21º Capítulo

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POV Allison

Tínhamos acabado de chegar à praia quando vimos o resto do pessoal, dirigi-mo-nos a eles.

- Como estão todos? - perguntei com um largo sorriso.

- Bem e vocês? - ouviu-se todos aos mesmo tempo, como se tivessem combinado.

- Também. - encara-mo-nos e desatamos a rir.

- O teu namorado não veio? - o Aaron perguntou com um tom de voz curioso e preocupado.

- Eu e o Tom não namoramos, quer dizer... É complicado! - dei uma gargalhada fraca.

- Então descomplica. - o Hayes disse rindo. - A vida é demasiado curta para complicar. - Arregalei os olhos.

- E ninguém melhor que eu, sabe quão curta pode ser. Hayes, nem imaginas as saudades que tinha tuas pirralho! - envolvi-o num abraço forte do qual ele se soltou.

- Até ontem, nem te lembravas de mim. - o Hayes falou mais frio do que queria realmente, eu percebi isso no seu olhar. - Desculpa...

- Não faz mal! O meu cérebro não se lembrava, mas não foste apagado do meu coração. - eu disse e o Hayes abraçou-me.

Depois de alguns momentos a conversarmos decidimos ir à água estávamos bastante entretidos, até que olhei para a linha de costa.

Quando olhei para a linha estavam lá alguns repórteres, tudo o que eu queria evitar.

A minha cara devia passar completamente o que eu sentia agora, puro terror. Eu não queria enfrentar isto agora, era demasiado doloroso pensar, quanto mais falar.

- Alls, se te faz ficar mais calma... Nós estamos aqui contigo... - aquela voz doce soou perto de mim.

- Eu sei que estão e obrigada Shawn! - virei-me para ele e sorri-lhe docemente.

- Queres ir para a toalha? Estás com os lábios a ficar roxos... - ele afirmou preocupado.

- Ahm... - olhei para os repórteres e devolvi o olhar para ele. - Estou bem aqui, obrigado!

- Eu vou contigo, anda! - ele disse segurando na minha cintura.

Quando estávamos a sair, os repórteres caíram-me em cima, uma especialmente familiar.

O seu cabelo escuro e liso era grosso, seco, porém era cuidado e saudável. Os seus olhos azuis eram gélidos e insensíveis e a sua pele clara era tão branca que parecia neve, era tão perfeita e os traços eram tão severos que tinha a certeza que se lhe tocasse era tão fria e lisa como mármore. Jordana Ossad.

- Allison Clark prazer em conhecê-la, eu sou... - interrompi-a.

- Jordana Ossad! Eu lembro-me vagamente de si e do que me lembro não tenho qualquer prazer em conhecê-la. - falei polidamente com um sorriso irónico no rosto. - Eu lembro de poucas coisas, mas como consegue olhar-se ao espelho quando acorda? Se fosse a si cada vez que visse o meu reflexo no espelho sentia repulsa! - falei friamente. - Sabe, eu não a odeio, pelo contrário, eu tenho pena de si! Porque aposto que todas as merdas que diz, o veneno que cospe sobre as pessoas, deve ser para compensar a falta de algo, ou de alguém! Mas sabe, as minhas custas? Não consegue grande coisa! - falei fria e polidamente. - Você devia ter vergonha de falar da vida dos outros, de meter o nariz onde não é chamada. Eu não a conheço, mas eu sinto tanta pena de si. Deve ser terrível ser mal amada, porque deve ser a única explicação para todo o ódio de ver alguém ser feliz!
Nem se atreva! - falei irritada e alterando o tom de voz. - Repito, nem se atreva, a tocar no meu nome para destilar o seu veneno de cobra mal comida! Ou irá se arrepender! - falei e desviei-me dela, mas ela agarrou-me no braço, fazendo o Shawn acordar. Mas eu soltei o braço antes que ela o marcasse.

- Isso é uma ameaça sua cabra? - ela perguntou com ódio no olhar.

- Não, não é uma ameaça, é um aviso. Porque se tocar no meu nome, eu começo, no exato momento, um processo de difamação contra si! Fica alertada, quando tocar no meu nome pense bem no que inventa!

- Isto irá parar à televisão! - ela ameaçou-me.

- Isso é suposto me fazer sentir ameaçada? Porque não faz, leve isso ao ar, porque não me fará qualquer diferença, ao menos lança algo com todos os fundos de verdade. - virei costas e o Shawn correu para mim.

- Estás bem? - ele questionou preocupado quando uma lágrima escorreu pela minha face.

- Melhor agora... - dei um sorriso fraco enquanto ele limpava a minha lágrima.

- Qualquer coisa, não hesites em pedir! - ele sorriu.

Dirigi-me para a toalha e deitei-me a apanhar sol.

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