CAPÍTULO 11

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Ao acordar, senti meu braço formigar do punho até o cotovelo. Tentei forçar um movimento, esticando-o e resmunguei ao notar que ele doía. Eu havia dormido a noite inteira com a cabeça em cima dele. Fiquei massageando-o por algum tempo, até que ele já não estivesse tão dolorido. Bocejei preguiçosamente e tratei de me esticar por completa. Agarrei o Bob – meu cachorro de pelúcia – e me encolhi toda na cama. Não tardou muito para que o meu querido – sintam o meu tom de ironia – despertador começasse a apitar insistentemente, lembrando-me que o INB estava à minha espera.

Em um pulo, levantei da cama e fui até a janela. Para despertar, nada que uma cegueira de luz solar não fizesse. Abri as cortinas e instantaneamente fechei os olhos por conta dos clarões que invadiram meu quarto. Ao abri-los novamente, fui surpreendida pelo meu petulante e gostoso vizinho, que repetia o mesmo gesto que eu.

Seu cabelo estava meio bagunçado e seu rosto parecia um pouquinho amassado. As mangas de seu casaco estavam puxadas até os cotovelos e pude perceber como o seu antebraço tinha aquelas veias a mostra que fazem qualquer mulher tipo eu se maravilhar. Com um sorriso nos lábios, ele me acenou e eu tratei de fazer o mesmo. Eu provavelmente devia sair correndo, porque afinal, havia acabado de acordar. Mas não me importei muito, eu estava meio que... Hipnotizada, ou algo do tipo.

Com a imagem matinal do meu vizinho na cabeça, fui tomar um longo e relaxante banho. Com a água quente escorrendo pelo corpo e me avermelhando a pele, comecei a pensar que North Breath não era ruim de todo. E não estou dizendo isso apenas por conta do moreno de olhos verdes. É claro que ele tem uma parcela de culpa nessa história toda, mas uma parcela mínima, vale ressaltar.

Ao fim do banho – no qual um par de olhos verdes me invadiu a mente – tratei de me vestir, optando por algo casual, tanto nas vestimentas como no cabelo. Fiz um rabo de cavalo frouxo, deixando solta apenas a franjinha de lado. Usando uma calça jeans surrada – detalhe para a meia calça debaixo dela, afinal o frio está me matando! − e as minhas botas de guerra, eu estava pronta para ir para a faculdade.

Passei pela sala de estar apressadamente, roubando três croissants da mesa, jogando um beijo para todos que nela estavam – apenas meu pai e Cadu – e saí, constatando que só para variar um pouquinho, eu estava atrasada. Do lado de fora, coincidentemente ou não, lá estava o meu vizinho, entrando em sua hilux preta.

− Quer uma carona? – ofereceu, aumentando um pouco o tom de voz.

− Depende – fingi pensar, fazendo um certo charme. – Se eu aceitar a carona, o trabalho vai ser completo? – minha voz estava carregada de insinuações, até o mais perfeito idiota o notaria sem nenhum grande esforço. Ele riu, me fitando com os olhos semicerrados. Antes que ele pudesse responder a minha pergunta, uma garota com aparentemente a mesma idade que a minha, a pele branca, – muito branca, por sinal – os fios variando em dois tons de castanho e os olhos verdes, aproximou-se dele, abraçando-o por trás. Ele se virou e selou seus lábios gentilmente aos dela. E naquele momento, precisamente naquele momento, eu broxei completamente...

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Como é amargo o gosto da decepção, não é mesmo?! Lucinda que o diga!!!
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Improvável Equilíbrio (DEGUSTAÇÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora