Twenty-Six.

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-Sua mãe vai nos matar. -Disse Kathe ao meu lado no banco do carro, estamos indo em direção a casa de minha mãe, aonde iremos almoçar, é estamos uma hora atrasados!

-Sim, ela vai! -Eu disse sem desviar os olhos da estradas.

Continuamos o caminho até que um carro bateu de frente ao nosso, nada muito grave mas mesmo assim, o susto foi grande.

Kathe estava muito assustada, suas mãos tremiam e ela suava frio, segundo ela, ela podia sentir o bebê, ele estava agitado, se mexia muito, eu estava assustado, nada poderia acontecer, não agora, não depois de tudo o que passamos, não depois de tudo o que eu planejei para nossa família.

-Vamos para um hospital Kathe. -Eu disse segurando em suas mãos tremulas.

-E-Eu vou ficar bem. -Ela disse baixo.

-Vamos para um hospital Kathe! -Eu repeti, talvez um pouco grosso demais, por que eu pude ver ela estremesser ao meu lado.

Ela não me respondeu nem nada do tipo, mas eu sabia que ela ficou talvez um pouco chateada com meu jeito grosso e ser, mas, eu só me importo demais com ela, tanto que, eu não me importo que ela fique brava comigo, eu só me importo com sua saúde e a saúde de Dinah.

Estacionei meu carro bem na frente da entrada do hospital, corri com ela para dentro, peguei a ficha e fiquei esperando ao seu lado. Logo, fomos chamados, eu não poderia ir com ela conversar com o médico, então fiquei esperando ela na sala de espera.

A cada minuto que passava eu ficava cada vez mais nervoso, meu peito doía, só de pensar que algo de ruim poderia acontecer com ela, minhas mãos soavam, meu peito subia e descia constantemente, eu tremia, minha mente insistia em pensar que algo de ruim estava acontecendo, minha mente insistia em me dizer que, ela iria perder a criança, e Kathe entraria em depressão, por que eu tenho que ser tão pessimista?

Sai do hospital quando meu celular tocou, era minha mãe.

-Filho? -Ouvir sua voz me trazia mais conforto.

-Mãe...-Eu disse baixo.

-Está tudo bem? Onde estão vocês? -Perguntou ela.

-Não... -Respondi simples.

-O que aconteceu? -Ela perguntou agora, ela tambem estava preocupada.

-Estávamos indo em direção a sua casa e um carro bateu no nosso... -Fui interrompido.

-Meu Deus Harry! O acidente foi grave?

-Não mãe, mas Kathe e o bebê estão muito assustados, eu a trouxe para o hospital.

-Meu Deus. -Ela suspirou

-Dinah vai resistir? -Perguntei baixinho.

-Vai sim filho, é apenas um susto, durante uns três dias, dê para ela chá de camomila, suco de maracujá, coisas que fazem com que o bebê fique calmo. -Ela respondeu me acalmando muito, muito mesmo.

-Já aconteceu isso com você? -Perguntei.

-Com sua irmã meu filho. -Ela me respondeu- Agora vai lá para dentro que está frio, respire.

-Como sabe que estou aqui fora? -Perguntei mudando o assunto.

-Consigo ouvir os ventos fortes.-Ela respondeu no final com uma risada.

-Tudo bem, obrigada mãe, eu amo você. -Disse simples.

-Amo você Harold! -Ela desligou.

Minha mãe me acalmou completamente depois daquela conversa, acho que se ela não tivesse ligado, eu já teria tido um ataque cardíaco lá dentro, sem exagero.

Depois de mais vinte minutos, Kathe logo voltou, ela já aparentava mais calma, quando me viu deu um sorriso profundo, pegou em minha mão e fomis até o carro.

-E então? -Perguntei

-Chá de camomila e muito maracujá durante três dias. -Ela disse, confirmando tudo o que minha mãe havia dito.

-Eu fiquei tão preocupado! -Disse sem desviar os olhos da estrada

-Me desculpe por isso. -Ela respondeu.

-Não é sua culpa. -Disse sorrindo- tá tudo bem agora.

-Temos que avisar sua mãe que não vamos lá! -Kathe disse rápido.

-Tá tudo bem amor, calma, ela ligou, expliquei direitinho para ela.

-Ah, tudo bem então, podemos passar no mercado?

-Pra que? -Perguntei

-Por que eu preciso tomar chá de camomila, e, camomila não tem em casa. -Ela respondeu.

-Ah! Claro, eu já tinha esquecido. -Ela riu juntamente a mim.

Passamos no mercado e compramos tudo o que teríamos que comprar, compranos muitas coisas, muitas mesmo, sempre que vamos ao mercado acabamos comprando até coisas desnecessárias, por isso estraga comida lá em casa.

Always By My Side | hes Where stories live. Discover now