unfair love .astro

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As cores ficavam cada vez mais vivas e chamativas ao nos aproximarmos do centro, passando por uma de minhas docerias favoritas consto que após duas quadras estaríamos próximos ao edifício dos Yoon.

Os pais de SanHa possuíam alguns hotéis em Busan e por causa disso vivem viajando. SanHa costuma ficar junto a governanta, por ainda tem 18 anos e por preferir ficar comigo. Passamos bastante tempo assistindo dramas na Smart TV que tem em seu quarto e quando estou com vontade jogo online com ele, porque mesmo ele me implorando se eu não estiver com vontade não o faço.

Passo o cartão da Yuri na máquina e espero receber o papelzinho, Yuri me obriga a guardar todos os recibos de qualquer compra em uma pasta que costuma ficar na pequena estante de livros do nosso apartamento. Guardo o cartão na carteira de cor vermelho-cereja com alguns brilhos prateados, colocando-a no bolso do sobretudo marfim.

Fico feliz por descer próximo a entrada do edifício, alguns taxistas costumam apenas a parar na frente, onde há o estacionamento, me obrigando a andar alguns metros até a entrada. Digito a senha já decorada por mim e quando a porta é aberta, adentro no pequeno local logo me dirigindo ao elevador.

Em alguns minutos chego na cobertura, digito a senha para entrar e quando as portas se abrem me assusto ao ser puxada por mãos grandes e frias. Reviro os olhos ao contatar que era apenas o poste do Yoon SanHa.

Deixo-o me levar até o corredor, sentia que o que ele havia feito era algo quase que sem chances de reparo, mas não havia como ele ter engravidado alguma garota, pelo que eu sei de Yoon SanHa, ele é virgem e se ele tivesse transado com alguém teria me contado, assim como ele me contou sobre a primeira vez que beijou alguém, entre outras coisas. Não havia segredos na nossa relação, Yoon SanHa sabia tudo sobre mim assim como eu sei tudo sobre ele, e por conta disso, na metade do cominho decido o parar, tirando sua mão de meu pulso.

- Você não quis me contar o que havia acontecido na chamada... Então, me mostre logo o que você quebrou. - Ordeno, sem querer prolongar ainda mais isso.

- Bem, foi o vaso preferido da mamãe. - Viu? Ele é uma criança ainda, tem quase 1,80 de altura, daqui a alguns meses ele fará 19 anos e ainda age feito uma criança.

- O que você estava fazendo pra quebrar uma peça tão única?! Você sabe que não existe outras, ela era a única existente! Aquele italiano fez apenas para a senhora Kim, ela com certeza vai te matar

- Eu sei disso. Eu não teria te ligado se fosse qualquer um e eu sei que você pode dar um jeito nisso.

Suspiro, ele está certo, eu posso concertar, no caso, o senhor Sagashi pode concertar, já que ele trabalha com porcelanato dentre outros tipos de matérias.

- Onde estão os pedacinhos? Eu só não posso te prometer que ele vai ficar do mesmo jeitinho de antes, mas ele vai fazer o melhor. Você sabe onde tem uma foto do vaso? - Pergunto, seguindo-o até o local onde ele assassinou um dos vasos mais lindos.

Quando o entregador ligou avisando sobre sua chegada, Yoon SanHa parou de me ajudar a juntar os pedaços quebrados e desceu para buscar as deusas em formas de pizzas de calabresa. Por estar faltando algumas poucas peças, terminei de junta-las rápido, no final enrolando as folhas de jornal, para proteger e correr menos riscos de quebrar mais ainda, porque cada mínimo pedacinho que fosse, seria importante para Sagashi.

Deixo a sala que a senhora Kim criara especialmente para as obras de artes que costuma comprar em leilões ou ganhar de algum bajulador. O quarto do Yoon SanHa se encontrava na porta que ficava no lado direito do corredor, tinha seu nome gravado e diversos adesivos de super-heróis. Os diversos tons de azul e amarelo se mesclavam de forma tão harmônica aos meus olhos, sei que não é porque eu já estive aqui varias vezes, azul e amarelo sempre foram cores de bastante harmonia, elas combinam tão bem.