Como se eu não soubesse dos joguinhos deles. Só mesmo Ryan e Josh são inocentes sobre isso.

─Vamos comer? – Convido querendo ir logo para o quarto. Quem sabe Tyler telefona como pedi?

O jantar é todo em torno dos preparativos para o casamento em dois meses. Depois de recolher os pratos e lavar a louça com a ajuda de Ryan me despeço. Assim que entro no quarto volto a pensar em Tyler.

Fico me perguntando por que eu penso tanto nele. Tenho medo de ser mais do que preocupação com sua história. No fundo o que quero é que ele me toque, me olhe, fale comigo.

Não demora para meu celular tocar. Tudo em mim treme quando me dou conta que pode ser ele. O coração salta. As pernas formigam e tamanha reação me assusta.

─July? – A voz grave me deixa feliz. Ansiosa.

─Tyler. – Não sei o que dizer.

─Eu só liguei para dizer que... Minha avó e Bárbara estão descansando, ainda com um pouco de febre, mas melhor um pouco.

─Obrigada Tyler, estava pensando nisso, posso ligar antes de sair para o colégio amanhã?

─Se quiser. – Ficamos mudos no telefone. Nenhum dos dois sabe o que dizer ou como desligar. – E você? A asma? Foi no hospital?

─Não. Estou bem. Obrigada.

─Certo. Vou desligar.

─Já vai dormir? – O que te interessa July? Me arrependo da pergunta já imaginando que vou levar uma patada do tipo, não é da sua conta.

─Não. Fico com medo de algo dar errado a noite. Vou esperar um pouco mais.

─Entendo. Eu tenho dever de casa para fazer. – Minto sem saber bem por que. – Se precisar me ligar, se acontecer alguma coisa vou dormir tarde.

─Está certo. Boa noite.

─Boa noite. – Respondo e continuo com o celular no ouvido. Escuto sua respiração. Fico esperando que ele desligue, acho que ele faz o mesmo, demora um longo momento até a ligação ser cortada e quando me dou conta tenho um sorriso congelado no rosto.

─July o que está acontecendo com você? – Me pergunto quando ainda encaro o celular. Gravo o número dele.

Acho que preciso desabafar com alguém. Alana é a primeira opção. Mandar mensagem seria o certo. Mas quero ouvir a voz de alguém me mandando ser sensata e me afastar.

─July. Tudo bem?

─Alana acho que eu estou me interessando por um garoto.

─Direto no ponto! – Ela ri do outro lado da linha. – Me conta.

─Sabe o príncipe encantado?

─Sei. O cara perfeito.

─Então. Não é ele! – Ela ri do outro lado da linha. Uma longa gargalhada que me desanima.

─Claro que não July, ele não existe.

─Existe sim. Eu mesma conheço cinco deles.

─Os Stefanos não contam! – Ela responde. – E não foram sempre perfeitos. – Faço careta. Eu os acho perfeitos. – Meu pai e minha mãe tiveram um monte de problemas, ele não era nada perfeito com ela no começo. – Lá vem Alana me contar mais uma vez a história dos Stefanos. – Tio Heitor é ciumento. Tio Ulisses... tio Ulisses...

─Vamos Alana! Acha defeito nele!

─É maluco! Tia Sophi está sempre beliscando ele. Seu pai é um pouco perfeito, tenho que admitir e o Josh, bom ok, o Josh é um príncipe. – Josh é o preferido de todos na ilha. É visto como irmão para Alana e Luka. Protegido e claro que ela o acha perfeito.

Paixões Gregas - Opostos (Degustação)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora