15| Memórias Emergentes

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Imergida pelos confins oceânicos do subconsciente:

Liz corria a todo vapor, cortando com sua espada todas as folhas e galhos que a atrapalhavam na floresta celeste. As árvores eram tão grandes que a luz do Trono quase não penetrava na zona, eram árvores curiosas, jamais vistas na Terra, com galhos e troncos brancos e folhas douradas; folhas que pareciam ser feitas de ouro. Possuíam formatos tortuosos, excêntricos e emitiam um brilho único.

Se a visão da garota fosse como a de um humano qualquer ela não enxergaria quase nada, porém, era capaz de ver as mínimas partículas voando no ar rarefeito. Um humano morreria sufocado ali em poucos minutos, por essa razão, humanos só visitavam as regiões celestes em sonhos, visões ou estado de coma. O Criador dava permissão aos anjos para mostrar a maravilha de seu universo aos que lhe eram fiéis.

As roupas de batalha pesavam sobre si como roupas encharcadas por água, mas a resistência de seu corpo era própria para aguentar tais coisas. No alto de uma árvore, um garoto de cabelos curtos e olhos atentos observava todos os movimentos aos redores.

Liz olhou para cima, encontrando os olhos frios do jovem de aparência angelical.

— Não é bem-vindo aqui. Isso não é nenhuma novidade.

Ao vê-la, ele saltou do galho e parou graciosamente no chão de terra azulada.

— Quanta educação. — retrucou e deu uma risada sarcástica, se aproximou em passos calculados, como uma onça prestes a dar o bote, mas a garota não recuou. — Te mandaram para me expulsar, não foi?

Ela rebateu com outra pergunta.

— Tu escolhestes seguir a Satã, Sorath. É quente demais lá em baixo ou reconheceu o peso do que fez? — indagou, abaixando a espada, mostrando que não lhe faria mal.

Intimidado com as asas reluzentes, com penas da cor da prata mais incrementada, que se manifestavam das costas do anjo celestial, o rapaz abriu suas asas avermelhadas, diferente dos outros guerreiros infernais eram asas chamuscantes, fogo infernal saía das penas. Liz não tinha medo, era uma guerreira em uma missão e por alguma razão tinha noção disso.

Ele franziu o cenho e levantou uma mão, como se fosse dar um tapa no rosto dela. A expressão de Liz continuou séria. Ela permitiu que o garoto tocasse seu rosto, se o jovem lhe fizesse algum mal não tardaria a ser eliminado pelas mãos da mesma.

— Perdi esse nome quando caí. Chame-me de Fênix. — ele alisou o rosto da garota com a costa da mão. Ele permaneceu com o rosto fechado, inexpressivo. — Descobri que agora comanda cinco legiões celestiais, um grande cargo, porém, comandaria mais se caísse e se junta-se ao meu lado e de Lúcifer.

— Ele também perdeu esse nome quando caiu.— ela cuspiu as palavras, olhava-o como se tivesse nojo do que via. — O que fazes na dimensão celestial? Ordens de Satã?

As Doze Luas - Filhos do AlvorecerOnde as histórias ganham vida. Descobre agora