♚ II - 12 ♚

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 Jonathan

Cheguei a pensar que ficaria bem pior sem a Luísa. Mas por um milagre estou conseguindo me sair bem, sem pensar em como devo prendê-la em casa em dias de invasão, em como devia fazer para que aceitasse ter algo oficial comigo, em como devia mostrar a ela que mesmo sendo quem é poderia ter os mesmo sonhos de uma mulher normal.

Não posso dizer já não sinto a falta dela, pois eu ainda sinto a puta de uma saudade, ainda me preocupo. Sempre que a vejo distante penso se vale a pena continuar longe dela, por nossos ideais e desejos não se baterem.

Esses dias Keroly estava no meu pé, ela queria que eu desse a ela a oportunidade que dei a Luísa, mas eu não queria um relacionamento sério, nem agora e nem futuramente, não se não fosse com a Luísa.

Tenho visto a maneira em que ela anda se mentendo em confusão, de como anda se entrosando muito no mundinho do Vitor. Eu disse a Catarina que me manteria afasto dela por dois motivos, e já sabemos quais são.

Acho engraçado Gabriel está dormindo na sala, por Julia achar que ele está dando em cima e ficando com a Luísa pelas costas dela. Ela é paranoica e mesmo Jade falado para ela que Luísa nunca faria isso, ela ainda fica meio esquisita, é que ele nunca teve uma amizade feminina como tem com a Luísa.

- Ou veado! – Gabriel entrou no quarto enquanto eu jogava um jogo no computador.

- Deixa de ser retardado, filho da puta! – disse quando perdi meu jogo pelo susto que essa praga me deu. – Cadê a Julia?

Tentei me conter para não rir, mas não deu. Ele não gostou da minha atitude, mas no fim ele riu também, foi só ai que observei que Gabriel estava segurando uma toalha e sua de dente.

- Ela está lá no quarto com um bico enorme, em uma desconfiança da porra!

- Para que essa toalha? – perguntei curioso e ele ficou sem graça.

- Depois de eu xingar ela e a Jade, ela me fez sair do quarto e trancou a porta. Eu preciso tomar banho!

- E acha que vai tomar banho aqui?

- Jonathan, cacete! – ele xingou indo para o meu banheiro.

- Só por que a amizade é forte, zé! – brinquei e rimos no fim.

Gabriel entrou para o banheiro e fechou à porta, ele começou a cantar quando entrou no chuveiro, cantava os funks que ele cotusma ouvir, e eu até gostava das musicas, mas na voz dele aquilo me causava repulsa. Depois de três minutos Julia apareceu no quarto na ponta dos pés, para verificar se ele estava aqui.

- Ele ainda está no chuveiro?

- Sim! – disse prestando atenção no jogo. – Por acaso vai tomar banho com ele? Meu quarto não é bordel!

- Não... Ele falou alguma coisa dele e da Luísa?

- Eles não têm nada. Nada, mesmo! Isso é coisa da sua cabeça, depois quando ele realmente chutar você, não poderá fazer nada, pois você quem começou tudo.

- Eu sei que la jamais faria isso, mas ele não desgruda dela...

- Vou ter que explicar essa porra de novo? – perguntei pausando o jogo, ficando irritado.

- Não! Eu entendi! - ela arfou e saiu do quarto.

Por mais que as paredes fossem grossas, dava para escutar Julia gemendo no outro comôdo, e isso me deixou irritado pra caralho. Eu tomei um banho, e como não consegui dormir, eu sai de casa, eu subi até a casa da Luísa, eu precisava conversar com ela, já que a mesma não saia da minha cabeça.

A Dona Do Morro ♚ Primeiro ComandoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora