Capítulo 5

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   Pov – July

O taxista para diante do prédio e demoro uns segundos para voltar a realidade. Não consigo parar de pensar nele. Tyler é tão diferente de todos os caras que conheço, tem sua vida tão atrapalhada e é sempre tão difícil que me confunde.

Devia simplesmente não pensar nele, não me importar com o que acontece com ele, mas só o que faço é exatamente o oposto. Quero ajuda-lo, ele não quer ajuda, nem mesmo me suporta.

─Boa noite senhor. Muito obrigada. – Aceno para o taxista, dessa vez não tem tio Simon à minha espera. Nem Tyler me trazendo em casa. Estranho que sinto falta dele.

Quando entro em casa meu pai está na cozinha as voltas com o jantar. Ele me beija a testa com aquele sorriso grande que sempre ganho dele.

─Está bem? – Ele pergunta me investigando, afirmo. Vasculho o fogão. – Massa.

─Esse molho está com um cheiro ótimo. – Derrubo um pouco na mão. Saboreio. – Falta sal papai. Quer que termine?

─Não. Hoje é meu dia. E por falar nisso como foi o seu dia? – Ele pergunta enquanto coloca mais um pouco de sal no molho.

─Normal. – Respondo me sentando num dos bancos. – Dulce não pode ficar estudando hoje. Por isso vim um pouco antes.

─E os seus estudos, pequena?

─Tudo bem. Papai onde estão os outros membros dessa família?

─As mulheres estão reunidas resolvendo coisas do casamento. Seu irmão está estudando com a Gigi.

─Ninguém me chama para dar palpite no casamento.

─Anda muito ocupada mocinha. Agora me diga. Como vai o Tyler? – A pergunta me pega desprevenida. Eu desvio meus olhos por que odeio me sentir enganando eles.

─Acho que tudo bem. A irmãzinha dele está doentinha. A avó também. – Decido mentir o menos possível.

─Sério? Acha que eles precisam de alguma coisa? Você quer que eu ajude?

Me levanto só para beijar seu rosto. Ele é bom, isso é sua natureza, é o melhor de todos os irmãos, quando se junta com minha mãe então só pensam em fazer o bem.

─Pedi ao Chad que fosse até lá, elas estão bem.

─July pode contar comigo está bem?

─Obrigada papai. – Olho para a massa cozinhando. – Sua massa vai derreter.

─Menina palpiteira! Gosto assim.

─Em Roma era bem...

─Não estamos em Roma princesa. – Ele me envolve pelo pescoço. Me beija a testa mais uma vez.

─Está certo. Quer que eu coloque a mesa?

─Por favor. Vou mandar mensagem para sua mãe. Ela não pode me largar assim aqui. Já estou ficando com ciúme.

─Da Lizzie? Quem diria! – Coloco a mesa de jantar. Papai me ajuda e quando desliga o fogo minha mãe chega com Ryan.

─Que cheiro bom. Compraram comida? – Pergunta quando meu pai a envolve. É sempre dela o primeiro beijo. Depois vem Ryan, ou eu, ou qualquer outra pessoa. Fico pensando se um dia alguém pode me amar assim. Com toda essa devoção. Sempre me emociona.

─Eu me esforço, chego do trabalho e corro para cozinhar para ela e ela acha que eu comprei. – Minha mãe volta para seus braços. Sussurra qualquer coisa em seu ouvido. Ele fica vermelho. – As crianças! – Meu pai alerta.

Paixões Gregas - Opostos (Degustação)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora