Capítulo 3 - Klaus e Melina - Parte I

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Capítulo 3 - Klaus e Melina - Parte I

E hoje é? Hoje é terça-feira meu povo! Dia de capítulo novo aqui no Wattpad.

Klaus e Melina juntos? Será? Ai gente, que fim vai dar essa conversa?

Bora ler então!


***

- Olá, Novato Submisso.

- Olá, Belle Domme.

- Minha voz acalmou seu espírito?

- Devo confessar que é melhor do que ouvir a voz forte de um homem barbudo e barrigudo.

Melina riu com espontaneidade e Klaus achou o som delicioso.

- E como você sabe pela voz se o cara do outro lado da linha é barbudo e barrigudo?

- Porque eu penso que esses caras que entram nos chats se fazendo passar por mulheres para enganar outros homens devem ser uns frustrados sexuais.

- E os frustrados sexuais são barbudos e barrigudos?

- Devem ser.

- Está enganado. Os frustrados sexuais estão em todos os lugares, assumem todas as formas. São carecas, cabeludos, magros, gordos, musculosos, barrigudos, bonitos, feios... A experiência me ensinou que a frustração é a exteriorização do fracasso de se assumir sua verdadeira identidade sexual.

- Então o mundo está cheio de frustrados. Eu, você, todo o mundo, porque ninguém assume sua verdadeira identidade sexual.

- Eu não sou frustrada, eu assumo a minha. Aceito que sou uma mulher dominadora.

- Mas a Senhora não falou em "aceitar", mas em "assumir". Eu aceito o que sou, mas não assumo. Acho pouco provável que você assuma esse seu lado. Ou estou enganado? Sua família, amigos e vizinhos sabem que você gosta de cordas, chicotes e pisar em homens humilhando-os.

- E quem disse que não sabem?

Klaus sorriu.

- Bem, se você conseguiu chegar nesse patamar de confiança, bato palmas para ti. Porque eu confesso que não assumo minha verdadeira identidade sexual.

- Talvez porque o mundo não receba com bons olhos os homens que são submissos. O que são esperados de vocês é força, domínio e poder. Da mesma forma que você disse, acho que sua família, amigos e vizinhos não aceitariam bem saber que você gosta de ser humilhado, preso e chicoteado.

Klaus pensou que não somente essas pessoas não aceitariam como ele mesmo jamais aceitaria. E pensou mais uma vez se não estava no caminho errado em sua busca de eliminar o tédio de sua vida.

- Então, minha Belle Domme, já que minha vida sexual não é pública, eu sou um frustrado sexual?

- Não é? Você quer ser dominado, ser submetido mas frustra-se em pensar que isso não seja possível.

- Sim, é verdade. Eu desejo, mas sei que é pouco provável que eu consiga. Mas sou um homem de fé. Tenho muitas esperanças. Quem sabe estou conversando com a mulher perfeita para resolver esse meu problema.

- Agora sua frustração se chama "problema"?

Essa mulher é uma diaba com as palavras!

- Penso que o fato de não existir no mundo uma mulher para fazer isso comigo seja um problema.

- Você é contraditório. Deseja, mas acredita que não há mulher no mundo para isso, ao mesmo tempo, diz que tem fé e esperança e acha que eu possa ser essa mulher.

- Minha Belle Domme, confesso que sou um homem contraditório, mas a senhora é a Deusa da Linguística que está me prendendo com minhas próprias palavras.

E ela revelou a risada doce que ele já apreciava.

- Estou apenas te provocando.

- Imaginei.

- E o que mais você imaginou?

- Que você é bem humorada, suave e tem uma risada doce. Com o devido respeito, a Senhora não tem jeito de Dominatrix.

- Porque não atendi o telefone xingando, te chamando de verme e dando ordens para você sou menos dominadora? Você tem uma visão equivocada dos dominadores.

- Não. Somente das mulheres dominadoras. Elas estão sempre em seus macacões de látex, os peitos saltando para fora as botas de salto fino pisando nos sacos dos submissos e xingando com exaltação.

- Ah! Então você andou vendo algumas sessões de dominação feminina?

- Sim. Eu disse para a senhora andei pesquisando.

- E se eu te disser que não sou esse tipo de Domme de plástico.

Foi a vez dele rir, ela dera o mesmo nome que ele dava para algumas.

- Uma mulher, tal qual um homem dominador, não precisa se "fantasiar" para dominar, basta um olhar, um tom de voz, a forma correta. E convenhamos, fica tão feio os palavrões gratuitos, eles precisam ser pontuais. O poder do dominador, e aqui eu amplio para homens e mulheres, está em sua natureza indomável, no poder de reinar sobre seus submissos ou escravos ciente que sua vontade é soberana

Pelo inferno que ela estava certa, era como ele sentia, era como ele se definia. Não entendia como a segurança daquela feminina voz o estava impactando tanto.

- Não há o que dizer, a Senhora está certa. Eu me rendo às suas palavras.

- É o primeiro passo.

- De quê?

- Primeiro passo para se tornar meu submisso. Primeiro se rende as minhas palavras, então é só deixar seguir o ritmo natural das coisas. Depois você se rende à minha beleza, às minhas vontades, aos meus pés.

Diaba de Domme convencida! Tão certa de seu poder. Era como a cópia fiel dele, só que na versão feminina.

- É, quem sabe.

- Não é uma questão de saber Novato Submisso, é uma questão de poder e vontade. Mas tão somente meu. Poder meu e vontade minha. Quando nos encontrarmos eu digo se você é suficiente para ser meu submisso, até lá somos apenas duas almas amigas nesse mundo de fetichistas ocultos. Boa noite novato.

- Boa noite, Senhora.

* * *

✔️ Desejos Ocultos (AMOSTRA)Where stories live. Discover now