Capitulo 10

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Acordei e Jeff estava deitado ao meu lado, ainda dormindo. Minha cabeça estava doendo, talvez pela ressaca. Ontem tinha sido um dia fodido. Ter os pais mortos por minha causa não me fazia sentir culpa, até por que foi eles que tentaram me internar, sem ao menos conversar comigo antes. Meu irmão estava sozinho, mas eu sabia que ele ia se virar sozinho e que ia me acobertar de tudo, ou falaria que eu matei os dois e fugi. Provavelmente quando a polícia chegasse ele seria levado para a casa de sua madrinha, enfim ele vai estar bem. Jeff acordou.

- Bom dia linda - ele deu um sorriso.
- Bom dia amor.

Ficamos deitados por um tempo, estava frio nessa manhã. Levantamos e eu fui fazer café. Tomamos e fomos para a sala, ele colocou um filme de terror, a hora do pesadelo. Ele ria quando Freddy matava alguém.

- Você daria um bom personagem de filme de terror - me virei para olhar pra ele.
- Nem sou tão ruim assim - ele falou fazendo cara de inocente.
- Imagina, você é um anjinho - disse subindo no colo dele.
- Claro, sou seu anjinho - ele ri.
- Meu psicopata lindo - beijo ele e ele aperta minha cintura.

Eu amava o beijo dele, amava suas mãos, amava seu sorriso, amava seu corpo, eu amava ele.

- Ontem você disse que eu era sua namorada - disse parando o beijo - É sério?
- Claro, espera - ele disse arqueando uma sombrancelha - Quer ser minha namorada ?
- Sim, sim e sim - disse empolgada e o beijando ele novamente.

O dia passou normal. Quando deu 20h ele me chamou para conversar, eu estava terminando de lavar a louça. Então terminei e fui até ele.

- Senta aqui, temos que conversar - ele disse apontando pro lugar ao lado dele no sofá.

Sentei e ele começou.

- Você sabe bem que eu sou um assassino e que vou continuar assassinando, como que fica a gente com isso?
- Normal, a não ser se você quiser uma companheira nos assassinatos - disse piscando um olho.

Ele parecia não acreditar no que eu estava dizendo, mas não ligou.

- A gente pode começar um treinamento, que tal?! - ele sugeriu olhando para o teto.
- Claro, preciso mesmo da técnica pra não apanhar para a vitima - disse rindo.
- Vamos lá - ele se levantou - Tente me atacar.

Eu fiquei olhando tentando ver se era sério.

- Vamos, me ataque - ele repetiu.

Eu fui pra cima dele dando um chute em sua perna, minha intenção fosse que ele se abaixasse ou se destraisse com a dor, mas não foi assim, ele pegou na minha perna e me jogou no chão. Aquilo doeu um pouco e ativou minha raiva, ele ria como quem estava gostando. Fui novamente para cima dele, dessa vez fui um pouco mais esperta, quando coloquei minhas mãos pra frente para atacá-lo, ele se desviou e me empurrou. Eu peguei a primeira coisa que vi, era um pé de cabra, e o acertei nas costas, ele caiu, então devo ter batido bem forte, pulei em cima dele e coloquei o pé de cabra em seu pescoço apertando, tentando asfixia-lo, ele tentou se soltar, mas eu fazia toda a força que eu tinha, ele então bateu a mão no chão e eu sai de cima dele, ele segurava o pescoço meio que sem respiração, após uns segundos ele se recuperou.

- Você se dá bem com um pé de cabra - ele disse rindo.
- Desculpa se te machuquei - falei abaixando a cabeça.
- Hey - ele veio até mim - Não machucou, só doeu.

Ele me deu um beijo e me abraçou. Dei beijos em seu pescoço, do tipo " beijinho sara ". . .

Quando deu 23h ele desceu a escada, eu estava sentada no sofá vendo um filme.

- Coloque uma calça preta e uma blusa de toca, vamos pra ação! - ele disse enquanto colocava uma faca no bolso e indo pegar outra no armário da sala.

Balancei a cabeça positivamente e subi pro quarto para trocar de roupa, vesti a calça preta e uma blusa preta que tinha uma toca grande que escondia o rosto, coloquei um all star preto e desci. Ele me esperava na porta com o pé de cabra na mão.

- Sua arma de hoje - ele abriu minha blusa e colocou o pé de cabra apoiado na manga da blusa, assim o cano da barra chegaria na altura da cintura, ele fechou minha blusa. Não dava pra ver que eu tinha um pé de cabra escondido na blusa - Vamos.

Colocamos as toucas e seguimos até a avenida. Veio um carro, seus faróis clariando a estrada, Jeff esticou a mão fazendo jesto de carona. O carro parou, tinha um homem que aparentava ter uns 45 anos.

- Pra onde os dois vão? - o velho disse rindo.
- Até o começo da floresta, lá em baixo - Jeff respondeu apontando pela imensidão da estrada.

Com sua touca cobrindo seu rosto, o velho não deve ter visto o rosto dele com detalhes. Ele acenou para entrarmos, Jeff foi na frente e eu atrás. Após uns 10 minutos na estrada, o velho decidiu se pronunciar.

- É perigoso pegar carona com estranhos - ele dizia rindo - Principalmente vocês que são novos, quantos anos vocês tem?
- Eu tenho 19 - Jeff respondeu.
- E eu 17.

O velho deu um sorriso malicioso, vi no olhar de Jeff que ele estava chingando o velho por dentro.

- Tão novos e tão bonitos - o velho colocou a mão na perna de Jeff, que o encarou na hora.

Molestador de merda, terei orgulho de matá-lo e acho que Jeff pensa o mesmo.

- Acho que a gente devia se adentrar na floresta, se é que vocês me entendem - ele disse olhando pro velho, em seguida piscando pra mim.

Já entendi, vamos atrair o velho pra floresta e matá-lo lá. Após uns 30 minutos na estrada o velho entrou em uma estrada de terra se adentrando na floresta. Depois ele parou o carro, descemos e fomos andando até um rio. Enfim chegamos, o velho parou e riu maliciosamente pra gente.

- Quem quer ser o primeiro? - o velho disse olhando pra gente.
- Pode começar - Jeff olhou pra mim.

Balancei a cabeça positivamente e fui em direção ao velho que continuava com aquele olhar de malicia. Abri a blusa e ele já começou a morder seus lábios ressecados e velhos. Quando abri o ziper, coloquei a mão no pé de cabra e já tirei atacando o velho, o ferro atingiu sua cabeça, ele caiu colocando a mão em cima do sangramento. Eu andei em volta dele que estava caido no chão, tentando se rastejar. Jeff vinha em nossa direção, com aquele sorriso lindo.

- Quem são vocês? - o velho gritou.
- Prazer, me chamo Jeff - ele tirou a touca e o velho se apavorou.
- Eu prefiro não dizer meu nome, já que você é um molestador de merda, não merece nada! - terminei dando um chute em sua barriga.

O velho tentava gritar por socorro, mas sua voz rouca não ajudava em nada.

- Amassa esse arrombado logo, ele não merece nosso tempo. - Jeff disse com olhar de desprezo.

Concordei com a cabeça e comecei a bater o pé de cabra em sua cabeça várias vezes, até ela se deformar e o velho morrer. Jagamos o corpo dele no rio. E saimos daquele lugar. Passamos pelo seu carro e colocamos fogo nele. Fomos pra casa, meu treinamento tinha sido concluido com sucesso.

Amo Aquele Psicopata! ( em correção )Onde as histórias ganham vida. Descobre agora