Capítulo III

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Domingo. Chuva. Perfeito. Levantei-me da cama e fui ao banheiro fazer a minha higiene pessoal, depois eu desci as escadas e fui ao encontro da minha mãe.

— Boa noite, filha! — disse, rindo.

— Afinal, que horas são? — perguntei.

— Não sei, mas da última vez que olhei no relógio era duas horas da tarde. — respondeu minha mãe. — Aliás, eu liguei para a casa dos seus amigos e perguntei se gostariam de passar a noite aqui. 

— Ah, que ótimo! — digo, contente. — Eu vou ajeitar o quarto.

— Você não vai comer nada? — perguntou minha mãe.

— Bom, para não dizer que eu não comi nada, vou pegar uma fruta. — digo.

— Ótimo! Eu fui ao mercadinho da esquina mais cedo e comprei milho para fazer pipoca mais tarde. — disse minha mãe.

— Aí sim! — digo. — Eu vou lá arrumar o quarto.

Eu retornei para o meu quarto e comecei a arrumar a minha cama, até porque a galera quando vem dormir aqui, dorme no meu quarto. 

E falando neles, não demoraram a chegar.

— Olá! — disseram em uníssono

— Olá, pessoal! Vamos entrando. — digo.

— Oi, crianças! — disse minha mãe.

— Oi, tia Ashley! — disseram em uníssono.

— Qual é a programação de hoje? — perguntou Justin.

— Bom, vamos assistir filme! — digo.

— Eu vi um filme de terror com a Spencer semana passada e descobri que já lançou uma continuação. — disse minha mãe.

— E qual era o filme? — perguntou Willian.

— Invocação do mal. — respondeu minha mãe.

— Ah, esse é bom! — disse Justin. — Podemos ver a continuação se todo mundo concordar.

— Não concordo! Vocês sabem que eu não gosto de ver filmes desse gênero. — disse Clarisse.

— Qual é, Clarice! A minha mãe vai ficar aqui com a gente na sala, quando formos para o quarto, nós veremos a animação que você quiser. — digo.

— Está bem. — disse Clarice.

— Podem começar sem mim, eu vou ajeitar a cozinha. — disse minha mãe.

— Tá bom, mas não demore muito. — digo.

Eu coloquei o filme e nós ficamos sentados no sofá assistindo. Depois de um tempo a minha mãe veio e trouxe a pipoca.


[...]


— Esse filme é um máximo! — disse Justin.

— Deus é mais... — disse Clarice. 

— Mãe, ainda estou com fome. — digo.

— Cruzes, garota! Você comeu uma bacia de pipoca. — disse Willian.

— Eu posso ir ali no mercadinho comprar mais coisas para comer. — disse a minha mãe.

— Vocês vão vir conosco ou vão ficar aqui esperando? — perguntei.

— Eu não vou ficar aqui sozinha depois de ter assistido esse filme. — respondeu Clarice.

— Nem eu! — disse Willian.

— E você, Justin? — perguntei.

— Irei também. — respondeu. 

E então nós saímos de casa e fomos ali na esquina comprar algo para comer.

— Nossa, está tão frio. — disse Clarice.

— Verdade, mas já iremos voltar para casa. — digo.

A minha mãe foi rapidamente para a sessão de biscoitos ao chegar lá. Nós ficamos esperando perto do caixa.

— Gente? — ouço a voz do Willian.

— O que foi? — perguntei.

— Ouviram isso? — perguntou Willian.

— Não, o quê? — perguntou Justin.

— Também ouvi e era alguém me chamando. — respondeu Clarice.

A Clarice começou a andar para fora do mercadinho, nós gritamos por ela, mas a mesma começou a correr.

— Clarice, volta aqui! — gritei e fui correndo atrás. — Vem logo, gente!

— Eu vou avisar a sua mãe, Spencer, vai com o Justin. — disse Willian. — Volte para casa assim que puder.

Ouvi atentamente o que o Willian disse e voltei a correr atrás da Clarice.

— Droga! Para onde ela foi? — perguntou Justin. 

— Não sei, pela direção em que ela correu, estava indo para a floresta.

— Eu já sei o que significa, mas você não acredita. — disse Justin.

— Olha, cala a boca! Vamos continuar procurando por ela. — digo.

Nós continuamos andando em busca da Clarice, até que a vimos. A mesma estava de costas para nós e estava ao lado de um homem. Aquilo me assustou de verdade.

— O que é isso? — perguntei.

— É o Slender Man. — respondeu Justin.

— Não... — digo.

— Já era, Spencer. — disse Justin.

— Não! Clarice, volta! — gritei e fui em direção à ela.

— Não digo eu! Você pode ser levada junto com ela. — disse Justin, me puxando pelo braço. 

E a Clarice olhou para nós dois, pude ver seus olhos ficarem escuros. Ela começou a caminhar para longe, até que do nada, sumiu de nossas vistas.

— Vamos voltar para casa, falar com a sua mãe e ver o que podemos fazer. — disse Justin.

Assim que eu cheguei em casa, fui procurar pela minha mãe e joguei-me em seus braços, assustada. 

— O que houve? Onde está a Clarice? — perguntou minha mãe.

— Ela sumiu! — digo, com lágrimas nos olhos.

— Olha, tia Ashley, eu não irei mentir. Nós vimos o Slender Man. — disse Justin.

— Como assim? — perguntou minha mãe.

— É, foi isso. — disse Justin. — Devemos falar com a mãe da Clarice.

Levantei-me do colo da minha mãe e fui direto para o meu quarto. Agora entendo tudo e não posso negar o que ficou diante dos meus olhos.

Slender Man - O Conto [Livro 1]Where stories live. Discover now