Parte VII

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Dali a dois dias o rei e a rainha retornam da viagem, nesse tempo, Ella não voltou a ver Matteo. Ele não teria como visita-la, a guarda era reforçada e cavalariços não andavam dentro do castelo e a jovem também não fora procurá-lo novamente.

- Ella, vossa majestade está chegando. – Diz Josephine, enquanto Ella estava debruçada na torre do rei, tentando ver os cavalos e carruagens que vinham de volta do casamento.

- Posso dizer uma coisa, Cinderella? – Pergunta Josephine.

- Claro que sim, Josephine, sempre. – Ella não deixa o foco de seus olhos nas carruagens quando responde.

- O rei podia estar fora dos limites de sua terra, mas há olhos e ouvidos dele em todos os cantos do castelo e da propriedade. Espero que você pense com cuidado nisso, não há razão para zangar vossa majestade, por nada.

Encarando Josephine com atenção, Ella sabia que criada estava se referindo à Matteo. Mas, neste momento, ainda estava muito zangada com o rapaz para pensar em vê-lo novamente, então a ideia de fazer tal coisa, parecia, de fato, insensata.

Ella sentia saudade de Thomas. De estar com ele todas as noites, de fazer amor com ele, de cavalgar ao seu lado, de participar de suas reuniões. De absolutamente tudo.

Quando o rei desmonta de seu cavalo Ella fica alegre em ver que ele não vinha na carruagem junto da rainha. Assim que lhe vê, ele caminha até ela, que faz o cumprimento mais delicado que consegue, e assim que se ergue, é beijada com ternura nos lábios.

- Estava com saudades de vossa majestade.

- Eu também Ella, eu também. – Diz ele, beijando-a mais uma vez.

Uma respiração zangada faz com que Ella olhe em direção à rainha, que sequer retribui o olhar e caminha de face erguida, com suas criadas em seu encalço, para dentro do castelo.

O rei tem de resolver alguns assuntos com seus conselheiros quando chega, mas chama Ella ao gabinete real, para participar.

Quando terminam, um dos conselheiros, o que aparentava ter mais de cem anos e que Ella não simpatizava muito, porque este nunca ouvia o que ela tinha a dizer de bom grado, deixa-se ficar por um instante a mais na sala.

- Meu rei, sei que alguns dos conselheiros não queriam ter o fardo de dizer tais palavras, mas, como já sou muito velho, não tenho as preocupações que eles possuem. Já fazem seis meses desde o casamento real e, a memória do povo é curta. Em breve estarão atrás de notícias acerca de um herdeiro, espero que vossa alteza também esteja em busca de um, para o bem do reino, é claro.

Ella fica chocada com a petulância do conselheiro, mas o rei não diz nada, apenas assente com a cabeça, permitindo que o conselheiro parta e deixando os jovens amantes a sós.

O rei solta um longo suspiro. Parecera que ele envelhecera alguns bons anos durante o pouco tempo desde que Ella o conhecera. Ainda assim, ele continuava belo e, mesmo que não o fosse, ela sabia que o amaria. Ella amava não era a beleza do rei, era o homem que estava por detrás da coroa, era Thomas.

Cinderella apenas não tinha certeza de que Thomas a amaria por tanto tempo assim.

- Mandei que me preparassem um banho, me acompanha, Ella? – Cinderella fica em dúvida se deveria ou não tocar no assunto dos herdeiros, mas talvez, numa outra hora.

- Claro que sim, meu amor.

Os dois seguem para o quarto do rei e se despem para entrar na tina de água quente que fora colocada à um canto no quarto.

Cinderella (COMPLETO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora