"Os problemas se tornam mais reais quando temos que lidar cara a cara com eles"
P.O.V Megan
Incentivo todos a vestirem roupas simples, como estamos na equipe de compras, precisamos ser rápidos para voltarmos antes de anoitecer, pego meu cartão de crédito e algum dinheiro do nosso cofre, não foi nada fácil retirá-lo do porão e colocá-lo no carro para trazer até aqui.
Chamo os meninos e partimos para o mercado, vamos andando até o centro comercial, Channing e Sam vão até a loja de ferramentas enquanto eu e Grant nos dirigimos até o mercado, Jason ficou em casa esperando por notícias, enchemos o carrinho com toda a comida que precisamos, vou para o caixa, a moça sorri e mesmo triste acabo retribuindo, assim que ela passa todas as coisas entrego meu cartão.
- Seu cartão foi recusado. - ela me entrega e eu fico bem confusa, tiro as notas do bolso e pago, Grant já colocou tudo na sacola, por fim recolhemos todas e saimos.
Channing está em frente a loja de construção, caminho até ele, seu cartão e o de Sam também foram bloqueados, pego o dinheiro que sobrou e entrego, ele volta para dentro da loja e alguns minutos depois eles saem com as pás, continuamos nosso caminho até a casa de Liam, como fizemos toda jornada sem veículo e voltar com um peso extra não é nada fácil, está perto de anoitecer quando chegamos.
Sam leva as ferramentas para Terry e Wesley, me dirijo a cozinha junto com Grant e começo a guardar as coisas, por mais que não demonstre estou curiosa, eles nem chegaram no Canadá, mas mesmo assim fico imaginando o que vai acontecer, se Jack vai nos ajudar.
Os meninos aparecem na cozinha e nos sentamos na pequena mesa para seis pessoas, a mesa no casarão era enorme.
- Então não temos dinheiro? - Channing pergunta.
- Nossos cartões de crédito foram bloqueados, temos que testar o de débito. - Grant afirma.
- Pera, vocês deixam todo o dinheiro no banco? - pergunto e Sam e Channing confirmam. - Regra de sempre, nosso dinheiro fica com a gente, em um esconderijo, cofre secreto, mas nunca se pode confiar em bancos, quando nosso nome é sujo ou algo assim perdemos tudo, ou simplesmente o governo pega por algum motivo.
- Você acha que estamos encrencados? - Grant pergunta.
- Aparentemente aquele incêndio foi o começo de algo maior, como o próprio Stallone disse, precisamos estar preparados.
Wesley entra na cozinha com o dedo na boca, indicando que devemos ficar em silêncio, pela porta que vem diretamente do quintal, como o barulho parou, Terry também parou de cavar.
- Faz trinta minutos que um carro está rondando a casa. - ele finalmente se pronúncia.
- Apague a luz. - falo.
- Não é necessário, como a cozinha fica aqui no fundo e a única saida de luz e pela janela que fica pro quintal, eles provavelmente ainda não notaram, agora se eles sairem do carro e se aproximarem eles teram chance de nos ver.
- Eu vi velas no armário, vou ascender, elas produzem uma luz menor, o importante é ficarmos quietos. - Sam já está de pé, seguindo seu plano.
- Eu vou fazer o jantar, vão para o último quarto e observem tudo pela janela. - falo e me levanto. - Chamem o Terry, vocês não podem voltar a cavar.
Me certifico que as velas do Sam estão em lugares estratégicos, iluminando muito bem a cozinha, coloco água em uma panela e levo ao fogo para ferver, sei que precisamos comer algo nutritivo pois estamos sem comer direito desde o incêndio, mas macarrão é a coisa mais prática para o momento.
Sinto que estou sendo observada e pego uma faca grande da gaveta, olho pelo canto do olho e logo em seguida me viro, suspiro aliviada por ser o Grant.
- Estamos em alerta e você aparece assim? - pergunto brava. - Eu poderia te matar.
- Eu não sabia que estava tão tensa.
Jogo o macarrão na água já fervente e começo a preparar o molho, ele senta na cadeira de frente pra mim e permanece em silêncio.
Lavo a sujeira que fiz e arrumo tudo, finalizo o macarrão e me encosto na pia, preciso ter um sono digno, preciso de notícias, esse com certeza foi um dia longo.
- Estou com medo Meg. - olho para Grant e observo sua feição pela luz das velas. - Eu não sou como vocês, não sei lutar, nem atirar, sou totalmente inútil, ainda mais quando nem temos tecnologias.
- Vamos nos sair bem, pense nisso como se fosse uma missão, só que um tanto longa. - ele se levanta e anda até mim.
- Eu preciso passar por isso, provar que não sou fraco para você. - ele diz olhando nos meus olhos.
- Eu sei que você não é fraco, sua verdadeira missão é provar isso a si mesmo. - eu termino de falar e sinto seus lábios nos meus, eu nem sei se é a melhor hora, mas o beijo vem como um aconchego, uma lembraça de algo bom, eu simplesmente me entrego até que a falta de ar nos separe.
- Vou chamar os meninos. - puxo bastante ar e depois libero, passo a mão na boca tentando disfarçar a vermelhidão enquanto ando até o quarto. - O jantar está pronto. - falo baixo e ele concordam.
- A ronda parou, após o jantar podemos voltar ao trabalho. - Terry diz e concordo.
Voltamos para a cozinha e ascendo a luz, apagamos aa velas e começamos a comer, todos estão em silêncio o desespero pelo alimento é enorme, quando olho para o prato de meus amigos e percebo que estão vazios, tento correr até a panela para garantir o finalzinho, mas Terry pega primeiro e começa a comer diretamente dela.
Depois de uma disputa ridícula para saber quem vai lavar a louça, Jason é o premiado e mesmo bufando lava tudo.
Terry e Wesley vão para o quintal terminar o trabalho antes que amanheça, fazemos fila para usar o banheiro e por azar fico por último.
- Pera, antes de tomarmos banho, deveríamos ajudar os dois, eles vão terminar mais rápido e dormiriamos mais sossegados, sabendo que todos estão dentro de casa. - falo e eles concordam.
Como só tem duas pás não tem muito o que fazer, então criamos um sistema de revesamento, Grant e eu ficamos encarregados de colocar a terra em um saco, o trabalho é leve mas a exaustão do nosso corpo não aprova, o que nós leva tempo, quando os primeiros raios de sol aparecem, um por um vai se dirigindo até o banheiro, quando sobra só eu e Jason lá fora, corro para o banheiro e tomo meu banho, quando saio ele já está conferindo as travas nas portas, vou para o "meu quarto" e me deito em um colchão no chão, eu nunca me senti tão feliz por me deitar em algo pouco confortável, a idéia de que em instantes estarei dormindo é maravilhosa.
Perdoem qualquer erro <3
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Mercenárias » A Ameaça
ActionVocê não conhece seu inimigo, mas ele te conhece muito bem e te quer morto a qualquer custo! Último livro da trilogia Mercenárias (Concluído) 26/06/2019 - #2 em Mercenários