Capítulo 23 Minha vida

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Sabe, a vida é uma coisa engraçada. Não acham? Uma hora você dita as regras e em outras esta jogando nas regras da vida. Ela muitas vezes te afasta do nosso objetivo e nos faz errar o alvo. Cometer erros é algo normal do ser humano. Quando crianças nossos pais brigam quando fazemos algo errado e nos proibi de fazer novamente, mas adivinhe? Assim que viram as costas fazemos o que não podemos fazer.

Somos atraidos pelo proibido e é por isso que não fiquei muito tempo na casa da Natalye. Chega de jogar nas regras dos outros, chega! Agora o jogo sera jogado do meu jeito.

Parada, encaro a porta do meu apartamento. Todos acham que sabem o que é melhor pra mim, todos acham que escondendo coisas de mim estão me protegendo... Mas não! A vida é minha e eu vivia ela muito bem do meu modo. Então... é por isso que estou no meu apartamento quando Christopher pediu que eu não ficasse aqui. Quando foi que comecei a ficar mole assim? Essa não sou eu! Eu faço da merda da minha vida o que eu quiser e não vai ser um homem que vai me dar ordens! Pego minhas chaves e destranco a porta.

Entro e paraliso no hall de entrada com um grito que foi mais um rugido. Saio as presas em direção ao quarto do prazer, abro a porta e vejo Christopher e Alessandro cara a cara, se encarando como se fossem animais prestes a atacar.

- ... Não se meta mais na nossa vida. Esta avisado - Christopher fala. A voz baixa com um tom de aviso.

Reparo nele e vejo que esta suado, seu cabelo bagunçado e os punhos cerrados. Alessandro esta muito suado também e cansado, ele se apoia na cruz de santo andré para manter o equilibrio. Vejo que seu lábio inferior tem um corte, um olho roxo, e seu maxilar esta com um tom meio arroxeado, uma de suas mãos esta sobre o abdomen. Ambos finalmente percebem que estou parada na porta, me olham rapido e logo voltam a se encarar.

- Olha só. A vadia desgraçada apareceu - Alessandro fala com deboche.

Só vejo o momento em que Chris tenta avançar pra cima dele. Corro e me coloco em sua frente impedindo que vá pra cima de Alessandro.

- Já falei pra não falar assim dela! Seu porra desgraçado! - Christopher grita e Alessandro apenas sorri - Sai da minha frente, Caroline.

- Senão o que? - desafio e ele me olha.

- Não mandei ficar longe daqui?

- Quem falou que você manda em mim?

Uma gargalhada sinistra tira o olhar de Christopher de mim.

- Viu só? É essa puta que você gosta tanto? Esta fudido meu irmão e não é no bom sentido.

Me volto para Alessandro e vejo seu olhar de desprezo por mim. Ele me odeia, sem sombras de duvidas mas to cagando pra isso.

- Vai embora da minha casa.

- Sabe que posso te denunciar. Não sabe?

- Sobre que acusações?

- Sequestro.

- Veio até aqui por que quis - replico.

- Cascere privado

- Não esteve aqui por mais de duas horas.

- E claro... Agressão fisica e verbal.

- Eu não... - paro a frase e olho pra Christopher mas Alessandro toma minha atenção novamente.

- Pois é. Seu querido namoradinho não aceita um não como resposta.

- Não pode denuncia-la. Ou se esqueceu da ruiva? O que você e ela fizeram foi crime e a menos que queira ir pra cadeia, você não irá fazer denuncia alguma. - Christopher começa a usar um tom frio e ameaçador que faz meus pelos do corpo se arrepiarem - O que eu fiz com você aqui não desconta o que você fez! Então a menos que queira outra surra, sugiro que vá embora.

- Isso ainda não acabou.

Alessandro passa por nós batendo a porta logo em seguida. Olho pra Christopher e dou um soco em seu peito.

- Ai! Por que fez isso?

- Por que bateu nele?

- Ele te xingou e olha só, não estou arrependido. Eu tentei apenas obter respostas, juro que tentei. - olha só essa carinho de inocente, tão fofo e tão fingido.

- Arghhh. Não me importa que tenha batido nele, o que importa foi o local em que resolveu fazer isso. Onde estava com a cabeça?

- Eu apenas queria descobrir quem é cumplice dele. Porque ele tem um, ah se tem.

- Como pode ter tanta certeza?

- Eram apenas suspeitas. A garota que foi paga para me dopar disse outro nome quando lhe perguntei quem a tinha pago para fazer a cagada. Ela disse o nome Eitor e depois descubro que Eitor na verdade é Alessandro, isso é estranho. Por isso quis conversar aqui onde ninguem poderia interferir no que Alessandro me falaria.

Ok. Isso faz sentido mas mesmo assim a ideia de Eitor estar envolvido não me parece uma opção. O que ele iria querer comigo? Não tenho nada que ele queira, tenho certeza de que a conversa que tivemos a um mês naquela boate, foi só pra me irritar. Ele é bem desse tipinho, gosta de fazer mal. A dor dos outros para ele é sobremesa.

- Carol... Você conhece algum Eitor? - olho para Chris e nego com a cabeça.

Nunca falei sobre Eitor com Christopher, ele faz parte do meu passado. Um passado que faço questão de esquecer.

- Não. - digo depois de um tempo.

- Tem certeza? Ninguem com esse nome? Nem mesmo um cliente ou um funcionario lá na empresa?

- Não e mesmo que tivesse não vejo como alguem que trabalha comigo gostaria de se intrometer em minha vida pessoal. Eu trabalho com eventos e nunca fui abaixo de excelente em meu trabalho.

- Tudo bem.

- Chris, esquece isso ta? Deixe Alessandro pra lá.

- Mas...

- Por favor. Não.

- Não vou prometer isso, tem algo por trás disso e não vou parar até descobrir.

- Pare de ser teimoso!

- A rainha da teimosia me julgando. Legal.

- Faça o que quiser, só não me envolva nisso.

Saio do quarto do prazer e vou direto pro meu confortavel sofá. Me jogo nele e fico olhando pro teto até adormecer.

 Tão Intenso - Livro 1 Completo ( Editando )Where stories live. Discover now