O Contrato - Parte 1 e 2

Não importa mais...

Saí do banheiro atordoada, mas com um objetivo em mente. E o meu objetivo tinha nome.

- Theo! - falei ao me aproximar dele

- oi! uau. eu preciso dizer que está linda!!

Sorri com o elogio, mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa Taylor se aproximou.

- onde você estava?

- no banheiro.

- precisamos tirar fotos! vem!

E eu fui arrastada por ele para sorrir e fingir que estava feliz. Eu nunca me senti tão vazia em toda a minha vida.

- está cansada? - Tina disse se aproximando

- muito. Não aguento mais. - bufei

- vai lá ficar com seu namorado. - ela disse piscando

Revirei os olhos e fui até a mesa onde ele estava sentado. Mas ele não estava sozinho. Ele estava com uma loira linda e pareciam muito íntimos.

- oi! - falei ao chegar até eles

Eles me olharam e ficaram visivelmente sem graça. Sentei com eles e fiquei lá com cara de idiota. Eu estava sobrando, literalmente.

- Você é a Georgia? - perguntou a loira

- sim! e você?

- Sou Liz, muito prazer!

Não. Não podia ser! Ele a convidou?

- ahm, oi! tudo bem?

Eu precisava manter a calma.

- tudo! eu estava ansiosa para conhecer você!

Deus do céu! Aquilo só podia ser um pesadelo! Olhei para Taylor, que desviou o olhar e sorriu para ela. Fiquei com um nó na garganta e me sentindo péssima.

- ah obrigada. - foi o que consegui dizer a ela

Porque ele estava fazendo isso comigo? Porque!?

- você vai embora com a Tina e com o Theo. - Taylor disse ao meu ouvido

Engoli seco. Eu sabia porque ele estava me avisando.

- tudo bem.

(...)

Eu fiquei o resto da festa sentada. Eu, Taylor e Liz. Foi a pior noite da minha vida!

- Geo, vamos? - Tina chamou

Olhei para Taylor mais uma vez. Ele não tinha nenhuma expressão e aquilo me matava por dentro. Eu acho que preferia que ele gritasse comigo. A indiferença é mesmo uma merda.

- gostou da festa?

Já estávamos no carro e Theo e Tina não paravam de falar.

- sim. - menti

Ao chegar em casa Tina se despediu de nós e Theo me acompanhou.

- o que veio fazer aqui Theo?

Ele me olhou sem entender a pergunta ríspida.

- ficar com você. mas se quiser posso ir embora.

Eu não podia ser tão infantil assim.

- claro que não. Fica...

Ele sorriu e fomos para o quarto. Não dissemos nada, apenas trancamos a porta e nos beijamos. Os beijos não pararam e nós transamos. Uma, duas e três vezes. Se foi bom? Foi normal. A noite passada com o chefe dele foi milhões de vezes melhor. E isso era um péssimo sinal.