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Depois que eu percebi a burrada que eu tinha feito, me desvencilhei rápido do abraço. Ele sorriu, do jeito que só ele sabe sorrir, e eu tive a certeza de que ainda estava apaixonada. Como eu posso ter me apaixonado por um cretino cafajeste? Tudo bem que os meus ex namorados não eram nada maravilhosos, mas nunca fui tratada assim, do jeito que esse imbecil me trata! Nunca! 

Pisquei algumas vezes e fui até o jardim. Eu precisava de ar. Como eu ainda estava com o meu presente nas mãos, olhei de novo a passagem e o horário do voo. Dei um sorriso tímido e respirei o ar puro que vinha das montanhas da Califórnia.

- gostou mesmo do presente?

Ele não ia me deixar mesmo sozinha.

- sim. obrigada.

- eu sugeriria fazer uma surpresa. 

- eu até faria, mas tenho medo.

- medo?

- meu pai tem um problema cardíaco e é melhor não fazer esse tipo de surpresas...

- ah. entendi.

Ficamos em silêncio, mas ele logo disse:

- eles devem estar com muita saudade de você.

- e eu deles.

- Georgia, depois que você voltar de lá precisamos fazer uma coisa.

Olhei para ele assustada. Era só o que me faltava. Eu já passava mal e nem sabia o que ele ia me falar.

- que coisa?

- precisamos ir na casa dos meus pais.

QUE!???

- ahm, Taylor, acho que não é uma boa idéia.

- não temos escolha. Eles já estão me cobrando.

- diga que eu sou tímida e que não quero me apresentar com tão pouco tempo de namoro...

- você não os conhece. Eles não querem ouvir desculpas, eles querem que eu a apresente. 

- eu não quero ir Lautner.

Ele me olhou sério e disse:

- Georgia, para o mundo todo nós somos o casal mais apaixonado do momento! você acha mesmo que meus pais não querem conhecer a super namorada do filho deles? 

- para tudo dá-se um jeito. eu não vou.

Saí batendo o pé, mas ele me seguiu.

- Georgia, faz parte do contrato. Precisamos cumprir!

- eu não lembro de ter no contrato que eu era obrigada a visitar a sua família!

- mas está escrito que todos devem acreditar nessa palhaçada! e quando eles dizem todos, isso inclui a nossa família também! e você sabe muito bem disso, mas que droga!

- não precisa gritar.

Ele respirou fundo e baixou a guarda.

- desculpe.

- eu não vou e está decidido.

- será que você pode deixar de ser infantil uma vez na sua vida e agir como uma profissional de verdade?

Uau. Agora ele pegou pesado.

- todo esse jantar e esse presente que você me deu faz parte do contrato, não faz? aposto que pediram para você ter piedade de mim pelo menos no meu aniversário, não foi? 

Ele bufou alto e colocou as mãos na cintura.

- Georgia, quer você queira ou não, quer você fique chateada ou não, nós temos um contrato. 

O Contrato - Parte 1 e 2Where stories live. Discover now