My Sexy Grimes (Reescrita)

Parte 4

CARL

— E daí ela é muito confusa, entende? —pergunto, para Eliza.

Que estava ocupada tentando me desenhar em seu caderno.

— Eu acho que você devia ter mais atitude. —murmura— Agarra ela. Dá um beijão.

Diz tranquilamente, eu quem fiquei nervoso só de pensar na possibilidade daquilo. Engasgando com o suco natural de Michonne.

— Respira, homem! —ela diz alto, dando "tapinhas" nas minhas costas.

— Está bom, está bom.

Fiz menção pra parar, já que além de me engasgar, Eliza estava tentando me assassinar com aquela mão pesada!

— Agarrar ela? —consigo dizer.

— É! Você nunca chegou nessa parte com uma garota?

Eliz para de desenhar, prestando atenção em mim. Aposto que já sabia a resposta;

— Óbvio que não, Elizabeth! —exclamo— O mundo acabou, eu só tinha 10 anos. Desde então só vivi com adultos.

— Só? —arquea a sobrancelha— Nossa. Você é um zero quilômetro.

— Zero quilômetro? —finjo indignação— Você me odeia?

— Não é óbvio? —implica.

Não consegui segurar, tive que rir. Infelizmente ou felizmente, era fácil conversar com Eliza. Vivíamos implicando um com o outro e até que gostava da amizade que estávamos criando, talvez quando ela fosse embora, sentiria falta disso.

— Zero quilômetro é o cara virgem. Nenhuma mulher passou por ele ainda...

Explica, totalmente concentrada e eu só consegui prestar atenção no seu rosto. Aqueles olhos de jabuticaba e a covinha na bochecha direita.

— Eu posso te ajudar. —completa, dando de ombros.

— Me ajudar, como? —me interessei.

— A conquistar ela, Carl.

Eliza levantou a folha que estava apoiada em seu colo.

— Tcharam!

Ela mostrou o desenho que fora feito de meu rosto, Eliza tinha um talento e tanto para aquilo, até minhas "imperfeições" foram pegas de forma nítida. Ficou foda.

— Ficou incrível! —falo, pegando a folha para olhar mais de perto— E o que você ganha em troca?

A morena pareceu pensar, se levantando e mordendo o lábio inferior.

— Que me ajude a resgatar minhas irmãs. —pede, receosa.

— Mas você não quer ficar aqui.

— Eu não queria, mas vocês realmente são unidos. São família. —conta— Eu já observei, e minha mãe iria querer um lugar seguro como este para nós.

Em momento algum eu desconfiei de Elizabeth, como todos nós, ela já deve ter passado por muita coisa lá fora em outras comunidades. E só queria fazer seu papel de irmã mais velha, mesmo pertencendo ao mundão e saindo para explorar as vezes.

— Tudo bem. —indago, estendendo minha mão para que ela selasse nosso trato.— Eu topo.

— De dedo midinho? —Eliza estendeu o seu, do outro lado da cela.

— De dedo midinho. —apertei o próprio.

ELIZABETH

— Eles são mesmo chatos com essa questão de "confiar". —a ruiva fez aspas com as mãos— Deanna não faria isso.

— Deanna? —pergunto.

— É, a antiga líder antes do Rick.

— O que aconteceu para ela se tornar antiga? —quis saber, enquanto vestia o agasalho que ela trouxe.

E a própria fez o mesmo que eu.

— Ela foi mordida quando a horda entrou.

— Que droga, hein. —murmuro.

— Sim. —a ruiva completa, parecendo pensativa.

— Eliza. —estendo minha mão, me apresentando.

— Maia. —ela riu, pois me trouxe agasalhos mas não se apresentou— Vamos para a fogueira, a Carol serve uns biscoitos incríveis.

— Claro!

Maia saiu da "prisão" de braços dados comigo, o que me fez a achar simpatississima. Aposto que seríamos amigas.