Parte tres- Capítulo vinte e seis

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Acordei assustada, toda a noite era a mesma coisa, o mesmo sonho. Eu com a arma na mão, apontada pra ele, eu aperto o gatilho e acabou. Esse sonho me consome toda a minha energia. Peguei a garrafa d'Água e bebi o resto que ainda tinha ali. A insônia chegou ao seu devido lugar me impedindo de dormir. Quando dos primeiros raios de sol apareceram eu me levantei pra ir fazer o café da manhã.
-Eles vão vir aqui hoje.- Josh apareceu na cozinha.
Depois disso tudo nós estamos mais próximos, tivemos longas conversas até eu chegar na decisão de ele ir morar comigo. Não posso dizer q somos uma família feliz. Ele sofre com a perda do pai que eu matei, mas entende o motivo de eu ter feito isso.
Passei um dos pratos pra ele e levei o meu pro quarto. Com o "Eles vão vir aqui hoje.", ele quis dizer que os meninos iriam pra lá. Fiquei deitada assistindo TV, não faço nada além disso. Quando escutei os movimentos no andar de baixo eu fui tomar banho. Meu pai sempre esteve certo ao falar que ficar perto de um Daniels era problema, mas ficar perto dele foi pior ainda. Fiquei bastante tempo no banho, se pudesse ficava ali pra sempre. Me forcei a sair da água para colocar uma roupa. Me enrolei na toalha e sai do banheiro. Levei um susto ao ver o Zack ali.
-Sua mãe não te ensinou que mexer nas coisas dos outros é falta de educação?- Falei e ele se virou assustado e me abraçou.
Retribui o abraço apenas com uma mão.
-Como você entrou?- Perguntei já que a porta do meu quarto só fica trancada.
-O Josh abriu.- Claro, a chave de emergência.
-Poderia sair para eu trocar de roupa?- Ele sorriu e saiu.
Minha vontade foi de me jogar da janela. Coloquei uma roupa bem confortável e o chamei. Ficamos sentados na cama, conversando sobre o que estava acontecendo comigo e sobre o que já aconteceu. Ele tentou me dar alguns conselhos sobre como lidar com a morte de alguém que você matou. E era óbvio que ele ia propor alguma coisa. A proposta da vez foi a de ir para Paris com ele. Tenho certeza de que ele não bate bem da cabeça. Apesar de Paris ser um lugar que eu iria amar conhecer antes de morrer.
-Não sei.

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