Fifteen.

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30 de dezembro 2016.

Louis acordou assustado, não estava acostumado a dormir em lugares que não conhece, mas teria que se habituar, aquela era sua nova cama, sua nova casa. Ele se espreguiçou e coçou os olhos, completamente desnorteado, tateando a cama em busca de seu celular. O quarto estava escuro, apenas alguns feixes de luz do sol invadiam as cortinas.

8 horas da manhã. Louis nem ao menos jantou na noite anterior, ele estava tão cansado fisicamente e psicologicamente que dormiu ali mesmo, com as roupas que usou durante todo o dia. Ele ficou se perguntando se Harry passou em seu quarto, ou até mesmo esperou por ele em vão.

Harry.

Louis estava respirando fundo e tentando manter seus nervos no lugar. Estava cada vez mais difícil. Ele só conseguia se lembra de sua conversa com Simon.

Flashback on.

Assim que Harry saiu da sala, Louis encarou Simon que sorria de um jeito que o assustava.

- Bom, Louis, vamos jogar as cartas na mesa - Simon diz agora sério e frio como habitual. Louis engole seco.

- Você acha que eu não sei o que você fez? - Cowell acusa - Acha que eu não sei sobre o sequestro, Louis? - Ele pergunta e o ar foge dos pulmões de Tomlinson.

- C-como você sabe? - Louis fala, mas a resposta é óbvia. Claro que Harry contou a Simon. Aquele idiota.

- Isso não lhe interessa. O ponto aqui Louis, é que você praticamente destruiu a carreira de Harry, a qual ele demorou anos para construir! - Simon pressiona o garoto de olhos azuis psicologicamente - Você está mandando a carreira de Harry para o buraco, junto com seu prestígio e as chances de fazer o que ele ama!

Louis sente dor, aqueles palavras o machucam.

- E-eu - Ele tenta dizer, mas não consegue.

- Você o ama, Louis? - Simon diz é o encara como se estivesse vendo sua alma. Tomlinson êxita, mas assente lentamente. - E você vai permitir que a carreira de Harry seja destruída por sua causa? - O gestor faz a pergunta chave.

Louis não quer isso. Ele não quer ver Harry sofrer, não quer destruir ninguém. Ele só se apaixonou, foi precipitado e agora causou uma enorme bola de neve. Tudo por causa de sua precipitação.

- Não! Eu não quero isso! - Ele diz dessa vez com firmeza. Simon sorri.

- Ótimo. Então presumo que vai topar nosso acordo, certo? - Cowell se aproveita e Louis pensa, pensa em Harry, pensa nele, pensa em tudo.

- Sim, eu vou topar - Ele fala convicto.

- É assim que se fala! Mas, temos regras Louis, você não vai simplesmente fingir ser namorado de Harry - Claro que tinha mais coisas, Louis tinha noção disso - As regras são simples, vocês não podem ter nada real, nada. Eu não quero saber de beijos, toques e até mais sem ser na frente das câmeras, me entendeu bem? Se bem que isso não vai ser problema, Harry não te ama mesmo - Simon cospe e o coração de Louis se quebra.

Harry não o amava? Mas ele disse a Louis que sim. Se bem que Tomlinson sabia que não era digno do amor de Harry.

- Mas... Ele... - Louis tenta se expressar.

- Ele mentiu, Louis. Ele queria usar você, e bem, presumo que não conseguiu o tanto quanto queria, mas agora vai ter que arcar com as consequências, assim como você - Ele despeja as informações em cima de Louis, que sente seu coração doer - Então, Louis, para o seu bem e para o dos planos, não se envolva.

- Eu...eu não vou - Tomlinson diz com lágrimas nos olhos.

- Dói, não é? Saber que você foi usado, que ele não ama você e que sua tentativa ridícula de ficar com ele foi em vão. Realmente uma pena - Simon diz carregando um sorriso debochado. E Louis desaba, chorando copiosamente ao ouvir tamanhas palavras cruéis, porém ele sabia que eram verdade. - Engula esse choro. Agora que já sabemos sua resposta, basta chamar Harry - Louis assente e limpa suas lágrimas com as costas das mãos.

Flashback off.

Louis sente seu estômago embrulhar ao lembrar das palavras. Ele empurra as lembranças para o fundo de sua mente, é melhor tentar esquecer do que continuar se torturando com as palavras cruéis, porém verdadeiras, de Simon.

Logo de depois de tomar banho e passar alguns bons minutos em frente ao espelho tomando coragem para encarar Harry, Louis desce as escadas. Ele encontra Rose varrendo a sala enquanto cantarola uma música que Louis desconhece.

- Bom dia, Rose - Louis fala e a mulher se assusta se dando conta da presença do garoto.

- Oh! Bom dia pequeno Louis! - Ela sorri - Seu café está na mesa.

- Obrigado. Hum...Onde está Harry? - Ele pergunta curioso.

- Ele precisou sair para resolver alguns assuntos, mas eu acho que não demora - Ela fala simpática e Louis assente. - Venha, vou te mostrar a cozinha.

Louis segue a mulher em silêncio. Ao chegar na cozinha se depara com uma grande mesa posta com frutas, suco, pães e várias outras comidas. O estômago de Tomlinson ronca, já que ele não se alimenta desde o dia anterior.

- Fique à vontade querido. Se precisar de mim é só chamar - Rose fala e Louis agradece sentando-se na mesa.

Depois do café, Tomlinson passa longos minutos decidindo o que deve fazer, então resolve ligar para sua mãe. Algo que deveria ter feito desde o dia anterior, mas estava muito cansado.

- Mãe? - Ele fala quando Johannah finalmente atende.

- Olá querido, como você está?

-x-

Harry abre a porta de casa e encontra tudo em silêncio. Louis provavelmente ainda está dormindo, e o cacheado não consegue suprimir o desejo de ver o menor. Ele caminha em passos largos até a escada e sobe a mesma correndo, ansioso para encontrar Tomlinson.

Quando Harry está chegando no quarto de Louis, consegue ouvir a voz do garoto, ele parece conversar com alguém. Styles se aproxima da porta escorada, e consegue escutar:

- Eu não o amo. Eu não quero estar nessa casa e eu topei essa merda porque eu estava protegendo a minha família! Mas quando Simon der um jeito a primeira coisa que eu vou fazer é pegar minha malas e dar o fora daqui!

Harry sente um nó terrível em sua garganta. Suas pernas fraquejam e ele se afasta da porta, se escorando na parede para não cair.

Mais uma vez Louis conseguiu partir seu coração.

Ele não consegue raciocinar, então apenas desce as escadas correndo e bate com força a porta da casa, saindo sem rumo.

Louis que está em seu quarto, escuta o estrondo e franze o cenho.

- Preciso desligar, mãe. Falo com você depois - Ele diz e sai de seu quarto. - Harry? - Sem resposta. Ele vai até a sala e encontra ninguém. Ótimo, seu primeiro dia na casa e o cacheado não dá a mínima.

Stockholm Syndrome || L.SWhere stories live. Discover now