My Little Brother. - Ziam ABO

I. Because you're my little brother

Zayn se viu obrigado a entrar e ajudar Liam com as malas. Lamentou junto à Karen o fato de que Thomas estava dormindo - impossibilitando que os dois ômegas da casa pudessem mimar a criança um pouco -, e resolveu fazer um chá. Faltavam dez minutos para as onze, horário no qual Dylan havia combinado consigo.

- Vai deixá-lo sair desse jeito, mamãe? – Liam disse em um momento da conversa quando Zayn trazia o chá na sala.

- Desse jeito como, meu filho? Zayn já está bem grandinho para isso, e não há nada de errado com a sua roupa. – Ela disse tranquila. – Está um belo ômega, aliás. – Ela se dirigiu à Zayn dessa vez, que lhe respondeu com um sorriso pequeno.

- Exatamente por isso. Não acho que seja seguro. – Ele retrucou a mãe, mas logo se voltou para Zayn – Na verdade, acho esse gosto um pouco vulgar, você não costumava se vestir assim.

- Pois eu acho que deveria guardar as suas opiniões para si mesmo. – O ômega disse, tirando um riso contido de Karen e uma expressão surpresa de Liam, que se viu sem palavras diante da petulância do ômega.

Zayn não mudara só de aparência, pelo visto. Liam se lembrava de ter deixado um rapazinho tão doce quando saiu de casa, e agora, seis anos depois, havia um belo ômega genioso e petulante em seu lugar.

- Agora se me der licença, minha carona me espera. Boa noite. – Ele desejou e voltou a beijar Karen no rosto.

- Tem certeza que não quer pegar o carro, filho? – Ela ofereceu segurando com as mãos nos dois lados do rosto do rapaz.

- Tenho sim, Dylan vai me trazer. – Zayn explicou e viu Karen lhe lançar um olhar sério. – Ora, não seja tão ciumenta, dona Karen!

E saiu, deixando uma preocupada Karen para trás e um furioso alfa.

Liam bufou:

- Quando foi que ele se tornou tão petulante?

Karen riu da indignação do filho antes de responder:

- Você sabe como eles ficam depois do primeiro cio. É natural que ele esteja mais independente, ou você pensou que ele seria sempre aquela criancinha doce? – A mulher explicou didática, como se Liam ainda fosse uma criança, o que o irritou ainda mais.

- Eu sei, só não esperava que fosse desse jeito. – Liam insistiu. – A senhora viu como ele me respondeu?

- Você bem que pediu, censurando as roupas de um jovem. – Retrucou. – Ele pode não ter o sangue dos Payne, mas foi criado por uma e todos nós somos geniosos, ele não sairia diferente.

- Pois eu acho que ele está "genioso" demais, se é assim que você chama petulância para encobrir-lhe a falta de educação.

- Pois eu acho que você deveria guardar as suas opiniões para si mesmo. – A ômega parafraseou o filho mais novo e deu um peteleco na testa do mais velho. – Agora pra cama, você deve estar cansado da viagem e aquela coisa não parece nada confortável para o pobre Tommy. – Ela lançou um olhar penoso para a criança ainda deitada na cadeirinha.

De mãos atadas, como sempre quando entrava num debate com Karen Payne, Liam se limitou a bufar e fazer o que sua mãe dizia. Era estranho pensar que mesmo agora, pai e homem feito, ainda se visse como um garotinho quando se tratava de sua mãe. O mesmo alfa que intimidava nas reuniões de negócios da empresa se tornava um mero garotinho na frente da mãe. O que seus colegas de trabalho diriam?

Mas aquela história com Zayn ainda não tinha acabado. Karen podia dobrá-lo, mas não deixaria que o ômega mais novo também o fizesse. Mais cedo ou mais tarde teria uma conversa com Zayn sobre suas vestimentas e comportamento.