Improvável Equilíbrio (DEGUSTAÇÃO)

CAPÍTULO 29

− Isso é... Hm... Muito bom! – confessei ainda de boca cheia, após a primeira mordida.

Eu estava surpresa, juro que sim. Aquele era, sem dúvidas, o melhor hambúrguer de toda a minha vida. Nem as famosas lanchonetes de NY superavam. Ok, sei que parece mentira, mas aquele hambúrguer era realmente magnífico. Não estava apenas querendo uma desculpa para passar a noite na companhia do Enzo... Poderia pedir isso, caso ele fosse meu servo pelos próximos dias.

− E então? – perguntou fitando-me, cheio de si.

− Você tinha razão – confessei com os olhos baixos, odiava não estar certa.

− Eu sempre tenho – gabou-se sorrindo.

− Não é pra tanto – talvez fosse, mas não encheria sua moral dessa forma, não mesmo. – Sabe, eu sei que fizemos uma aposta, mas não acho que seja uma boa ideia passarmos a noite juntos – tratei de dizer, já que aquilo estava martelando a minha cabeça de forma cruel, e posteriormente me resultaria em uma bela dor de cabeça.

− Está com medo, Lucy? – provocou, os olhos semicerrados e um sorriso vitorioso (e irresistível) nos lábios.

− Não é isso. É só que, se lembra da nossa conversa há umas semanas atrás? – ele assentiu enquanto bebia seu refrigerante. – Então, eu continuo achando que é melhor nos afastarmos.

− Mas você não quer isso – não precisava ser nenhum gênio para saber que ele tinha razão. De novo.

− Não, não quero. Mas não quero acabar me apaixonando por você, Enzo – e naquele momento, a sinceridade das minhas palavras me surpreendeu. – Você é um cara incrível e quanto mais te conheço, mais gosto de você. Não quero me apaixonar por você, você está noivo e... Eu não suportaria passar por tudo isso outra vez.

− Por que aceitou sair comigo hoje, Lucy? – perguntou, e parecia uma curiosidade genuína.

− Porque não tive forças para recusar, Enzo. Entenda... Eu sabia que era errado, sabia que tinha que dizer não, mas simplesmente não consegui. É por isso que estou sendo sincera e pedindo para você ser mais forte que eu – minha voz estava baixa, eu estava constrangida por proferir todas as minhas incertezas em voz alta.

− E o que faz você pensar que eu tenho essa força? – sua pergunta me pegou desprevenida. Voltei a fitá-lo, o que ele estava dizendo?! Havia Pietra e um noivado e... – Você é encantadora, Lucy. Concordo que nos afastarmos é o melhor, o mais seguro. Mas não posso mais ficar longe de você... Você não sai da minha cabeça desde o dia em que te vi. Na verdade, parece que você entrou nela antes mesmo de nos conhecermos. É como se esse encontro tivesse sido planejado pelas nossas almas, muito antes dos nossos corpos se encontrarem.

E então, aquele discurso inesperado e revelador me despertou uma lembrança...

Fechei os olhos, deixei que o cheiro da chuva me inflamasse as narinas. Fiquei assim, absorta do mundo por algum tempo, até que de repente, senti um par de mãos másculas me segurarem virilmente a cintura. Abri os olhos atordoada, sabendo que nenhum de meus irmãos era responsável por tal gesto (estranho seria se fosse). E bem, eu estava certa.

− AI MEU DEUS!!! – gritei de repente!

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

REVELAÇÕES!!! Parece que Lucinda finalmente se lembrou desse estranho e misterioso moreno, não é mesmo? Antes tarde do que nunca, queridinha, rssss!!!

Tem vídeo novo e um bocado improvisado no canal. Mas o assunto é pertinente e todos (principalmente no wattpad e em plataformas similares) deveria assistir e opinar. Tá na capa do capítulo, é só dar play ;)