CAPÍTULO 15

2.1K 258 16
                                    

Quando entramos no bar uma única palavra rapidamente me veio à mente: PARAÍSO! Havia homens aos montes naquele lugar, todos rindo, bebendo e falando sobre futebol. Fomos até o balcão com certa dificuldade e Vitor pediu duas cervejas para nós. Eu estava achando graça de tudo, naquele momento nada podia me abalar. Nem mesmo... Enzo!

Sob o leve efeito do álcool combinado aos cigarros, fui até Enzo com um largo sorriso. Quando já estava próxima o suficiente, o abracei, como se fôssemos amigos de infância.

− Está me perseguindo? – perguntei, rindo e me sentando ao lado dele.

− Eu venho sempre aqui – respondeu sério, duro. – A novata na cidade é você, não eu – seus traços eram rígidos, ele estava inflexível. E eu não fazia ideia do motivo. Credo, não havíamos superado o constrangimento do momento "agora eu sei que você namora"?

− Por que tão mal humorado? – sorri e acariciei seu rosto na falha tentativa de fazê-lo sorrir.

− O cheiro de maconha não é um dos meus preferidos – ele me encarou e eu apenas ri. Era só o que faltava, mais um careta na minha vida, já me bastava o Cadu. – Venha... – ele me segurou pela mão, me puxando. – Vou te levar para a casa.

− Não quero ir para casa! – soltei minha mão da dele, mas de nada adiantou, ele avançou para cima de mim como um lobo feroz e me tirou do chão. Como se eu fosse uma boneca de pano, ele me atirou nas suas costas, enquanto prendia minhas pernas e saía do bar me carregando em seu ombro. Certo... Mas que porra estava acontecendo ali??? – Que diabo, me solte já, seu maluco! – eu batia em suas costas, mas ele parecia nada sentir.

− O que está acontecendo por aqui? – Vitor interveio, finalmente. Alguns segundos mais e eu estaria sendo carregada para casa feito uma criança. Embora não precisasse de ninguém do sexo masculino para me proteger, eu meio que não tinha como competir com um troglodita musculoso.

− Estou levando-a para casa, pois acredito que você não esteja em condições de fazê-lo – e então, ele voltou a caminhar, carregando-me. Gritei.

− Quem você pensa que é? Poder ir soltando ela, seu babaca!!! – grunhiu entre dentes.

− Quem você pensa que é? – repetiu a pergunta, gritando. Eu estava ficando tonta de cabeça para baixo. E Enzo parecia haver esquecido um pequeno detalhe: nós mal nos conhecíamos! Que tipo de reação era aquela? Confesso ter reagido de forma semelhante anteriormente e, sinceramente, eu nem sabia explicar o motivo. Vitor se aproximou dele e parecia verdadeiramente feroz, pronto para me arrancar dos braços do nosso vizinho.

− O irmão mais velho dela, algum problema? – vi a feição de Enzo se tornar completamente surpresa e também... Hm, não sei bem, aliviada, talvez. Ele engoliu em seco, mas, ao que parece, não sairia totalmente por baixo.

− Nesse caso, que péssimo exemplo você é – ralhou, voltando a me carregar sobre seus ombros. Continuei a gritar e a me sacudir na esperança de que ele desistisse e me colocasse no chão. De nada adiantou! Vitor voltou a nos seguir, exaltado, gritando coisas que eu simplesmente não conseguia entender. Com todo o sangue no cérebro, eu já estava ficando enjoada, com vontade de vomitar. Os dois discutiam e de repente...

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ 

E DE REPENTE O QUÊ? Agora só amanhã, meu povo :p 

Aproveitem esse tempinho livre para assistir o novo vídeo lá do canal, que tal? <3 Vou continuar aqui do outro lado aguardando a quarta temporada de Orange is the new black o// 


Improvável Equilíbrio (DEGUSTAÇÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora