha perna onde fica o coldre mas não sinto nada.

Merda!

  Esqueci que não estou com minha arma. Olho para os lados e sigo em silêncio, o apartamento esta escuro mas a luz do luar entra pelas janelas iluminando. Cauteloso e sempre olhando para os lados, passo pela sala indo para a cozinha... Ouço as vozes novamente, agora as palavras são compreendidas.

— O quê?! Não pode fazer isso, você disse que não iriamos machucá-la.

— Mudei meus planos.

— Vamos deixa-la em paz.

— Quer passar o resto de sua vida na cadeia? Vá em frente mas eu não quero e não vou embora deixando-a viva!

 Tão Intenso - Livro 1 Completo ( Editando )Onde histórias criam vida. Descubra agora