12° capítulo

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- Sua mãe é um amor de pessoa. - ele puxa um assunto ao entrarmos no cinema.

Eu sorri gentilmente.

Entramos no cinema, e fomos direto no balcão para comprarmos o ingresso.

- Você trouxe seu Rg? - pergunta.

- Ah sim, trouxe. - digo, remexendo a minha bolsa. - Tome, só não olhe a minha foto. - dou o documento a ele.

Ele rir, ao ver a minha foto do Rg.

- Falei pra você não olhar. - rosno.

- Desculpe, senhorita Annie Kavanagh de Alcântara. - ele pronuncia meu nome completo.

Eu solto uma leve gargalhada.

Vejo no seu rosto, a expressão de surpreso.

- Pera aí. - ele olha novamente para meu Rg. - Seu nome leva Alcântara, e você nunca me disse?! - ele olha para mim.

- Ué, e eu precisava dizer, porque? - pergunto.

- Porque, por pura coincidência, eu também levo o sobrenome Alcântara.

Ah, é mesmo. - ouço meu subconsciente dizer.

Na mesma hora meus pensamentos são levados até o dia em que ele se apresentou pra mim, pela primeira vez.

"Permita-me que eu me apresente então. Sou Ricky Alcântara."

Ouço suas palavras como se ele estivesse sussurrando bem perto dos meus ouvidos.

- Annie, você erdou esse sobrenome de quem?

Ouço sua voz, e por um momento penso que seria vozes do meu pensamento, mas percebo que era o Ricky que estava falando comigo, depois de sentir seu toque quente em meu braço.

- Ei Annie.. - me sacode.

- Ah. Oi. - pisco três vezes.

- Nossa você tava longe hein. - ele sorrir. - Eu acabei de te pergunta de quem você erdou esse nome, e você não deu a mínima.

Suspiro.

- Oh, desculpe. Eu recebi esse nome do meu.....

Tento dizer a ele, mas sou interrompida pela a vendedora que estava nos olhando por trás do balcão.

- Desculpe senhores, a identidade de vocês, por favor.

Voltamos nossa atenção para ela, que sorri gentilmente.

- Aqui está, moça. - ele entrega a ela.

Depois de dois minutos, ela nos devolve o documento, junto com os ingressos.

- Aqui estão os dois ingressos, e o seu rg, e de sua namorada. - ela devolve sorrindo.

Namorada?!

- Não! Não sou namorada dele. - me antecipo para falar.

Seus olhos encontram o meu, e eu sinto um certo incômodo ao ver seus olhos penetrando os meus profundamentes.
Sempre que ele me olhava daquele jeito, eu me sentia constrangida, sentia uma quentura subir, e me dominar por completo.
Porque ele mexia tanto comigo?
Desvio o meu olhar do dele, eu estava envergonhada? Mas, porque?

- Vamos entrar?! - ele sorri.

- Uhum. - minha voz não saia.

***

Saímos da enorme sala escura, feito duas crianças, rindo à toa. Que dizer, não era bem a toa. Tinha um motivo, e esse motivo se chamava filme.

- Você viu só, quando aquele cara passou a mão nela. - jogo a cabeça para trás rindo.

Encontro seu olhar novamente. Era impressão minha, ou, os olhos dele estavão brilhando?
Por um momento chego a pensar que eu estava suja ou havia algo de errado em mim. Porque ele estava me olhando de um jeito, tão.. Tão surpreso.

- Que foi? Eu.. Eu to suja, tem algo de errado em mim? - toco no meu rosto.

- Não! É porque você não sabe o quanto fica linda, rindo deste jeito. - ele sorrir.

- Bobo. - rir. - Vamos embora, tá ficando tarde. - puxo seu braço.

Saímos do cinema, e pegamos um trânsito congestionado.

A Reencarnação. "um amor proibido"Where stories live. Discover now