Capítulo 8 - Petit Versaille

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Sunsea observava incrédula o que se encontrava em sua frente

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Sunsea observava incrédula o que se encontrava em sua frente. Fazia dois dias que uma tempestade de neve iniciara sem qualquer intenção de terminar, transformando a viagem em uma dificílima e cruel tarefa, exatamente logo depois que eles abandonaram a caverna. No entanto, eles finalmente haviam chegado ao Deserto de Deimos, que, anteriormente, a garota imaginou ser um deserto moldado por milhares de flocos de neve ou, talvez, de gelo afiado e penoso, mas se surpreendeu ao perceber que não era como imaginou.

Ela estava sob uma chuva de grãos pontiagudos e gélidos, com os pés submersos no solo branco. Entretanto, não muito longe de si, havia uma cortina de neve que caía do céu misterioso, como se fosse um muro, separando um lado frio e pálido de outro, o qual era quente e seco.

Era como se alguém tivesse traçado uma linha imaginária, determinado que até aquela fronteira o ambiente fosse sofrer arduamente as consequências de uma nevasca, porém, atravessando o limite, instantaneamente mergulhava-se em um deserto, o qual era formado por areias indelicadas e coloridas.

- Isso não pode ser real. - A garota exclamou, erguendo um dos braços e o fazendo ultrapassar a barreira invisível, ficando uma parte do membro coberta por neve e a outra sendo aquecida pelo calor da terra árida.

Damiel e Rudá, já acostumados com a paisagem, atravessaram a cortina, abandonando a tempestade de neve impiedosa e adentrando em um território que implorava por uma gota d'água. Sunsea, no entanto, demorou mais alguns minutos para só então ter coragem de também se locomover.

Ao deixarem para trás o cenário mórbido, a jovem elevou os olhos em direção ao teto celeste, procurando uma explicação para aquele fenômeno.

- Como é possível neve e areia ficarem lado a lado e não se misturarem? - Ela questionou, encarando os companheiros e protegendo, com as mãos, os globos oculares dos fortes raios de luz.

- Não sabemos. Apenas é assim e dificilmente irá mudar. - Ele falava como se fosse algo insignificante e sem graça.

- Mas e quando a neve derreter? - A menina, indagando, acompanhou o andar de Dam e Rudá, enquanto que ambos chacoalhavam-se para derrubarem os vestígios de gelo que os cobriam. - Quer dizer... A neve irá derreter, não é?

O rapaz, cessando o movimento das pernas, fitou-a. Ele carregava um sorriso torto, talvez por estar indisposto a conversar sobre aquilo. Contudo, a jovem não era de falar muito e nem de realizar perguntas, por isso, optou em não desperdiçar a chance de ouvir um pouco mais a doce voz dela.

- Sim, a neve irá derreter. E quando isso ocorrer, um rio argiloso se formará exatamente onde agora está essa linha dividindo os dois ambientes. - Dam então observou a expressão de satisfação de Sunsea. - Mas, acredite, você não vai querer estar aqui quando isso acontecer. Ninguém consegue cruzar o rio, absolutamente ninguém.

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