Capitulo 41- Sobre a morte...

Start from the beginning
                                    

Mas mesmo assim, eu não consigo me livrar da culpa. O modo como ela apontou o revolver em minha direção eu sinto que fui egoistamente odiado, mas dessa vez eu não posso bancar a vitima.

A verdade é que não há mais como busca onde errei. Mas a única conclusão que cheguei é que eu não amo aquela garota castigada pelo tempo. E que ela já não me ama. Foi tudo em vão.

_ Oque foi aquilo?- Articula Eugene enquanto bebe água.

_ Deveríamos voltar! – Digo alto o suficiente fazendo todos olharem para mim.

_ Não dá mais. Ela fez a escolha dela. – Diz meu pai enquanto passa uma toalha pelo rosto.

_ ELA SALVOU A NOSSAS VIDAS! E VAMOS DEIXA-LA PARA TRÁS? MAS QUE TIPO DE PESSOA É VOCÊ?

_ Carl?! – Michonne diz parecendo pedir para eu me acalmar.

_ Você concorda com isso? Ela esta ferida e ...

_ Temos pessoas feridas aqui! – Diz meu pai parecendo esta irritado. Encaro cada um e sinto vergonha por eles serem tão egoístas. _ Já não podemos fazer nada.

_ Me deixa voltar.

_ Não!

_ PARA!

_ VOCÊ NÃO VAI VOLTAR CARL! JÁ CHEGA! – Ele se levanta e vem a minha frente.

_ ELA NOS SALVOU!

_ E DEPOIS APONTOU UMA ARMA PARA A SUA CABEÇA! VO-CÊ NÃO VAI VOL-TAR!

_ Se ela morrer lembre-se que antes ela salvou a sua vida. – Digo lhe lançando um olhar ameaçador e me afastando, indo para o fundo e me sentando no chão.

Vick pov on

Os minutos que se passavam pareciam horas a cada centímetro que eu andava e não via nenhum rastro de Negan. Parei já farta da dor da facada e respirei fundo, pousei a mão no local onde sangrava e vi que o sangue já melava o pano.

Suspirei frustrada e no meio do silêncio da noite fria e iluminada pela luz da lua, um som de galhos se partindo e passos sendo dados nas folhas secas, me fez acorda e olhei por toda a volta procurando o responsável pelo barulho.

Os passos se tornavam distantes e eu tentava distinguir de onde partia o som. Mas eles pararam e eu olhei em volta, esperando ver a sombra do responsável. Até que percebi uma silhueta ao longe a cambalear em minha direção e suspirei frustrado ao perceber que era apenas um zumbi.

Decidi ignora-lo e dei meia volta, mas recebi uma pancada no rosto e cai no chão com a força. Eu já tinha ate ideia de quem se tratava. Mas eu estava em desvantagem e cuspi no chão tentando tirar o gosto de sangue e me levantei ainda zonza.

_ Você tem coragem criança, admito. – Ele se gaba enquanto sorri. Limpo o sangue de minha boca e o afronto com ódio.

_ Oque você sabe sobre mim?

_ Sei que eu fiz você. – Diz parecendo fazer piada. _ Pensa bem... Eu fiz você ser assim, por que eu te deixei viver e então você se tornou uma psicopata sem sentimentos e infeliz. Eu fiz uma copia de mim. – Ele gargalha como se estivesse ouvido a piada mais hilariante do mundo.

_ Eu nunca serei como você. A única coisa que eu quero e fazer com você a mesma coisa que você fez com meu pai!

_ E quantas vidas teve que matar para isso? – Desvio o olhar dele e penso no quanto de pessoas acabei de matar sem ao menos pensar. E só agora percebo que apontei uma arma na direção de Carl e ainda ia atirar, mas não tinha balas. _ Éh Vick... Bem vida ao meu mundo de Morte.

_ Oque sabe sobre a morte? Matar não é a mesma coisa que morrer. – Digo pegando minha espada e me aproximando do mesmo.

_ Isso não vai te fazer melhor garota. Acredite! Eu mesmo já sofri a experiência.

_ Lembra do que me disse aquele dia?

_ Cada palavra. E eu não me arrependo de nenhuma.

Ouço o grunhido do morto próximo a mim e me viro cortando a sua cabeça fora, mas antes que eu possa me virar para Negan ele segura meu braço me fazendo soltar a katana. Desdenho chutes em sua costela, mas ele agarra a minha perna e me joga contra o tronco de uma árvore.

Tento busca ar e forças para me levanta, mas a dor da facada se tornou mais forte. Ele fica parado ali como se estivesse me esperando levantar e eu acabo por fazer oque ele quer mesmo sem muitas forças.

Minhas pernas tremem e minha vista esta meio embaçada, além da minha pele fria, mas mesmo assim sinto que posso acabar com isso.

Ele anda normalmente em minha direção, mas mal deu tempo de eu me desvia, ele agarrou minha garganta e me encostou contra a árvore. Segurei seu braço, mas não encontrava forças para tira-lo dali. Ele apertou minha garganta e eu comecei a sufocar. Olhei em seus olhos e desistir de resistir, ele sorriu cinicamente e parou de apertar.

_ Lembra que disse que quando te encontrasse ia te fuder até os seus órgãos não aguentarem mais? Então... Agora tenho mais prazer de fazer isso. – Sussurrou em meu ouvido e eu senti medo na hora. O desespero de ser estuprada veio como um raio e a cada vez que suas mãos percorriam o meu corpo até a minha virilha eu me contorcia tentando me livrar de seu toque.

Ele se esfregou em mim e eu deixei um grito de angustia escapar, lambel o meu pescoço e as lagrimas jorravam sem exceção. Seus lábios se encostaram ao meu e sua língua invadiu a minha boca. O medo me impediu de ter uma reação e ele me jogou no chão com toda força.

Escutei o som de seu sinto sendo retirado e tentei me levantar e alcançar a faca de meu pai em minha bota.

_ Oque temos aqui em? – Eleagarrou o meu pulso e pegou a faca a jogando longe. |j

The Dead Girl// Carl GrimesWhere stories live. Discover now