Ela o ama?

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- Fala só mais uma vez. Eu juro que vou falar certo dessa vez! - continuava a insistir.

Eu estava indo para a casa do Alex, e estava levando Humberto, o rapaz que acabará de se mudar do Brasil para cá. Tive de o trazer junto, porque meu pai disse que eu tinha de ajudar ele a se enturmar.

E no que eu estava insistindo? Bom, já que Humberto é do Brasil, pedi para ele me ensinar a xingar na língua dele.

- É a última vez que eu vou repetir, tudo bem? - disse impaciente, assenti rapidamente. - Vai. Tomar. No. Cu!

- Vai. Tomar. No. Cu.- falei palavra por palavra, tudo certinho.

- Até que enfim! - suspirou alto e levantou as mãos. - Eu já te achava lerda, agora eu tive total certeza. - disse debochado.

- EI! - o repreendi- Não se esqueça de que está no meu carro. Eu posso muito bem pegar minha arma no porta - luvas, te dar um tiro no cara e jogar seu corpo num beco. - tento parecer séria.

- Você não tem uma arma mesmo. - consigo ver de canto de olho ele dando de ombros.

- Como tem tanta certeza? - arqueio um sombrancelha.

- Se você tivesse uma arma, não me falaria. -

Rio e balanço a cabeça negativamente. Estaciono o carro na frente da casa que Alex me descreveu por telefone. Não foi muito difícil de achar uma casa gótica suave em uma rua cheia de casas branca e bege. Era bem bonita - pelo menos por fora -, tinha um portão vazado preto - que também era o muro, entende?-, um quintal não muito grande com um pequeno tapete de grama no canto esquerdo, telhado cinza, janelas de vidro com a moldura preta e as paredes brancas.

Desço do carro e sou acompanhada por Humberto, tranco o carro e paro na frente do portão. Aperto a campainha e espero que alguém venha me atender.

No corredor que ficava no canto esquerdo da casa, saiu um cachorro enorme, que mais parecia um urso. Se aproximou do portão e começou a latir e abanar o rabo.

- Hey! Você deve ser Lana, né? - uma mulher de cabelos negros e compridos, aparentava ter uns 40 anos, chamou minha atenção.

Assenti sorridente. Ela abriu o portão e nos deu passagem para entrar, assim o fiz sendo seguida por Humberto. Parei no primeiro degrau da pequena escada que dava para a área.

- E esse lindo rapaz, como se chama? - ela perguntou, toda simpática.

- Esse é Humberto, um amigo que se mudou para cá a pouco tempo. Espero que não se importe de eu ter trazido companhia. - sorrio para ela

- Claro que não. Imagina! Alex e seus amigos já estão todos na sala conversando. Entrem! - diz no guiando até a entrada.

Assim que passo pela porta vejo eles espalhados pelos dois sofás cinzas que se encontravam de frente para a porta. Melanie assim que me vê, corre até mim e me abraça.

- Eu vou subir pro meu quarto. Qualquer coisa é só me chamar. - a mãe do Alex nos avisa sorridente. Será que não dói a bochecha de tanto rir?

Assentimos e voltamos a nos cumprimentar.

- Quem é esse? - Melanie pergunta - mais para ele do que pra mim- analisando Humberto de cima a baixo de forma educada.

- Sou Humberto, namorando da prima da Lana. - sorri sacana.

- Hã?! Que prima que eu não tô sabendo? - arqueio um sombrancelha.

- A Margo. - diz como se fosse óbvio e se senta no sofá de dois lugares, ao lado de Ed.

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