39| Tormenta de Fogo

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música do capítulo:
Control - Halsey

"Sou maior do que meu corpo/ Sou mais fria do que esta casa/ Sou mais malvada do que meus demônios/ Sou maior do que estes ossos [...] Quem está no controle? "

] Quem está no controle? "

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✹❂✹

— Ele me chamou de vadia!

Liz cambaleou e apoiou o corpo em um carro estacionado. O silêncio da noite era cruel. As luzes dos prédios estavam em sua maioria apagadas e não havia ninguém nas ruas a não ser algumas mulheres na esquina usando roupas curtas.

— Eu não pedi para ele tocar no meu corpo — disse, meio tonta, mas parcialmente consciente, o suficiente para vagar o olhar pelos panfletos pregados nos postes. TRAGO SEU AMOR EM 3 DIAS. Traga meu controle em três dias e estarei mais que satisfeita. — Eu não dei permissão e... por me defender ele me chamou de... — Liz levou as mãos ao rosto. Sua mente estava viajando por lugares distantes. — ... de vadia.

Matheus passou um dos braços pelo ombro dela e os dois gargalharam por quase não conseguirem se manter de pé.

— Aposto que depois daquele soco ele não fará mais isso. — falou ele entre uma risada e outra.

Bastaram alguns minutos para o acontecido se esvair da mente dela; Alguns minutos para correr e saltar pelas ruas cantando uma música do Ramones, tocando uma guitarra imaginária no meio da avenida enquanto Matheus encenava uma pole dance em um dos postes de luz dentre os diversos que iluminavam a Avenida Atlântica. Estavam de frente a praia e mal sabiam como haviam chego, a movimentação dos carros era transitória e os poucos motoristas buzinavam para que eles saíssem do meio do asfalto.

O som do mar contagiou a mente de Liz, dando a impressão de que estava nadando em um mar infinito.

— Onde você estacionou o carro? — perguntou ela, o tom de voz mais elevado devido a impressão de submergir.

— Eu não lembro — ele disse os dois riram novamente. Liz abriu a boca para falar, mas a cada tentativa mais a vontade de rir aumentava. O mundo estava de luzes acesas para ela e Liz permitiu-se ser guiada por ele, ignorando o fato de que a luminescência era falsa e que por trás das cortinas só haviam trevas.

As Doze Luas - Filhos do AlvorecerOnde as histórias ganham vida. Descobre agora